
O moço de camisa vermelha
O moço já devia tê-lo visto antes, pois se pode dizer que ele o estava esperando. Sentado a uma mesa do restaurante, bem em frente ao corredor que dava para todos os quartos da pensão, estava aquela figura macilenta, vestindo uma camisa vermelha de malha. Ele o fitava insistentemente, mesmo quando Miguel se movimentava para tomar seu café em uma mesa bem afastada da dele. Após terminar sua refeição e sem que o moço de vermelho tenha deixado de acompanhá-lo com o olhar Miguel nota que o dito cujo não se encontra mais na sala. Ele se encaminha para seu apartamento sendo surpreendido pelo moço que o havia acompanhado silenciosamente até a porta. Miguel estaca e, ao por a chave na fechadura o moço, com um olhar de cabra morta se acerca e tenta dialogar:
- Você faz o que aqui?
- Sou representante.
- Você é de onde?
- Sou de Várzea Pequena.
- E como é o seu nome?
- Pedro, Pedro Silva. E o senhor, o que faz aqui?
- Vim fazer vestibular.
- Pra quê?
- Ciências sociais.
- Ta bom. Boa sorte.
Miguel bate a porta para fugir daqueles olhos lânguidos.
O moço já devia tê-lo visto antes, pois se pode dizer que ele o estava esperando. Sentado a uma mesa do restaurante, bem em frente ao corredor que dava para todos os quartos da pensão, estava aquela figura macilenta, vestindo uma camisa vermelha de malha. Ele o fitava insistentemente, mesmo quando Miguel se movimentava para tomar seu café em uma mesa bem afastada da dele. Após terminar sua refeição e sem que o moço de vermelho tenha deixado de acompanhá-lo com o olhar Miguel nota que o dito cujo não se encontra mais na sala. Ele se encaminha para seu apartamento sendo surpreendido pelo moço que o havia acompanhado silenciosamente até a porta. Miguel estaca e, ao por a chave na fechadura o moço, com um olhar de cabra morta se acerca e tenta dialogar:
- Você faz o que aqui?
- Sou representante.
- Você é de onde?
- Sou de Várzea Pequena.
- E como é o seu nome?
- Pedro, Pedro Silva. E o senhor, o que faz aqui?
- Vim fazer vestibular.
- Pra quê?
- Ciências sociais.
- Ta bom. Boa sorte.
Miguel bate a porta para fugir daqueles olhos lânguidos.
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