LÍVIO BARRETO, o “Lucas Bizarro” da Padaria Espiritual, nasceu em 1870 e faleceu em 1895, tendo deixado uma única obra, “Dolentes” (póstuma). Aqui mostramos mais um de seus poemas publicados nessa obra.
Ester
A Carlos Vítor
Pela janela aberta a aragem fria
Entra trazendo o aroma dos rosais,
E o sol, abrindo as pálpebras reais,
Setas e setas de oiro fosco envia.
Dormindo, Éster, a pálida judia,
Sob as brancas cortinas virginais,
Sonha com as puras noites orientais
Cheias de luz e de melancolia.
Úmido o lábio trêmulo, rosado,
Suplica um beijo; o seio delicado
Arfa de leve entre os albentes folhos...
Sonha e sorri os olhos apertando
- Negras franjas de seda resguardando
As duas negras pérolas dos olhos.
Ester
A Carlos Vítor
Pela janela aberta a aragem fria
Entra trazendo o aroma dos rosais,
E o sol, abrindo as pálpebras reais,
Setas e setas de oiro fosco envia.
Dormindo, Éster, a pálida judia,
Sob as brancas cortinas virginais,
Sonha com as puras noites orientais
Cheias de luz e de melancolia.
Úmido o lábio trêmulo, rosado,
Suplica um beijo; o seio delicado
Arfa de leve entre os albentes folhos...
Sonha e sorri os olhos apertando
- Negras franjas de seda resguardando
As duas negras pérolas dos olhos.
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