
LÍVIO BARRETO (1870 - 1895)
DESLUMBRAMENTO
Por sobre nós a azul silenciosamente
Se arqueia, ébrio de luz, de paz, de sons, de amor,
E apenas da águia errante a asa viril e ardente
Põe naquela cor casta a nódoa de outra cor.
Vê-se ao longe esverdear melancolicamente
Das montanhas senis os flancos onde o ardor
Do sol retine e bate irresistìvelmente,
Penetrando-lhe a entranha e haurindo-lhe o frescor.
No entanto a águia possante, as asas espalmadas,
Sobe, até sentindo as penas abrasadas
Volta e procura a serra, exausta de vigor...
Também minh´alma um dia ao azul puro e radioso
Abriu o cálix branco ébrio de amor e gôzo,
Para depois fechá-lo ermo de gozo e amor!
DESLUMBRAMENTO
Por sobre nós a azul silenciosamente
Se arqueia, ébrio de luz, de paz, de sons, de amor,
E apenas da águia errante a asa viril e ardente
Põe naquela cor casta a nódoa de outra cor.
Vê-se ao longe esverdear melancolicamente
Das montanhas senis os flancos onde o ardor
Do sol retine e bate irresistìvelmente,
Penetrando-lhe a entranha e haurindo-lhe o frescor.
No entanto a águia possante, as asas espalmadas,
Sobe, até sentindo as penas abrasadas
Volta e procura a serra, exausta de vigor...
Também minh´alma um dia ao azul puro e radioso
Abriu o cálix branco ébrio de amor e gôzo,
Para depois fechá-lo ermo de gozo e amor!
-1893-
No comments:
Post a Comment