RAUL S. XAVIER (1902 – 1985)
SAUDADE
Tôda a minha desventura
De um mal sem nome provém,
De uma desdita sem cura,
Como a não teve ninguém.
É saudade que perdura
E de muito longe vem
Esta exquisita amargura,
Com sabor até de um bem.
É somente uma lembrança
Daquela vaga esperança,
Que o tempo há muito levou,
Da crença agora perdida,
De uma ilusão mal vivida,
Do que fui e hoje não sou.
SAUDADE
Tôda a minha desventura
De um mal sem nome provém,
De uma desdita sem cura,
Como a não teve ninguém.
É saudade que perdura
E de muito longe vem
Esta exquisita amargura,
Com sabor até de um bem.
É somente uma lembrança
Daquela vaga esperança,
Que o tempo há muito levou,
Da crença agora perdida,
De uma ilusão mal vivida,
Do que fui e hoje não sou.
No comments:
Post a Comment