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O poema de LÍVIO BARRETO, abaixo transcrito, está publicado em “Dolentes”, seu único livro.
ATRAVÉS DO SONHO
A Roberto de Alencar
Cerro os olhos de noite, enquanto o sono
Não chega, e deixo-me ficar sonhando
Neste abstrato e lânguido abandono
De quem com o coração vai conversando.
E como um triste e luminoso bando
De garças, sob o azul de um céu de outono,
Vão minhas utopias emigrando
Do altar aonde o teu amor entrono.
Trono de flores que a ilusão colora
Minuto por minuto, enquanto chora
O Coração no íntimo, sentido,
Aonde o teu amor mal pousa e aonde
Minha esperança última se esconde
Como um pássaro triste e malferido.
continuação do texto/postagem
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