ELE OLHAVA pra ela com
um olhar pidão e imaginava se alguém sabia o que significaria essa expressão
talvez tão velha quanto ele. Jorge Raposo não podia ter certeza, pois não era
bem versado nessas coisas do linguajar quotidiano. O certo é que seu olhar era
pidão e ele levantava suspeitas a todos que o viam olhando para a Lolita. É
certo também que esse não era o nome da menina. Mas o seu começa com um W (?).
Que coisa horrível. Enfim, ele acostumou-se a chamá-la de "W"
(dabliú) e ficou por isso. Certo dia ele a encontrou na cantina do colégio e
quis falar alguma coisa, mas primeiro engasgou-se com o "W" da menina
e depois, quando ultrapassou essa etapa, ele não soube o que dizer. Finalmente
diz:
-A gente pode "falar"
pelo whats? Você tem whats? A menina lhe diz:
-Mas você é velho, bem
mais velho que eu... Pra que isso?
E ele enganando a si e
a ela diz:
-Mas eu só quero a sua
amizade.
-Ta bem! Amanhã te dou
a resposta.
E ele curioso pergunta:
-E você pode mim add?
-Vamos ver!
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