Wednesday, November 04, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 27


PAPAGAIO

Todas as manhãs ele saia de seu negócio e dava uma volta pela Praça do Mercado entrando em quase todas as bodegas. Em quase todas ele tomava emprestado, - a alguns amigos e, às vezes somente conhecidos -, dinheiro para pagar as compras de couros de bode, cera, algodão que havia feito desde cedo a seus fregueses no grande armazém que fora de seu avô. Esses fregueses, muitos deles compadres, mesmo sabendo que ele estava quase falido, não tinha mais posses, como no passado glorioso, continuavam a descarregar dos burros e caminhões os produtos de sua lavra no armazém de Jorge. Ao fim do dia ele levava a um desses amigos fiéis, para endosso, um papagaio que seria descontado no dia seguinte no Banco.


O texto está completo.

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