Thursday, November 10, 2011

A ORIGEM DO NOME GRANDEZA DO PRÍNCIPE

Quando Napoleão ameaçou Portugal e forçou a Família Real Portuguesa a fugir para o Brasil foi uma verdadeira festa em todos os cantos da Colônia. O Príncipe D. João ao se estabelecer definitivamente no País resolveu agradecer as milhares de homenagens que vieram dos mais longínquos recantos. Em quase todas as Províncias foram criadas novas vilas e, naturalmente, seus nomes foram mudados, como passou a ser regra no País daí por diante. Os moradores das novas vilas, em boa parte portugueses endinheirados, sugeriam nomes de cidades de Portugal, mesmo as mais obscuras, mas que correspondessem às suas cidades de origem. Assim é que nasceram as Bejas de Cá, Sabugal do Norte, Montemor-o-Novo e por aí vai. Acontece que sempre havia grupos de a terrinha e queriam prestar homenagem ao próprio Príncipe Regente. Assim é que muitas vilas passaram a ser batizadas com o Real nome do Príncipe. Vejamos alguns exemplos: Ribeira do Príncipe, Montes do Príncipe, Grandeza do Príncipe e diversas outras.

Assim é que o nome de Grandeza do Príncipe foi dado a uma vila no interior do Norte e que já era conhecida na Corte pelo valor de seus homens. O primeiro Intendente foi escolhido na pessoa do Coronel Eronildes, o maior criador de gado de toda a região. O Coronel casou-se com a filha do Coronel Ribamar outro grande criador e dono de muitos escravos. O casal teve muitos filhos, mas o primogênito quando atingiu a idade de 18 anos foi elevado à posição de Intendente. A partir dessa época nenhum Intendente de Grandeza do Príncipe foi escolhido entre membros de qualquer outra família.

A família dos Eronildes passou a mandar e desmandar em toda a região e tornou-se a mais rica da região e de grande influência política. Eles mandavam e desmandavam nas repartições municipais e mesmo nas estaduais. A Prefeitura de Grandeza do Príncipe tinha em sua totalidade funcionários nomeados pelo intendente da ocasião e que permaneciam eternamente nos postos muito embora ganhassem sempre metade do salário que era indicado nas folhas de pagamento.

As pessoas perguntavam para onde ia a dinheirama que a PMGP arrecadava, mas ninguém sabia responder. Em obras públicas é que não eram empregadas, pois buracos mal cheirosos e animais soltos nas ruas eram o que logo notavam os visitantes quando chegavam a outrora bela cidade.

Ninguém sabia o que fazer. Certamente haveria maneiras de remediar essa situação.

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