Quase seis horas da manhã e ela entra
pelo quarto adentro, dando bons dias e carregando uma parafernália de seringas,
tubos, pílulas já separadas para ele tomar e mais um montão de outras miudezas.
Ela, a Rita, pega uma bacia de plástico azul com um líquido, assim pela metade
e passa para ele antes de qualquer outra coisa e sem nada dizer. O matuto da
Ribeira toma a bacia nas mãos e toca a beber aquele líquido com gosto de sabão.
A princípio ele achou que fizesse parte do desjejum, mas quando a bela Rita
olhou pra arrumação gritou:
- Seu Rui isto não é coisa para se
beber; isto é para higiene bucal.
Passar por essa não estava escrito no
receituário, mas para voltar para casa ele tinha de fazer tudo que lhe ordenassem.
E ainda tinha de pagar uma enormidade e em moeda forte.
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