
Lívio Barreto é o autor deste poema.
PERDÃO
Perdão! Alma de flor mimosa e pura,
Dilacerada pelo sofrimento!
Perdão, meiga e radiosa criatura,
Por tua mágoa, pelo meu tormento.
Perdão! E a minha voz endolorida
Suba como uma prece a ti, perdão!
Num lamento de alcíone perdida
De longes mares pela solidão!
Meiga senhora pálida e mimosa,
Meu verso chora dolorosamente,
Como a queixa sentida de uma rosa
Ao sol que a queima rúbido e fremente.
Meu amor que soluça ajoelha e eleva
Para ti esta súplica: Perdão!
Trenó que passa e vai de treva em treva
Rolar de coração em coração.
- 95 –
PERDÃO
Perdão! Alma de flor mimosa e pura,
Dilacerada pelo sofrimento!
Perdão, meiga e radiosa criatura,
Por tua mágoa, pelo meu tormento.
Perdão! E a minha voz endolorida
Suba como uma prece a ti, perdão!
Num lamento de alcíone perdida
De longes mares pela solidão!
Meiga senhora pálida e mimosa,
Meu verso chora dolorosamente,
Como a queixa sentida de uma rosa
Ao sol que a queima rúbido e fremente.
Meu amor que soluça ajoelha e eleva
Para ti esta súplica: Perdão!
Trenó que passa e vai de treva em treva
Rolar de coração em coração.
- 95 –
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