
LÍVIO BARRETO, da Padaria Espiritual, dedicou este poema ao amigo Luiz Felipe de Oliveira, transcrito em seu “Álbum – 1890” e depois incluído em seu único livro “Dolentes”
Peregrina
(A Luiz Felippe)
Vem de longe talvez, talvez de perto...
Não sei d´onde ela vem... Por entre a bruma
Do seu mysterio intimo, ressuma
Um poema de dores encoberto.
Faz-se em torno de si como um dezerto
De onde fugiu toda a alegria; e a bruma
De uma saudade immensa se avoluma
No seu olhar de um brilho vago, incerto...
Canta ao piano, à noite, umas balladas
De umas doces tristezas perfumadas,
E uns versos melancholicos, sentidos.
E vem-lhe d´alma no tropel dos seres
Como que fragmentos de illuzões,
Pedaços, restos de um collar de sonhos!...
Abril 91
Peregrina
(A Luiz Felippe)
Vem de longe talvez, talvez de perto...
Não sei d´onde ela vem... Por entre a bruma
Do seu mysterio intimo, ressuma
Um poema de dores encoberto.
Faz-se em torno de si como um dezerto
De onde fugiu toda a alegria; e a bruma
De uma saudade immensa se avoluma
No seu olhar de um brilho vago, incerto...
Canta ao piano, à noite, umas balladas
De umas doces tristezas perfumadas,
E uns versos melancholicos, sentidos.
E vem-lhe d´alma no tropel dos seres
Como que fragmentos de illuzões,
Pedaços, restos de um collar de sonhos!...
Abril 91
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