
MÁRIO BARRETO XAVIER, filho de Elisa Barreto Xavier e Ignácio Xavier, nasceu em 26 de abril de 1906 na Granja e faleceu em quatro de dezembro de 1969 em São Paulo. Aparentemente não teve nenhum de seus poemas publicado.
OS DOIS PODÊRES
E era para isso que tú me querias: para eu ser o teu poeta, te
desejar com a maior intensidade, te dar um beijo respeitoso na mão
uma vês por semana, sofrer a nossa distáncia com grande conciência,
te olhar como uma torre de marfim tocada de luz divina – inacessível
como um beijo na tua boca – e viver assim a vida toda, olhando com
os infernos mais desmoralizantes a posse dos teus sentidos pela luxu-
ria compacta e escura de outros machos que não têm a minha nobreza;
mas a minha inteligência soube ser maior do que a tua maldade – se
transformou em sensibilidade, gerou a transposição mágica para a
PoesÍa – que é toda a vidéncia e todo o poder do mundo, superior a todas as fêmeas...
(São Paulo, 26-10-34)
(Não foi feita qualquer revisão desse texto).
OS DOIS PODÊRES
E era para isso que tú me querias: para eu ser o teu poeta, te
desejar com a maior intensidade, te dar um beijo respeitoso na mão
uma vês por semana, sofrer a nossa distáncia com grande conciência,
te olhar como uma torre de marfim tocada de luz divina – inacessível
como um beijo na tua boca – e viver assim a vida toda, olhando com
os infernos mais desmoralizantes a posse dos teus sentidos pela luxu-
ria compacta e escura de outros machos que não têm a minha nobreza;
mas a minha inteligência soube ser maior do que a tua maldade – se
transformou em sensibilidade, gerou a transposição mágica para a
PoesÍa – que é toda a vidéncia e todo o poder do mundo, superior a todas as fêmeas...
(São Paulo, 26-10-34)
(Não foi feita qualquer revisão desse texto).
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