
Filhos de índios
Feliciana e sua mãe, Siá Máxima, conversavam animadamente à porta de casa. As duas estavam muito zangadas com as notícias recentes vindas da Várzea. Um positivo trouxera de lá um dinheiro para o Capitão Raimundo do Espírito Santo e dissera para elas que o filho do Inaço tava espalhando que a menina Feliciana era filha do italiano morador da Amarração e que ela não tinha nada de sangue de índio. Ora isso era um descabimento, pois Siá Máxima nunca quis saber de envelope nenhum, nem daqueles de olho azul e agora essa história. Além do mais era só olhar pra tudo que era culumim, seus netos, que se via ser tudo filho de índio.
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