Wednesday, December 31, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 64


Novos planos e idéias

O novo prefeito estava muito preocupado. Ele tinha muitos planos, mas segundo sua assessoria tava difícil conseguir pessoal para por em execução as idéias do Grande Chefe. Estavam num impasse danado quando um dos assessores lembrou-se do coquinho-de-macaco. Talvez procurar a palmeira no interior e ver se poderiam trazer uns coquinhos e distribuir para uns dois ou três dos melhores assessores para ver se eles melhoravam sua produção, sua contribuição. Dito e feito, pois depois de duas semanas de ração a coquinho-de-macaco os dois assessores mais qualificados começaram a elaborar os planos mais bonitos que já se viu. E eles foram logo começando a ser executados: 1) asfaltamento das ruas todinhas – ia ficar mais quente, mas os carros pipa distribuiriam água gelada e gaseificada nas esquinas; 2) as escolas teriam só uma hora de aula por dia e com isso aumentaria o número delas (sic) e era bom porque dava pra botar os nomes dos parentes todinhos sem sobrar nenhum pra ficar zangado; 3) derrubar as tamarineiras e plantar no lugar touceiras de xiquexique; na falta dágua o pessoal podia bebê água dos miolos. E era muita idéia que não paga nem a pena falar nelas das muita que era.

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Monday, December 29, 2008

ARTESANATO DA GRANJA 8

ARTESANATO EM MADEIRA
ARTE DE MÁRIO SÉRGIO

Sérgio é um artesão com oficina no centro da cidade. Ele é um mestre na arte de trabalhar a madeira. Veja alguns exemplos de sua produção.




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Sunday, December 28, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 108


Chocolate amargo

Diante da máquina ele tenta por força escrever. Nada. Não tinha inspiração. O chefe ficava de longe só espiando para ver se ele trabalhava ou distraía-se na máquina. Na Repartição as oportunidades de escrever eram cada vez menores. Muito serviço. O pior é que todos sabiam que ele sempre ia ao Pinel pegar uma receita com o Dr. Nilo. Ele estava amando e escrevia sempre e agora com muita tristeza. Era para Luciara, sua amada que lhe havia deixado e o abandonado, que ele tentava fazer seus poemas amargos como chocolate amargo e que ninguém leria. Nunca.

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Saturday, December 27, 2008

POEMAS BARRETO/XAVIER 53


MÁRIO BARRETO XAVIER era bancário (Banco do Brasil) e trabalhou em São Paulo. Mário nasceu em Granja (1906) e era filho de Elisa Barreto Xavier e de Ignácio Xavier. Faleceu em São Paulo em 1969. Deixou somente poemas inéditos.

SONHO

Não quero limitações ao pensamento;
passo através dele e embarco no navio mágico do sonho...
Os desejos antípodas se abraçam na minha cabeça.
Catalizando tudo – a grande mulher branca.

Ó aquela brancura toda feita completamente de milhões de coisas
brancas muito mais brancas que a neve o leite e os
lírios que todos os poetas do mundo já acharam brancos!
Aquela brancura tão imensa, tão sem fim...
Brancura... brancura... brancura...

(Sem data, mas provavelmente de 1934).

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Friday, December 26, 2008

Home Page de José Xavier Filho



Conheça a HP Profissional de José Xavier Filho. Vale a pena...


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Thursday, December 25, 2008

VISTAS DA GRANJA 75

Há uma quantidade apreciável de casas e outros prédios na cidade com suas paredes grafitadas e isto lhes dá um aspecto especial, interessante. Muitos desses grafites devem ter sido aplicados pela iniciativa dos próprios proprietários. Apreciem:








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Wednesday, December 24, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 79


Uma trepadinha para a Ceia de Natal

A família estava reunida, perto do Natal, discutindo o que seria a ceia. O peru assado e seco com farofa era a aposta de todos como todos os anos. Daí Alípio chegou e se incorporou à roda. Logo ele estava pronto para dar uma sugestão, ele que era um dos grandes formadores de opinião da região. Alípio diz: - Quando menino eu gostava de comer uma comidinha que a vovó preparava no fogão de lenha lá no Morro do Tio Sancho, era a trepadinha. Todo mundo aqui sabe o que é, quer ver chamem a Fransquinha...

