
INÁCIO XAVIER FILHO, filho de Elisa Barreto Xavier e Ignácio Xavier, nasceu em 1921 e faleceu em 1999. Escreveu poesia e lia grego e latim, com certa facilidade. Sua poesia está publicada na revista “Literatura Brasileira” (Shogun Editora E Arte Ltda.) como participante de concursos ou por sua própria iniciativa.
GIOVENTU*
Como que a graça da nubilidade,
Retratou-se tão bem nesta beldade?
Pois nem sorri nem está melancólica...
E seminua, mas não impudica!
Mestre discreto, talvez sem rival,
Deu-lhe sobre a verde luz sazonal,
O ricto esperto qual de Proserpina,
Além do seios puros de Pomona...
De um carisma que só têm em sazão,
Os frutos prematuros no verão.
E ora ficamos pensando ao vê-la:
Mocidade, em outono, quanto és bela!
Mocidade de outono, és primavera...
Por isso teu semblante é jóia rara:
Qual Vênus, amena primaveril;
Os pombos arrulham ao teu perfil,
Tão quão é vera a tua sã beleza,
Capaz de nos causar tanta surpresa!
* Quadro de Eliseu Visconte (1898)
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