Sentado à mesa de
seu escritório, tendo uma folha de papel em branco à sua frente, ele procurava
idéias para escrever alguma coisa. Uma simples historinha; ele não queria
muito; não queria contos ou novelas ou romances ou sagas. Nada disso. Uma
simples historieta que pudesse ser lida em sessenta segundos e deixasse no
prezado leitor uma mensagem qualquer. Uma mensagem de alegria ou mesmo de
tristeza, mas uma mensagem. Se ele chegasse a escrever certamente esta mensagem
seria evidente. Acontece que ele não conseguia escrever uma simples frase, por
mais banal que fosse como “Vamos sair”, “Fulano perdeu o ônibus” e por aí vai.
Logo que ele sentava-se em seu trono, como antigamente dizia, ela lhe chamava: - Bem, faz isso para
mim... Ou - Vamos passear no shope? A partir daí nada mais mesmo lhe saia da cabeça
carunchada.
(SP 10/3/12)
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