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Tuesday, December 23, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 63


Aquecimento Global

Havia muita discussão na cidade. Todos queriam saber por que as telhas do prédio da Escola estavam quebradas e a prefeitura não mandava substituí-las. Outra discussão acalorada era sobre a falta de papel higiênico nas Escolas, na Prefeitura e na Câmara. Alguns – certamente da oposição - diziam que lá nunca havia esse tipo de papel. O pior é que também quando faltou giz e foi duma vez; agora os professores estão escrevendo com semente de oiticica nas paredes. Por último foi o caso da professorinha que não foi trabalhar; nesse caso dizem por que o maridão estava bêbado o tempo todo. O melhor mesmo foi que a Câmara reuniu-se para discutir esses casos e o resultado é que aprovou uma moção dizendo estar a responsabilidade de todas as mazelas da cidade repousando sobre o famoso “Aquecimento Global” que tinha chegado com tudo!

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FELIZ NATAL!

CARNAUBEIRAS DE NATAL

DESEJO UM FELIZ NATAL A TODOS OS LEITORES DO BLOG E A TODOS OS AMIGOS GRANJENSES.

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Monday, December 22, 2008

ARTESANATO DA GRANJA 7

ARTESANATO EM COCO (CASCA)
ARTE DE GEORGE (ARAUJO PAIVA)
Peças em preparo. Motivos de marcas de ferrar gado.


Veja a delicadeza das peças prontas de George; aqui mostramos colares expostos no Instituto José Xavier, Granja, Ceará.


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VEJA O BLOG DO JORDANY

O blog do Jordany é bem feito e tudo que é bem feito é simples e bom e fácil de ler. Veja.

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Sunday, December 21, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 107


De próteses e bombinhas

Perguntam os companheiros de caminhada no calçadão:
- Como você está do sono? E o aparelho?
- Qual? O stent?
- Não...
- Ah? A prótese, não?
- Não rapaz... A bombinha de aerossol para a asma que você disse que ia usar...
- Não, isso ainda não.
- E a outra prótese, funciona mesmo?
- Que é isso rapaz, eu só tenho prótese na boca, segurando um molar.
- Na boca? Conta aí...
- Calma macho...
- E o menisco você não ia operar?
- Fica sossegado cara, mas tem outras coisas comigo... Mas vai tudo bem...
Os três separam-se dizendo até amanhã.

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Friday, December 19, 2008

POEMAS BARRETO/XAVIER 52

MÁRIO BARRETO XAVIER nasceu na Granja (1906) e era filho de Elisa Barreto Xavier e de Ignácio Xavier. Faleceu em São Paulo em 1969.

Recurso

“Tudo é vedado”
disseram as circunstancias, de olhos claros
agrupadas em torno da cabeça;
cada qual estava sentada numa estrêla,
e eram muitas as estrelas,
e a sua luz, desligada da música,
ardia de sabedoria
ardia de sabedoria.
A cabeça, porém, sorria,
e, muito individualista,
Procurou o canto sem música.

Abr.936.
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Thursday, December 18, 2008

VISTAS DA GRANJA 74


AS CARNAUBEIRAS, PARA PRODUZIREM CERA, TÊM QUE TER SUAS PALHAS CORTADAS - ELAS ESTÃO TRISTES. ANTES, POR QUASE UM ANO INTEIRO, ELAS ERAM ALEGRES COM SUAS FOLHAS VERDES ESPALMADAS AO VENTO.




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Wednesday, December 17, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 78

Ele sabe até mandarim

O Alípio da Malhadinha não era bobo não, ele era um verdadeiro sabe-tudo, pois de tudo sabia, de tudo dava conta: quem era fulano, o que era uma suástica, quem tinha ganhado o campeonato de futebol de rua, o que era plebiscito, tudo ele sabia. Um dia alguém perguntou se sabia alguma frase ou mesmo uma simples palavra em mandarim, nem precisava escrever. Ele não sabia coisa alguma nem mesmo o que era mandarim. Daí foi no centro da cidade e se informou na Banca do Bodinho que lhe indicou um professor de mandarim num escritório na Rua Major Facundo quase chegando ao Passeio Publico. Ele foi lá e matriculou-se em um curso rápido da língua. Disse-lhe o Prof. Raimundo que ele aprenderia o básico dos básicos e que isso daria para viajar e não passar fome na terra de Mao. Com pouco tempo ele aprendeu alguns sons e também principiou a desenhar alguns caracteres. Ele decidiu que isso era o bastante para esnobar os amigos. Ele chegou na roda de mãos dadas com a chinesinha filha do dono da pastelaria Sol do Oriente.
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PARAZINET - O JORNAL DO PARAZINHO

http://parazinet.wordpress.com/
Fagner Cruz bolou este blog que traz notícias do Parazinho e da Granja e está fazendo um enorme sucesso, visite-o. Você pode acessar o Parazinet através do link acima.



