Friday, July 23, 2010

POEMAS BARRETO/XAVIER 119


INÁCIO XAVIER FILHO, filho de Elisa Barreto Xavier e Ignácio Xavier, nasceu em 1921 e faleceu em 1999. Escreveu poesia e lia grego e latim, com certa facilidade. Sua poesia está publicada na revista “Literatura Brasileira” (Shogun Editora E Arte Ltda.) como participante de concursos ou por sua própria iniciativa.


GIOVENTU*


Como que a graça da nubilidade,

Retratou-se tão bem nesta beldade?

Pois nem sorri nem está melancólica...

E seminua, mas não impudica!

Mestre discreto, talvez sem rival,

Deu-lhe sobre a verde luz sazonal,

O ricto esperto qual de Proserpina,

Além do seios puros de Pomona...

De um carisma que só têm em sazão,

Os frutos prematuros no verão.

E ora ficamos pensando ao vê-la:

Mocidade, em outono, quanto és bela!

Mocidade de outono, és primavera...

Por isso teu semblante é jóia rara:

Qual Vênus, amena primaveril;

Os pombos arrulham ao teu perfil,

Tão quão é vera a tua sã beleza,

Capaz de nos causar tanta surpresa!



* Quadro de Eliseu Visconte (1898)

texto chamadacontinuação do texto/postagem

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