“Zé Rieira era preguiça demais e seboso também”. Certo dia mandou pedir emprestado um machado ao sogro (e tio) que tinha ficado cego, mas cuidava bem dos seus ferros. Foices, facões e machados ele os mandava amolar, passava a mão na lâmina para saber se o corte estava bom e os guardava sempre enfiados no freichal do alpendre. José Vieira usou o ferro sem cuidado tendo acabado com o fio, deixando-o cheio de dentes. Mandou alguém devolver o machado ao sogro e, quando este o recebeu, experimentou o “gumo” e sentiu que estava totalmente perdido, acabado. O velho Ignácio emitiu, então, o hino da Malhadinha:
-“Uuuummm”.
Meteu o machado no freichal onde sempre o deixava, virou-se para os que estavam perto e disse:
-Esse machado aí num é pá ninguém pegar nele, é pá emprestá pro Zé Rieira.
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