O escritório era o último do
grande corredor, quase embaixo de uma das inúmeras mangueiras do campus. Aí
ficava Ticiane dando tempo integral na redação de sua tese. Ela fazia doutorado
com um professor amigo, de outra área do Centro. Era bem mais nova do que Paulo,
talvez uns vinte anos e tinham-se apaixonado durante um curso de verão. Eles queriam
ter um caso, se era possível dizer assim. Eles estão conversando em um fim de
tarde quando, sem bater, entra o marido da jovem:
- Qu´é qui tu ainda ta
fazendo aqui? Já passou da hora de ir pra casa! Vamo! Olhando para Paulo, o ex-futuro
candidato a um caso de amor, diz:
- E eche aí? Qu´é qui ele faz
aqui? O candidato a caso baixa a cabeça e sai de fininho.
No outro dia Ticiane passa
por ele e nem o bom dia costumeiro ele ouve. Dizem que ela perdeu 2 dentes
durante a noite.
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