
LÍVIO BARRETO (1870 - 1895)
A VOLTA
Voltaste! Olha-me terna e longamente!...
Da derradeira lágrima chorada
Em minha face pálida e sulcada
Inda o sinal verás fundo e eloqüente.
À mágoa entregue de te ter ausente,
Minh´alma, há tanto tempo separada
Da tua, foi-se enferma e contristada
Se contraindo dolorosamente.
Mas, tu voltaste, ó pálida senhora,
E eu vi, levada na asa da alegria,
Minha tristeza funda e aterradora.
Não há dia que valha-me este dia,
Todo cheio das pompas e da aurora
Que o teu olhar angélico irradia
- 93 –
A VOLTA
Voltaste! Olha-me terna e longamente!...
Da derradeira lágrima chorada
Em minha face pálida e sulcada
Inda o sinal verás fundo e eloqüente.
À mágoa entregue de te ter ausente,
Minh´alma, há tanto tempo separada
Da tua, foi-se enferma e contristada
Se contraindo dolorosamente.
Mas, tu voltaste, ó pálida senhora,
E eu vi, levada na asa da alegria,
Minha tristeza funda e aterradora.
Não há dia que valha-me este dia,
Todo cheio das pompas e da aurora
Que o teu olhar angélico irradia
- 93 –
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