Friday, January 30, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 57


RAUL S. XAVIER (1902 – 1985)

HORAS

Quantas foram amadas
E quantas amei, num dia?...
Tantas louras alvoradas,
Dentro de mim eu trazia...

E quantas apaixonadas
Do fogo que n´alma ardia
Passaram, inebriadas
De desejo e fantasia?...

Todas se foram de leve,
As horas de vida breve,
Desfeitas, logo ao nascer,

Deixando só por lembrança
As cinzas de uma esperança,
Que não se pode esquecer...

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Thursday, January 29, 2009

VISTAS DA GRANJA 79





Mais uma amostra de propaganda mural em Granja.

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Thursday, January 22, 2009

VISTAS DA GRANJA 78


A cidade vista da Pedra do Cura

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Wednesday, January 21, 2009

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 83

Pesquisas com coquinho de macaco

O recém indicado titular da Secretaria de Assuntos da Terra estava interessado em mostrar serviço ao Todo Poderoso e, uma de suas iniciativas foi retomar os trabalhos de investigação com o coquinho de macaco. Para isso ele elaborou um Projeto de Pesquisa a ser desenvolvido em laboratórios montados na cidade com auxílio de uma multinacional alemã, já contatada. A idéia era bastante simples: isolar células do coquinho de macaco semelhantes a neurônios, como já demonstrado por cientistas dessa multinacional. As etapas do plano foram assim delineadas: 1) busca de exemplares da palmeira Copernicia macaca produtora do coquinho; 2) multiplicação das mesmas em estufas adrede preparadas; 3) colheita dos frutos quando maduros; 4) isolamento das células equivalentes a neurônios (na própria cidade em Laboratórios a serem construídos - veja ao lado sua futura sede); 5) isolamento do material genético com a informação para a produção desses neurônios: 6) transplante do material para receptores adequados (animais e humanos), previamente selecionados; 7) testes de performance para animais e humanos; 8) comunicação dos resultados (possibilidades de premiação em Estocolmo – Prêmio Nobel). Seguiremos de perto as atividades do Grupo de Pesquisas e relataremos neste espaço os resultados pertinentes.
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Tuesday, January 20, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 67


Alienígena

Todos estavam morrendo de medo. O enorme avião fazia círculos, mas não pousava. Sentado a seu lado o moço suava frio:
-Você acha que existem discos voadores?
-Não acredito, ele responde.
-Pois olha aqui o que eu vi saindo de um disco voador! Faz um desenho apressado com caneta em um guardanapo de papel. O desenho, supostamente, representa um “homenzinho verde”.
-Eu continuo a não acreditar neles.
-É, pois eu acho que essa demora toda para pousar é alguma coisa com disco voador...

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Monday, January 19, 2009

ARTESANATO DA GRANJA 11





Peças do artesanato da cidade encontradas à venda em mercearias no Mercado Municipal.



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Sunday, January 18, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 111


Conhecimentos

Ela gostava de dar aulas nos primeiros anos do curso, e também em disciplinas avançadas, de pós-graduação. Os estudantes a adoravam e muito disso era devido à sua condescendência. Certo dia, após ter passado umas boas três horas na sala, falando o tempo todo, exclama para seus pupilos:
-Estou vazia de conhecimentos! Dei todo ele para vocês!

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Saturday, January 17, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 56


RAUL S. XAVIER (1902 – 1985)

SAUDADE

Tôda a minha desventura
De um mal sem nome provém,
De uma desdita sem cura,
Como a não teve ninguém.

É saudade que perdura
E de muito longe vem
Esta exquisita amargura,
Com sabor até de um bem.

É somente uma lembrança
Daquela vaga esperança,
Que o tempo há muito levou,

Da crença agora perdida,
De uma ilusão mal vivida,
Do que fui e hoje não sou.

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Friday, January 16, 2009

VISTAS DA GRANJA 77






Como em toda cidade a Granja não escapa da propaganda feita nos muros espalhados por toda a parte. Alguns são verdadeiros grafites, outros são bem divertidos, outros ainda são poesia, já muitos são... Aqui vai uma amostra que não se pretende esgotar, pois há mais.

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Thursday, January 15, 2009

II Mostra dos Artistas Granjenses


Foi aberta há poucos minutos a II Mostra de Pintores Granjenses exposição de iniciativa do Instituto José Xavier de Granja. Veja acima um conjunto de quadros expostos.

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Wednesday, January 14, 2009

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 82


Tempero

O Coronel, um homem bonachão, era proprietário de muitas terras de plantar e de muitos carnaubais. Todo verão contratava mão-de-obra adicional para cuidar do corte das palhas, transporte e demais operações típicas de um carnaubal produtivo. O Coronel pagava a diária comum e dava o almoço. Este era constituído somente de feijão, raramente um pedaço de toucinho. Certo dia, um caboclo mais corajoso reclamou que o feijão tinha muito gorgulho. Ele retrucou:

- Meu cabôco, o gorgulho é o tempero do feijão!

