
LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual em seu único livro – póstumo – "Dolentes" produziu este poema:
O único olhar
A Antônio de Carvalho
O único olhar que iluminou meu sonho,
Sonho de amor que me aclarou a vida;
Luar de crença do meu céu tristonho,
Rápida luz de estrela foragida,
Há quanto tempo, há quanto! No medonho
Subterrâneo da Ilusão perdida,
Não vem trazer-me, cândido e risonho,
A luz guiadora a esta alma combalida!
Outros olhares vejo noutro rosto:
Fluxuosos como o brando mar de Agosto,
E às vezes puros como um céu risonho...
Mas na minh´alma abandonada, pia
A estrige augura da melancolia
Chorando o olhar do meu primeiro sonho!
- 93 –
A ilustração acima é: By the Light of the Silvery Moon I
de Heinz Voss
O único olhar
A Antônio de Carvalho
O único olhar que iluminou meu sonho,
Sonho de amor que me aclarou a vida;
Luar de crença do meu céu tristonho,
Rápida luz de estrela foragida,
Há quanto tempo, há quanto! No medonho
Subterrâneo da Ilusão perdida,
Não vem trazer-me, cândido e risonho,
A luz guiadora a esta alma combalida!
Outros olhares vejo noutro rosto:
Fluxuosos como o brando mar de Agosto,
E às vezes puros como um céu risonho...
Mas na minh´alma abandonada, pia
A estrige augura da melancolia
Chorando o olhar do meu primeiro sonho!
- 93 –
A ilustração acima é: By the Light of the Silvery Moon I
de Heinz Voss
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