
LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual em seu único livro – póstumo – Dolentes nos deixou este poema:
FLOR DE CARNE
Na alva epiderme de teu corpo gira
O sangue quente de bacante impura,
E nessa noite horrendamente escura
Do vício, o coração te arde e delira.
Embora! Amo-te assim, fatal criatura,
Lasciva e bela, estéril Hetaíra;
Em ti o gozo lúbrico suspira
E a volúpia frenética murmura.
Há nos teus olhos um luar de estio...
Quando tu passas, meu amor sombrio
Te segue, cheio de áspero desejo.
Sonho-me então vitorioso e bruto,
Como um sátiro alegre e dissoluto
Amarrotando a rosa de teu beijo.
- 94 –
FLOR DE CARNE
Na alva epiderme de teu corpo gira
O sangue quente de bacante impura,
E nessa noite horrendamente escura
Do vício, o coração te arde e delira.
Embora! Amo-te assim, fatal criatura,
Lasciva e bela, estéril Hetaíra;
Em ti o gozo lúbrico suspira
E a volúpia frenética murmura.
Há nos teus olhos um luar de estio...
Quando tu passas, meu amor sombrio
Te segue, cheio de áspero desejo.
Sonho-me então vitorioso e bruto,
Como um sátiro alegre e dissoluto
Amarrotando a rosa de teu beijo.
- 94 –
No comments:
Post a Comment