
LÍVIO BARRETO deixou em seu um único livro publicado, “Dolentes”, o poema de 1894 que mostramos hoje.
NOITE AFORA
Há pouco na matriz deram dez horas.
Calma aparente fora; aqui, soturna,
Triste vigília; a pavidez noturna
Das longas noites lentas, sonhadoras.
Só no meu quarto, a luz da lamparina
Trêmula doira a minha solidão.
Silêncio triste. As dores em surdina
Vão dar meia-noite no meu coração.
Ventos da noite frios, ventos frios
Passam bulhando fora aos assobios,
Zunindo pelas frinchas da parede...
Dormem sorrindo as brancas inocências,
E anda o remorso pelas consciências
Como um lobo perdido, que tem sede.
O texto está completo. O quadro é: Picture Clock with Scene of an Alpine Village Landscape with Clock Mechanism in Church Tower, de C. L. Hoffmeister, 1833
NOITE AFORA
Há pouco na matriz deram dez horas.
Calma aparente fora; aqui, soturna,
Triste vigília; a pavidez noturna
Das longas noites lentas, sonhadoras.
Só no meu quarto, a luz da lamparina
Trêmula doira a minha solidão.
Silêncio triste. As dores em surdina
Vão dar meia-noite no meu coração.
Ventos da noite frios, ventos frios
Passam bulhando fora aos assobios,
Zunindo pelas frinchas da parede...
Dormem sorrindo as brancas inocências,
E anda o remorso pelas consciências
Como um lobo perdido, que tem sede.
O texto está completo. O quadro é: Picture Clock with Scene of an Alpine Village Landscape with Clock Mechanism in Church Tower, de C. L. Hoffmeister, 1833
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