Em seu sonho Jorge experimentava uma série de pensamentos e diálogos
solitários. Ele parlamentava consigo mesmo concluindo ser voluntarioso. Quando
queria fazer alguma coisa ele a fazia, mesmo que fosse aos trancos e barrancos.
Isso talvez seja um exagero, pois ele era tímido e não se aventurava muito a
fazer algo desconhecido. Mas, queria muito progredir na carreira. Logo depois
de ter iniciado sua formação atabalhoada, apareceu, no laboratório, um
visitante americano, representando a Fundação Chrysler. O cientista oferecia
uma única bolsa de estudo na América para jovem profissional de ciência.
Jaciara, sua bela colega, e por quem era ocultamente apaixonado, parecia ser a
preferida. O Prof. Rosado também a indicaria, mas contrariado, pois iria perder
a valiosa e charmosa auxiliar. Jorge ficou inquieto, pois viu a possibilidade
de ele próprio ser candidato. Imaginava qual seria a razão de ele também não
poder concorrer. Conseguiu por fim ser examinado e daí a algumas semanas ambos
foram chamados, tinham ganhado bolsas para fazer o mestrado. Ela iria para a
Universidade do Tennessee e ele para a Universidade da Califórnia, em Los
Angeles, a UCLA. Estudariam Bioquímica
de Plantas. Ele se perguntava:
“Que diabos eu vou fazer lá? Nem a língua eu sei
direito!” Antes de ele se achar preparado chegou a passagem para viajar em duas
semanas.
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