O Coronel
Hurst um escocês idoso, solteirão, tinha estabelecimento comercial em São Luís.
Logo ao chegar de seu país fez grande fortuna em negócios com babaçu. Sua firma
chegou a ter representantes em cidades portuárias próximas, como o Pará,
Amarração e o Ceará. Além de sua dedicação ao comércio de babaçu ele tinha
interesses na produção e comercialização de cera de carnaúba nessas províncias.
O Coronel tinha também negócios com gado bovino, tendo montado grandes
curtumes. Pouco tempo após ter chegado ele havia acumulado uma enorme fortuna
representada por ouro, terras, gados e escravos.
Certo dia
ele recebe carta do Ceará informando que três dos escravos fugidos de sua
fazenda em Amarração haviam sido presos. O Coronel Furtado avisa que poderá
enviá-los para Amarração assim que o Delegado concluir o inquérito e o Coronel
Hurst enviar dinheiro para cobrir todas as despesas. Incluindo aí o custo de
cinquenta chibatadas que deverão ser aplicadas em cada um dos escravos. Ele
terá que dar sua concordância por escrito e enviar tudo aos cuidados do Coronel
Furtado.
Logo a
autorização chegou assim como o total de 90 mil réis que era o valor das
despesas a serem feitas; aí estava incluído o preço do chicote novo que o
Coronel Hurst queria que fosse entregue ao Chico da Maristela, seu amigão, para
fazer o serviço.
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