Tuesday, March 27, 2012

FELIZMENTE NÃO HOUVE “SAIDINHA” – HISTORINHAS DAS QUARTAS

Jorge precisava urgentemente de muito dinheiro para o dia seguinte, o mais tardar dois dias depois. No Banco, já quase ao fim do expediente, foi informado que só poderia retirar cinco mil reais na boca do caixa. Ele precisava de vinte mil que só poderiam ser retirados após agendamento prévio de 48 horas. Jorge ficou desesperado, mas deu uma voltinha e sua mente trabalhando a toda lhe mostrou que deveria tirar logo os cinco mil possíveis. Quando voltou ao Banco viu um continuo agachado baixando o ferrolho da grande porta de vidro. Olhou para o rapaz e pediu para entrar: ele seria o último cliente. Ao entrar pela porta giratória foi chamado aos gritos pelo funcionário que distribuía as senhas. Pegou o papelucho eletrônico e entrou ficando a espera do número ser chamado. A senha apareceu daí a pouco no quadro apropriado e ele dirigiu-se ao guichê onde estava Tais que logo sorriu para ele. Jorge perguntou quanto podia sacar no seu cartão e ela lhe respondeu: - Cinco mil... Ele resolveu arriscar e indagou se ela não teria mais quinze mil, pois ele precisava de vinte. Taís sorriu e lhe disse que tinha mais cinco, e virando-se para os dois colegas ao lado conseguiu reunir os vinte mil. Quando ele notou a grande quantidade de cédulas, só de 50 reais, ficou assustado, pois teria que carregar a dinheirama até seu carro que, felizmente, não estava longe. Ao ver-se de posse de um envelope com as notas ele saiu do Banco e, quase correndo, chegou ao carro onde pôs o pacote com o dinheiro embaixo do banco do motorista. Imediatamente foi para seu apartamento cruzando uma das favelas mais afamadas por casos de assalto e onde já fora assaltado a ponta de um revólver. Deixou a dinheirama e foi a procura de uma bolsa para guardá-la com um pouco mais de segurança. Para sair do apartamento com uma bolsa, à frente das pessoas que lá estavam e sem poder dizer para que queria uma bolsa vazia fez com que a enchesse de livros. Tudo terminou bem, mas com surpresa de sua filha quando lhe telefonou que a entrega da bolada havia sido feita em sua casa. Dessa vez escapou de uma “saidinha” o que lamentavelmente não aconteceu com o jovem empresário assassinado ontem depois de roubado em vinte e um mil reais.

Fza 1/3/12

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