Wednesday, February 27, 2013

TALZINHA É NOVAMENTE CANDIDATO – HISTORINHAS DAS QUARTAS



 
Agora, com a cidade limpa e ruas asfaltadas, os canais e bueiros desobstruídos, as fachadas dos casarões pintadas, o mercado luzindo com a reforma, o povo ordeiro passeando a sombra de árvores recentemente plantadas Talzinho decidiu que se candidataria novamente ao seu cargo preferido – a Prefeitura Municipal. O chefão convocou seus apoiadores que, por ora, eram muito poucos, talvez não lotassem uma Kombi. Logo ao falar de sua vontade que, em outros tempos, era uma ordem uns poucos e dentre eles o Fransquinho de Dona Clotilde pediram a palavra, cedida à contra gosto por Talzinho e começaram a apresentar obstáculos. Um dizia que o chefão não teria mais eleitores suficientes outro, que faltaria dinheiro para as despesas de campanha. Mas, o que doeu muito em Talzinho foi a fala do Fransquinho. Ele disse que, infelizmente o chefão estava muito entrado em anos e, como a campanha eleitoral, se prenunciasse muito violenta ele temia que seu coração não resistisse. Talzinho ficou chateado, mas retrucou que tinha duas razões para achar que seria vitorioso: seu amor ao escocês preto e branco e à sua companheira substituta.

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Monday, February 25, 2013

FOI UM MILAGRE – HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 313



 

Eles iam, tipo assim, de bicicleta pela ladeira íngreme da estrada quando passa por eles um enorme caminhão carregando um grande bloco de granito. Na subida logo à frente o caminhão tomba e o bloco se desprende e rola pra cima deles. Foi um milagre não terem morrido, mas a pedra passou zunindo.

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Wednesday, February 20, 2013

PORTO DOS PEIXES – HISTORINHAS DAS QUARTAS




Quase todo dia Nildo aparecia na praia, no Porto das jangadas. Andando prá lá e prá cá ele dava ordens aos mestres para saírem em busca do pescado de todos os dias. À tarde ele voltava e conferia a pescaria: Seu João tinha pescado tantas cavalas; Seu Bené tinha pescado tantas garoupas; Seu Miguel tinha pescado tantos badejos. E assim até completar o número de jangadas saídas pela manhã. Nenhum dos pescadores lhe dava maior importância do que a que ele pretendia, se é mesmo que pretendesse dar alguma ao seu trabalho. No dia seguinte todo esse ritual se repetia. Isso aconteceu por muitos meses até que alguém lembrou que o Nildo talvez estivesse precisando de cuidados médicos. O Luiz foi encarregado de levá-lo ao Posto de Saúde que, na época, funcionava direitinho. O Dr. Medina consultou o moço e receitou uns comprimidos. Em duas semanas o Nildo não mais procurou as jangadas e seus mestres. Ele passou a procurar os donos dos jumentos, gatos e cães que infestavam a Beira
Mar, pois queria batizá-los.

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Monday, February 18, 2013

POEMA FORTE – HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 312



 
 
- A questão da poesia é algo muito forte, ma. Veja esse poema que faz parte de um projeto para o novo livro de um amigo. Chama-se “Vai e vem”:
“Não sei se você vai ou se você vem ou se você vem ou se você vai.
Se você vai prá frente eu vou pra trás ou se você vai pra trás eu vou prá frente.”
É ou não forte?

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Wednesday, February 13, 2013

ROGÉRIO E SEU TERAPEUTA



A sessão estava pra começar e o analista estava mais inquieto do que ele. Logo ao entrar sentou-se na poltrona colorida e o doutor jogou seu olhar mortiço e esperou que Rogério dissesse algo. À medida que o tempo passava e ele nada dizia o homem decidiu dar um comando: mandou que ele deitasse no chão. Ele acha que dormiu sobre o tapete imundo, pois após cinquenta minutos o doutor o acordou e despediu-se dizendo:

- Seu Rogério pode levantar. Sua hora terminou. Até a próxima semana.


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Sunday, February 10, 2013

SEU COUTINHO– HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 311



Na cidade havia um senhor idoso, Seu Oscar Coutinho que, por motivos não revelados por ele, não gostava que lhe chamassem de “Seu Coitinho” e nem mesmo de “Seu Continho”. As duas corruptelas lhe traziam lembranças amargas.

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