
DRPMTV E VXQRS
Drpmtv estava pensando em como adorava vê-la galopar pelo pasto e, depois, como que ruminar à sombra do juazeiro, mastigando a graminha verde e saborosa que havia comido fazia pouco tempo. Ele também gostava de vê-la a dar coices, leves seja dito, em Vxq, sua mãe. Nesse dia ele chegou em frente da bodeguinha e falou:
- Boa tarde! A expressão lhe saiu animada, como sempre e como sempre ele esperou o troco escandido, sem sentido e grosseiro, quando não um coice:
- Eu já lhe disse que não entrasse mais aqui! Eu lhe proíbo!
- Mas porque Vxqrs?
- Eu não quero! Sua conversa me chateia e atrapalha meu serviço, você não vê?
- Não, não vejo. O que eu vejo é uma insistência boba de minha parte em falar com você e uma falta de compreensão de sua parte, nem que seja sua compreensão equina. Eu não quero lhe agarrar, ou bolinar – o que é a mesma coisa, e seria bom, não? -, o que quero é ser seu amigo. Mas, você põe uma enorme barreira nisso que até parece um circuito de hipismo. Eu acho que você deve me odiar, mas não tem coragem de colocar estricnina no meu mugunzá, aliás, não pode ser refrigerante, pois nem isso você aceita tomar comigo.
- Ô conversa boba, Drpmtv! Eu já lhe disse que te adoro, mas não precisa me dar nada para me agradar porque eu não quero aceitar e não quero ser agradada, eu quero ser tratada aos coices, como eu próprio faço; este é o jeito e a maneira de Vxqrs. Só aceito e olhe lá, chocolate doce ou amargo em latinhas bem bonitinhas...
- Vou morrer e não entendo você e sua confusão existencial que me contamina e para a qual eu, propriamente, não tenho remédio, mas...
- É! Minha tia Vxq2 diz a mesma coisa e eu não estou nem aí!
- Verdade?
- Pois é, vá embora, eu não quero mais conversa com você! Vá logo para outro pasto!
- Ganhou!
31mar09
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