
Abaixo o poema Núbil de LÍVIO BARRETO transcrito de “Dolentes”, seu único livro.
NÚBIL
Mais do que tudo eu amo o teu olhar
Tão doce e meigo, ó débil sensitiva,
Que traz minh´alma trêmula, cativa,
Absorta e muda à luz desse luar.
Dos teus anos o cândido alvorar
Tua alma de anjo faz modesta e esquiva;
Cerca-te um ninho de perfume e aviva
O meu amor profundo como o mar.
Ao céu azul das minhas esperanças,
Como orações de mães ou de crianças,
Sobem cantando as aves do meu sonho.
E o coração, por entre a sombra e o pranto,
Diz-me que te amo ardentemente, entanto
Que tu não me amas, com pesar, suponho!
NÚBIL
Mais do que tudo eu amo o teu olhar
Tão doce e meigo, ó débil sensitiva,
Que traz minh´alma trêmula, cativa,
Absorta e muda à luz desse luar.
Dos teus anos o cândido alvorar
Tua alma de anjo faz modesta e esquiva;
Cerca-te um ninho de perfume e aviva
O meu amor profundo como o mar.
Ao céu azul das minhas esperanças,
Como orações de mães ou de crianças,
Sobem cantando as aves do meu sonho.
E o coração, por entre a sombra e o pranto,
Diz-me que te amo ardentemente, entanto
Que tu não me amas, com pesar, suponho!
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