A morada, afastada da cidade,
era servida por muitos criados, de maioria negra, ex-escravos ou filhos ou
netos de libertos que serviam aos patrões em tudo, a despeito da decadência
generalizada. A mansão, isolada, foi mais ou menos protegida contra intrusos
por algumas gerações. Entretanto, esses começaram a transpor os fossos e
quebrar o isolamento das moças reclusas, que tocavam peças de Chopin, e liam
romances de M. Delly ou mesmo obras “pesadas”, como as dos autores socialistas
comuns à época. Alguns dos invasores, bárbaros e incultos, ganharam as moças
com seu blá-blá-blá milenar, fácil e enganoso.
Muitos pretenderam imitar os senhores, menos bárbaros, mas nunca conseguiram. Outros
ainda se adaptaram às regras tradicionais se bem que a custos enormes. A morada,
como era, deixou de existir.
Monday, July 21, 2014
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