O autor do poema de hoje, “Lágrimas”, Lívio Barreto, o “Lucas Bizarro” da Padaria Espiritual, nasceu nos Angicos - povoado do município - e faleceu na Granja em 1895; deixou uma única obra publicada ("Dolentes").
LÁGRIMAS
Lágrimas tristes, lágrimas doridas,
Podeis rolar desconsoladamente!
Vindes da ruína dolorosa e ardente
Das minhas tôrres de luar vestidas!
Órfãs trementes, órfãs desvalidas,
Não tenho um seio carinhoso e quente,
Frouxel de ninho, cálix rescendente,
Onde abrigar-vos, pérolas sentidas.
Vindes da noite, vindes da amargura,
Desabrochastes sobre a dura frágua
Do coração ao sol da desventura!
Vindes de um seio, vindes de uma mágoa
E não achastes uma urna pura
Para abrigar-vos, frias gotas d´água!
-(19)93-
LÁGRIMAS
Lágrimas tristes, lágrimas doridas,
Podeis rolar desconsoladamente!
Vindes da ruína dolorosa e ardente
Das minhas tôrres de luar vestidas!
Órfãs trementes, órfãs desvalidas,
Não tenho um seio carinhoso e quente,
Frouxel de ninho, cálix rescendente,
Onde abrigar-vos, pérolas sentidas.
Vindes da noite, vindes da amargura,
Desabrochastes sobre a dura frágua
Do coração ao sol da desventura!
Vindes de um seio, vindes de uma mágoa
E não achastes uma urna pura
Para abrigar-vos, frias gotas d´água!
-(19)93-
No comments:
Post a Comment