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Tuesday, January 13, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 66


Taxista fantasmagórico


Vínhamos de um lugar muito estranho, muito esquisito, não sei se era um local de passeio ou a casa de alguém. A gente tinha ido umas duas ou três vezes a esse local. Quando voltávamos tomávamos um táxi dirigido por um motorista idoso e meio estranho. O táxi mesmo era velho, lembro bem. O local onde o taxista se hospedava parecia ser Copacabana, na praia, naqueles passeios. O motor parava no meio, bem no meio do passeio e eu perguntava alguma coisa e o motorista não respondia, ele deitava-se na calçada e minha companheira olhava para ele e perguntava quanto era a corrida: cinco reais, dizia ele. E daí esse cara fantasmagórico, feio, sujo, deitado no chão,

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Monday, January 12, 2009

ARTESANATO DA GRANJA 10

ARTESANATO EM PALHA DE CARNAUBEIRA - AUTORIA NÃO IDENTIFICADA








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HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 110


Piloto de caça

Os dois caronas estavam cada vez mais apreensivos, pois seu amigo dirigia a uma velocidade bem superior àquela recomendada pela prudência. A noivinha do amigo viajava atrás e ouvia-se que ela puxava um terço continuamente, enquanto seu brilhante aluno ao lado, de tão nervoso, só sabia aumentar a intensidade e a grossura de suas piadas. Após alguns buracos não evitados ele diz:

- Professor, o senhor errou de profissão; o senhor deveria ser piloto de caça. Ele ficou sem saber se aquilo era um elogio ou alguma crítica e pergunta:

-Por quê?
-Por que o senhor mira os buracos da estrada e cai em todos eles!

(Agradecimentos ao OB.)

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Saturday, January 10, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 55


MÁRIO BARRETO XAVIER nasceu na Granja (1906) e era filho de Elisa Barreto Xavier e de Ignácio Xavier. Faleceu em São Paulo em 1969.


Palavras
II (declaração de amor)

Amada, eu não desfaleço de sofrimento
porque teu olhar semestral atravessa as camadas da humilhação
e és pura.
Amada, eu não estourarei de orgulho
porque teu sofrimento trespassa os meus corações incansáveis
que são puros.
Amada, eu não morrerei deste ódio
porque outros em desenvolvimento me dão sempre uma visão
do futuro.
Amada, eu não morrerei deste amor,
porque não amo,
e nem haverá perdões.
mas afinal, bem amada,
manda me dizer
com tua inteligência de mãe,
si eu amo
si eu odeio.

936-dez
A ilustração que encima este poema é obra de WJ Hennessy (The pride of Dijon)

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Friday, January 09, 2009

VISTAS DA GRANJA 76

O Salão do Chico Barbeiro no Mercado, "A barbearia Vasco da Gama, a mais tradicional da cidade", como pode-se ler na fachada, é uma das últimas remanescentes dos tempos do Mestre Zezinho Marciano de quem o Chico foi aprendiz.



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Wednesday, January 07, 2009

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 81


Zé do Mundo e sua cobra


Caminhando pela trilha, entre galhos estorricados, o vaqueiro vê um monte de folhas secas que, misteriosamente, se movimentam. Zé do Mundo logo desconfia que tenha uma cobra debaixo daquele mundão de folhas. Toma cuidado, mas logo vê que a bicha é uma jararaca que dá um bote em sua direção e do qual ele escapa pulando de banda. Ao mesmo tempo em que pula ele puxa seu facão e dá um golpe na cabeça da bicha, mas ela escapa. O vaqueiro volta a atacar e dessa vez dá uma série de golpes no corpo da cobra procurando não estragar o couro, pois ele vai vender para o Seu Luiz na cidade. Depois de muitos golpes ele mata a danada e sai correndo para chamar o compadre Benedito, morador ali de bem pertinho para tirar o couro da bicha. Tirado o couro, que mede bem uns dois metros, os dois compadres vêm que ela, sem o couro e em carne viva e branca, se arrasta até que eles partem com seus facões seu corpo ou o que restou dele em três pedaços logo enterrados.
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A foto que encima este texto é do agricultor Sr. Raimundo Rufino de Sousa ou Zé do Mundo como ele gosta de ser chamado.

