
O poema de LÍVIO BARRETO, abaixo transcrito, está publicado em “Dolentes”, seu único livro.
OLHA-ME
Nessa meiguice imaculada
De teu olhar, pomba adorada,
Há a luz virgínea da alvorada
E o arminho tenro do luar;
Cálix de flor, frouxel de ninho,
A maciez casta do linho,
Toda a ambrósia do carinho
Destila a luz do teu olhar!
Minha ideal aspiração!
Meu sonho azul, minha ilusão,
Onde eu descanso o coração
Como hóstia num altar;
Casta, gentil, piedosa e mansa
Tua alma de anjo ri d´esp´rança,
Ó virginal, meiga criança,
Olha-me e deixa-me sonhar!
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continuação do texto/postagem
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