Ricardo tinha no seu micro, laptop, celular e
outros meios diversos, fotos dela guardadas já há meses. Ninguém sabia disso.
Não era vício, mesmo por que ela comportava-se corretamente ao posar para o
Facebook. Ele não podia
"mexer" em nenhum desses meios que uma foto, já conhecida há tempos,
não aparecesse na tela de seu monitor e saltasse para a parede branca de seu
quarto ou escritório. Aí ele podia, sempre, apreciá-la melhor: seus olhos
chamejantes, seu cabelo de cores diversas, seu sorriso cativante. Só sua voz
não aparecia. Isso tudo nos últimos dias intensificou-se quando ele teve
a certeza de que nunca mais a veria ou falaria com ela. Será que vai
"aproveitar" os livros? O colar grande e os pendentes? Os vinhos que
viriam com garrafas já abertas, as
viagens - havia duas em preparação - uma para o Rio, outra para Roma. Rio e
Roma. Roma e Rio. Enfim. Melle bate à porta. É preciso atendê-la.
12:00 25/06/15 165 palavras
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