
Muita mixaria
Sua fazenda produzia de um tudo. Lá tudo dava: arroz, feijão, milho, leite e carne, pois tinha umas vaquinhas, muitos bodes, carneiros, galinhas, capotes e perus. Tinha também algodão pra fazer as roupas. Tinha até cana para fazer rapadura e uma boa pinga. É verdade que faltava algumas coisas como gás para botar nos candeeiros, fósforos para acender estes e as lamparinas, pois eles não sabiam mais fazer fogo com os pauzinhos de tanto uso por seus avós. A fazenda, enfim, quase não precisava da velha cidade. Mas o velho tinha de ir lá, de vez em quando, pra vender uns bodes, galinhas, feijão e outros legumes e apurar algum dinheiro pra comprar essas bugigangas que eles tinham se acostumado a usar. Ele voltava com uma lata de gás na cabeça, e umas poucas coisas nos bolsos. Trazia também um maço bem grande de dinheiro, pois sempre do que ele apurava com a venda sobrava muito. Anos se passaram nessa usança e ele sempre punha o rolo de cédulas – contos de reis, barões, cabrais - nos buracos da taipa do seu quarto. E esquecia e todo mundo de casa também. Até que chegaram os planos e quando o velho morreu e os filhos se deram conta não tinha mais nada, tudo perdido, só o amigo colecionador de cédulas comprou por uma mixaria o que antes eram milhões.
Sua fazenda produzia de um tudo. Lá tudo dava: arroz, feijão, milho, leite e carne, pois tinha umas vaquinhas, muitos bodes, carneiros, galinhas, capotes e perus. Tinha também algodão pra fazer as roupas. Tinha até cana para fazer rapadura e uma boa pinga. É verdade que faltava algumas coisas como gás para botar nos candeeiros, fósforos para acender estes e as lamparinas, pois eles não sabiam mais fazer fogo com os pauzinhos de tanto uso por seus avós. A fazenda, enfim, quase não precisava da velha cidade. Mas o velho tinha de ir lá, de vez em quando, pra vender uns bodes, galinhas, feijão e outros legumes e apurar algum dinheiro pra comprar essas bugigangas que eles tinham se acostumado a usar. Ele voltava com uma lata de gás na cabeça, e umas poucas coisas nos bolsos. Trazia também um maço bem grande de dinheiro, pois sempre do que ele apurava com a venda sobrava muito. Anos se passaram nessa usança e ele sempre punha o rolo de cédulas – contos de reis, barões, cabrais - nos buracos da taipa do seu quarto. E esquecia e todo mundo de casa também. Até que chegaram os planos e quando o velho morreu e os filhos se deram conta não tinha mais nada, tudo perdido, só o amigo colecionador de cédulas comprou por uma mixaria o que antes eram milhões.
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