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Tuesday, January 06, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 65


Novamente o aquecimento global

Em 2198 o aquecimento global continua forte e firme. Uma viagem para as Carnaubeiras demora muito, o mesmo que nos tempos antigos. A estrada pra lá está muito esburacada e, apesar dos esforços do prefeito Raimundo Augusto, não há conserto à vista, pois a verba para sua recuperação foi desviada para obras do Ginásio Coberto Dona Iaiá Augusto. A cidade está sem água potável, pois os botadores destruíram as ancoretas e estão em greve por maiores salários. Alem disso o açude Ezequiel Augusto secou, pois ninguém controlou o uso da água. E o povo, desavisado, não guardou o precioso líquido. Padre Raimundo Augusto continua a rezar para pedir aos santos a chuva e o presidente Ludovico, apesar de estar terminando seu quinto mandato, está firmemente decidido a solucionar o secular problema das secas na região.

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Monday, January 05, 2009

ARTESANATO DA GRANJA 9

ARTESANATO DOS NANA (OU BALICA)

ARTESÃOS QUE TRABALHAM EM FERRO E ALUMINIO. ANTONIO JOSÉ (NANA) BALICA OLIVEIRA, O PAI, TRABALHA COM FERRO: FERRAMENTAS, ETC. E OS FILHOS AMAURI, ERANDIR, EDIO TRABALHAM COM ALUMINIO: PANELAS, ETC.
APRESENTO PEQUENAS VISTAS DE SUAS OFICINAS NO "SÃO RAIMUNDO" E POUCA AMOSTRA DO MUITO QUE FAZEM.








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Sunday, January 04, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 109

Ella e as engrenagens ou as engrenagens e Ella

O procedimento tinha corrido bem, mas não sem riscos de perder sua vidinha de todos os dias e Jorge conversava com sua amiga sobre as “coisas da vida”. Ele comparava a sua a um conjunto de três engrenagens: a menorzinha era a rodinha do presente, a do lado esquerdo, a maior, a do seu passado a da direita, pequenina, era a do futuro. As rodinhas, - é da natureza das rodinhas -, rodavam e rodavam sincronicamente, o passado era relembrado e o futuro imaginado. A conversa ia animada quando, subitamente, Ella aparece trazendo um potinho com areia fina fazendo menção de jogá-la entre as engrenagens. Jorge grita e sua amiga, notando que algo estranho se passa, espanta a figura com um copo dágua jogado na direção do amigo.
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Saturday, January 03, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 54


MÁRIO BARRETO XAVIER nasceu na Granja (1906) e era filho de Elisa Barreto Xavier e de Ignácio Xavier. Faleceu em São Paulo em 1969.

DIFERENTE

Estavas diferente hoje, com aquela blusa preta – dona de casa.
Desaparecera o ar fatal.
Depois, lá fora, jogando bola com as outras crianças,
e achando o dia lindo.
E era lindo. A garoa morrera na véspera.
Havia céu, muito céu, muito azul, muito, quasi escuro;
e sol, muito sol.
Estavas ora infantil, ora maternal,
contente com a beleza do dia.
Davas aos pássaros os beijos que eu te pedia –
- os lábios finos, claros e frios que eu hei de beijar amanhã... ou depois... ou depois...
Os lábios sem “rouge”.
davas beijos muito finos para os pássaros.
Tu sentias o dia sem mim – eu te sentia.
Teus seios estavam muito castos, muito familiares, muito accessíveis –
Ocultos atrás da velha blusa preta –
Teus seios –
- de onde que queria que os meus filhos vivessem.

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Friday, January 02, 2009

VISTAS DA GRANJA 75







O “Negócio” de Haroldo Sardinha no Mercado.

O Mercado é uma obra que remonta à Seca de 1877-1879 tendo sido construído pela Comissão de Socorros da qual era Presidente Antônio Frederico de Carvalho Motta, comerciante de grande prestígio, político tendo chegado a Presidência do Estado. Quartos externos e internos comportam desde então um comércio variado. As imagens mostram Haroldo Sardinha (ou Pilombeta como às vezes ele se diz chamar) e seu o “negócio” de artigos utilitários variados e coloridos e produzidos localmente ou importados das cidades vizinhas.

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Thursday, January 01, 2009

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 80


O saudosista

Raimundo do Espírito Santo - 8

O rio está imundo, pois as pessoas jogam lixo mesmo no que se chama piscinão e, como não abrem as comportas do açude que o alimentam, não há água corrente – resultando uma enorme podridão. O calçamento das ruas está esburacado, pois obras de saneamento não foram concluídas. Praças que existiam antes não existem mais; os passeios foram destruídos, e as árvores cortadas pelo tronco, mostram que o suposto remodelamento dos passeios está suspenso. O prédio da Estação Ferroviária, a cada dia que passa, perde um pouco de sua estrutura. O shopping, supostamente moderno, tomou o lugar do velho casarão do século XIX que, este sim, tinha uma casinha lá fora para as necessidades de todos os dias. A estas observações retruca Raimundo:
- Ah! Como lembro da velha Macaboqueira de antigamente...

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