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Tuesday, December 16, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 62


Aprendendo molvano

No barzinho do bairro havia, como sempre, uma discussão acalorada sobre um tema atual: porque Einstein havia ganhado o prêmio Nobel de Física. Alguém disse que era por causa de sua visita a Sobral em 1914, para fugir da Guerra, enquanto outro dizia que era por causa de sua teoria da Competitividade. Ninguém chegava a um acordo, mesmo porque ninguém estava com um micro ligado à rede. Aí o Gregório disse que ele havia ganhado o Nobel de 1914 por causa de seu costume, inaugurado recentemente, de por a língua de fora quando começo a aprender o bê-á-bá da linguagem molvana.

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Monday, December 15, 2008

ARTESANATO DA GRANJA 6


ARTESANATO EM MADEIRA

ARTE DE JOSÉ BERNADETE







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Sunday, December 14, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 106


A vela

Nessa noite o escritor lutava para terminar mais uma de suas pequenas histórias, pois ele precisava enviá-la logo que o correio abrisse. Esse escritor - Ah machados! Ah rosas! - só escrevia baboseiras, mas agora nem isso, pois não conseguia se afastar dos ruídos que lhe traziam pentiuns e chipes sofisticados. Subitamente a chama da vela treme e ele sente a presença d'Ella que logo lhe pergunta: - Como é? O que você decidiu?

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POEMAS BARRETO/XAVIER 51


MÁRIO BARRETO XAVIER granjense filho de Elisa Barreto Xavier e de Ignácio Xavier. Nasceu em 1906 e faleceu em 1969.

NOTURNO SEM NENHUM CONTÔRNO

A côr que eu mais admiro é a côr dos olhos fechados;
desabrocha, estrela do mar – vermelha, como sangue do meu coração!
As curvas azuis se afogam no mar morto e se transformam em amores de fórmas completamente maternais;
os vinhos é que não são vermelhos, são é roxos, mas nada lúgubres nem conventuais
são é roxo, sinceros e graves até mais não poder;
desespêros florecem incontornáveis
com (grandes) deslumbramentos
com grandes ahs! diante da própria beleza
e se afogam também;
as proibições se possuem umas às outras
num delírio da côr da coragem;
os projetos se apagam, mergulham nas corolas de rosas enormes, enormes
as rosas não têm fim, não têm cheiro, a côr é completamente própria
e pensam, pensam
depois ficam de outras cores;
os sonos ficam de pé
e dansam sem pressa
com uma incompreensão completa dos rítmos despeitados.
ah! a única côr que eu gosto é a côr dos olhos fechados.

--Ch.Mai o935—

Obs. O poema está transcrito sem nenhuma correção.

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Thursday, December 11, 2008

VISTAS DA GRANJA 73

TOMANDO SOL NO QUE RESTOU DA ANTIGA PONTE DE "VINTE METROS"
UM NOVO DIA NA PRAÇA DA MATRIZ
A BOCA DO ACRE NO RIO COREAÚ NA GRANJA
SUBINDO O SERROTE DO SANCHO (José SanchoXavier Lelou) NA MALHADINHA

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Wednesday, December 10, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 77

Maldição

Quando o neto do Capitão Pedro Lobo foi consagrado padre ele foi logo destacado pelo bispo para a vila da Serra. Durante seus longos sermões ele sempre notava a presença interessada de Rosa, uma jovem cabocla da cidade. Sua mãe, Dona Ignácia, fez de um tudo para impedir a aproximação dos dois, mas não teve sucesso. Quando a filha se amancebou com o padre ela escreveu para sua irmã dizendo: - Ela casou-se não sei com quem. Sua ira não se restringiu a este simples registro que varou os anos. Dona Ignácia jogou uma maldição sobre a descendência da filha. Eles teriam de purgar a pior das doenças e somente ao fim de sete tempos seriam redimidos.
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Tuesday, December 09, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 61


Velho chato, metido a sebo, implicante e ranheta.

