Raul acorda às 2
horas da manhã; inquieto como nos últimos tempos; toma um pouco dágua da
garrafinha que deixava a seu lado na cama. Dorme novamente, mas acorda às 5 completamente
transtornado. Não sabe o que aconteceu. Também não adianta saber, pois nem tudo
passou e o resto nunca passará, nunca será esquecido. Dizia frases desconexas e
aparentemente sem sentido como: - Perdi
minha vida! - Vou embora! – Você me faz mal; - Não agüento mais. Dizia
tudo isso sem acompanhar qualquer palavrão, mas andando sem rumo, sem direção, por
toda a casa e depois para o quarto. Ela,
de olhos bem abertos, nada dizia, pois nada entendia. Foi nesse dia que Raul
decidiu dar um novo rumo à sua vida e em um momento decisivo saiu voando pela
janela.
(SP 12/3/12)
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