Thursday, February 20, 2014

A BERAMAR


Era provável  que não fosse ela debruçada na janela da casa perdida na caatinga. Não era provável, mas a jovem parecia com sua amiga de muitos anos. Ela havia desaparecido de sua mente. Isso já fazia tempo e ele nunca a procurou, ao contrário, tinha querido afastar-se dela o mais possível. Mas, agora lá estava aquela figura a lhe olhar com olhos enormes, mais do que normais. Ele pede ao motorista para se aproximar. Quando chega perto ele tem certeza que é a dita cuja, pois ao responder-lhe às boas tardes ela fala:

- Oi Seu Acaço o senhor ainda anda na Beramar?


FZA (28/3/12)

No comments: