O moço era muito loquaz. Quando começava a falar, discorrer sobre algum
assunto que achava interessante e mais ninguém achava, ele não parava mais.
Ninguém o interrompesse que ele vinha com os
maiores impropérios. Nessa cuja tarde ele tinha uma moça linda como
acompanhante; toda serelepe e que lhe prestava muita atenção. O rapaz acha que
ela estava interessada nele e, pelo outro lado ela acreditava que ele estava
interessado em sua pessoinha. Pessoinha, pois ela era uma pessoa miudinha, mas com medidas bem proporcionadas.
Puxando assunto ele lhe pergunta:
- E você de onde é? Daqui mesmo da Selvática? Você lembra uma pequena jaguatirica
que encontrei, certa vez, na beira da estrada do Córrego de Cima.
- Não, disse ela. Sou de...
- Já sei! Você é da Quatiguaba, lá no Pé da Serra, não é?
- Não...
- Ah você, pelo seu jeito de falar é mesmo daqui...
Foi aí que a pequena jaguatirica tomou coragem e falou:
- Seu Raimundo deixe eu dizer de onde é que eu sou...
Aí já era tarde e eles estavam na porta do mercado, falando:
- Vamo tomar um caldo no boteco do Haroldo Sardinha; a Pretinha prepara
um que é de arrepiar os couros. Vamo lá. Depois a gente continua a conversa.
08:48; 11/08/15; 216 palavras; para Ana.
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