Ele sabia que não tinha vivido tudo o que era pra ter vivido, e não queria se entregar. Tendo por guia chavões desse tipo Benedito, já nos seus setenta, era um pai benevolente, mas chato, metido a sebo, implicante e ranheta. Filhos e netos achavam que podiam tirar um sarro dele. Certa ocasião um de seus filhos descobre que ele está de olho em uma menininha que tem idade de ser sua neta, brincando. Fala pro velho, pois soube que ele prometera casamento a Carminha, era este o nome da mocinha: - Pai você vai sofrer e vai ser é um chifrudo! O velho Benedito responde, resignado: - É, mas vai ser por pouco tempo...

© Dr. Jackson Albuquerque

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Monday, December 08, 2008

ARTESANATO DA GRANJA 5


ARTESANATO EM PALHA DE CARNAÚBA


PREPARANDO O LINHO
TECENDO UM CHAPÉU

TECENDO UMA REDE DE TUCUM

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Sunday, December 07, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 105


Ella vai cuidar disso.

Chega o amigo e pergunta como ele está. Está bem, mas lamenta que o médico só tenha colocado um stent. O amigo pergunta por quê. Ele diz:
- Parece que o que aconteceu comigo é fichinha, pois todos os meus amigos já puseram sempre bem mais do que um desses negócios quando não uma mamária ou safena ou as duas juntas ou estão na fila para transplante de coração, coisas assim. Ele se diz muito preocupado com seu estado de stent minus. E acha que só Ella poderá cuidar disso.

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Friday, December 05, 2008

POEMAS BARRETO/XAVIER 50

MÁRIO BARRETO XAVIER nasceu na Granja (1906) e era filho de Elisa Barreto Xavier e de Ignácio Xavier. Faleceu em São Paulo em 1969.


Poema

A virgem indecisa cruza os braços sobre os seios
e espera o poeta silencioso que a levará ao grande leito.
A noite é negra e ampla, ouvem-se metralhadoras longínquas.
Os padres roncam, os juizes estudam a lei de segurança,
os delegados apitam espancamentos.
O poeta silencioso cruza os braços sobre os espancamentos
e espera a grande noite de metralhadoras caladas
que o levará para o Grande Seio.

1936 – agosto

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Thursday, December 04, 2008

VISTAS DA GRANJA 72


ÀS MARGENS DO RIO TIMONHA.


PESCANDO NA LAGOA GRANDE.



BARRAGEM LIMA BRANDÃO NO RIO COREAÚ NA GRANJA.




VISITANDO FAZENDA NO ARATAIM.


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Wednesday, December 03, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 76


Traíra traiçoeira

Histórias fantásticas tinha o velho Inaço. E eram mesmo, pois nenhuma delas havia acontecido e todos sabiam disso. Ele não se importava de jeito nenhum, queria mesmo era divertir os netos. Uma dessas se passava no tempo dos escravos e rezava assim: O velho só tinha uma escravinha e ela ia casar com o Raimundinho um caboco que trabalhava na casa de seu compadre Chico. Todo mundo estava animado, pois os dois eram muito queridos e depois do casamento o velho Inaço ia alforriar a Clotilde. Na véspera da cerimônia as filhas do velho ficaram muito ocupadas ajeitando o vestido e tudo o mais, mas faltava alguma coisa e era o cabelo da Clotilde que não se arrumava de modo algum. O velho tomou então sebo de carneiro, que vinha em umas latinhas de flandres e passou, ele mesmo, generosamente no cabelo da menina utilizando um pente de casco de tartaruga. Após uns quinze minutos nessa operação ele amarrou as pontas do cabelo da Clotilde em pedras e a deixou sentada em uma cadeira no meio da sala com a recomendação de não pregar os olhos, senão o serviço seria perdido e o cabelo voltaria ao seu normal. Clotilde concordou e o velho Inaço foi dormir. Lá pelo meio da noite ele e todos os de casa ouviram um grande barulho, tipo assim de um rasga mortalha, vindo da sala. Correram e viram a mocinha chorando com o couro da testa partido. Descobriam que ela, morrendo de sono, havia pegado uma traíra!

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Tuesday, December 02, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 60


Caminhada

A garota caminhava apressada à sua frente e ele se esforçava para manter uns cinco metros de distância, pois assim ele mais a admirava. Ela, só vendo mesmo, parecia ter saído das páginas de uma dessas revistas de emoção. Foi quando ele disse, em um diálogo solitário: - Vai ver que é feia de rosto... Caminharam mais uns vinte metros, ela na frente e ele atrás, lógico, pois não iria perder esse espetáculo quando, subitamente, ela muda de direção e volta em sua direção: pois não é que ela era linda, o rosto correspondia ao corpo... Ela passou e nem olhou para ele, foi embora...

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