Friday, February 26, 2010

POEMAS BARRETO/XAVIER 104


O poema de LÍVIO BARRETO, abaixo transcrito, está publicado em “Dolentes”, seu único livro.

OLHA-ME

Nessa meiguice imaculada

De teu olhar, pomba adorada,

Há a luz virgínea da alvorada
E o arminho tenro do luar;


Cálix de flor, frouxel de ninho,

A maciez casta do linho,

Toda a ambrósia do carinho

Destila a luz do teu olhar!


Minha ideal aspiração!
Meu sonho azul, minha ilusão,
Onde eu descanso o coração
Como hóstia num altar;


Casta, gentil, piedosa e mansa

Tua alma de anjo ri d´esp´rança,

Ó virginal, meiga criança,
Olha-me e deixa-me sonhar!

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continuação do texto/postagem

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