
Meus livros. Quem os vai limpar? Quem os vai organizar nas estantes já
cheias? Império Romano, Cristianismo, Islamismo, tá faltando algo sobre
Judaísmo. Ainda agora tento por alguma ordem nessas observações a respeito
dos livros que tenho, comprei, ganhei. Olho e vejo dezenas de títulos sobre a
fundação de Roma e o desaparecimento do Império Romano, desde o livro de Gibbon
até análises mais modernas, populares, bem entendido. Após ter, como que
enjoado de Roma e suas conquistas, passei para os Bárbaros: Gauleses, Celtas,
Germanos e quase todo o resto. Vikings, Normandos, Francos, Bretões, Guerra dos
Cem anos... A mania boba de somente ler livros de ficção científica no
original inglês; terá sobrado alguma coisa voando pelo espaço
intergaláctico? H. G. Wells, A. Huxley, Isaac Azimov, Poul
Anderson... Poucos livros em francês - fui aluno premiado da Associação
Franco Brasileira onde ganhei um primeiro prêmio (Prix d´excellence).
Habilidade jogada fora pelo desuso. Mas, ainda li Balzac (Père Goriot) e um
livro sobre Liautey, general francês que lutou no norte da África. O livro,
assim, como o Père Goriot trazia dedicatórias de "Prix d´excellence a
l'éleve...) escritas pelo Pomerat, francês,. namorado da prima Miriam. Já
bem depois, mas nunca já tarde, virei-me para o Oriente em busca de entender as
religiões monoteístas: judaísmo (pouca coisa, ainda projeto), catolicismo,
islamismo. (Mas nunca me interessei por Budismo ou Confucionismo.) Bíblia (de
Jerusalém), Alcorão. O Talmude está esperando; chegarei a tempo a ele? Só
Yahveh sabe. Cruzadas. Lutas sangrentas por Bizâncio/Constantinopla/Istambul/Jerusalém.
Santos. São Pedro. Aquisição recente e ainda lendo Santo Agostinho: sua
"Cidade de Deus". Planos e mais planos e não há mais lugar nas
estantes. Centenas foram doados para filhos ou levados para o IJX na Granja,
pensado inicialmente como a Biblioteca JXF. E as dezenas ou centenas de
livros para presentear aos filhos, genros, nora, netos, "amigas",
amigas, conhecido(a)s que gostam de ler e as que não gostam e dizem que gostam;
alunos aplicados que prometiam um brilhante futuro...
Literatura brasileira, portuguesa
(Camões), espanhola (Dom Quixote), latino americana (Vargas Llosa), pouca coisa
norte americana (Hemingway). Israelaense (Amos Oz). Falta muita coisa...
As fotos antigas, impressas em
branco e preto, papel glossy, em sua maioria de tamanho pequeno (seria 5×3 ?),
tiradas com minhas duas Contaflex?
(Uma roubada de minha mala no avião em
uma das voltas de viagem a Europa; depois comprei outra igual em viagem a
Berlim). E aquelas tomadas com as maquininhas da
Kodak - não lembro o nome. E as de disco? E os accessórios para melhor
aproveitar o potencial da Contaflex? Aonde
estão? Ana os usou por algum tempo. E os milhares de slides tirados na
California: Los Angeles, San Francisco; há uma foto minha em frente ao Oceano
Pacífico, tirada pelo amigo perdido Reynaldo. E as fotos da Europa:
Aberdeen, Durhan, Londres, Berlim, Munique, Praga, Roma, Veneza, Florença,
Ravena, Milão... E os da Família? E das viagens a
Granja, Rio, São Paulo, Brasília, Terezina, São Luiz, Pantanal, (Paulo e
Maiza)? Tudo jogado, desarrumado! Sem a organização a mim mesmo prometida!
Eu que me pretendia um verdadeiro "Caxias"... Certinho... O que
vai acontecer às minhas latinhas e caixinhas acumuladas por anos a fio;
recentemente com a colaboração e trocas com minha filha Ana...
Olho para minha mesa e vejo os lápis:
dezenas deles, agora com pontas feitas com as maquininhas
modernas. As canetas, não mais tanto as Bic, mas as Stabilo pelas quais me
apaixonei, mas tive coragem de dar de presente na Granja todas as 24 de uma
coleção trazida de Munique há tempos. O estojo - caneta e lapiseira
dourados - da Parker 51, "de ouro", presente de casamento de
Socorro. As lapiseiras, desde os tempos do meu Pai na Booth Line: uma,
branca com uma bandeira azul; ou seria o contrário? Os micros abandonados, "coisa de rico", no meio do caminho
desde o primeiro com um único drive feito pela Cobra... Muitos deles
doados a pessoas ou ao "museu" do Instituto... Os celulares não
muitos, pois nunca aprendi a mexer neles... Mas tinha um Palm de última
geração, mesmo! Os discos de vinil e depois as dezenas
de CDs de cáubois jogados por aí... John Wayne, Clint Eastwood, o velho
John McBrown, os espaguete - Franco Nero e muitos e muitos outros. Perdi o interesse. Agora é Netflix. Séries infindáveis. Breaking Bad, Mad Men, Suits,
Better Call Saul. E os CDs de música clássica cujo gosto me foi instilado pelo Paulo
Lincoln que me deu um álbum com todos os concertos de Brandenburgo de
autoria de um gênio alemão que até hoje sou viciado nele, como se fosse
uísque ou maconha. Agora ouço Bach no micro e importado pelo YouTube. Vou
perder essas coisas e muito mais que vem pelo futuro, mas assim é a vida. Em compensação não vou saber! Novamente livros e mais livros
comprados acima da capacidade de leitura. Outros,
escritos por mim na tentativa de jogar todas as coisas que tenho dentro para
fora a fim de respirarem. Não consigo jogar tudo, só partes, pois dá saudades. Minha (?!) Ciência. Muitos livros no
original Inglês, Darwin - interessante a memória foge aqui - e milhares,
milhares de separatas lidas e digeridas deixadas, especialmente pelas meninas
Kátia e Elenir, na sala que usei por anos a fio na UENF. Tudo jogado. Tenho que chamar atenção de quem topar com esses escritos que não estão
em Fortaleza, na Maria dos Anjos, nada que se refira a insulina, o meu bode
expiatório expurgado dos meus neurônios. O Maurício Silva entende mais
dos mecanismos de ação da insulina do que eu agora. Eu que passei anos em busca
de respostas para sua existência em plantas.
E as pastas onde tenho guardado de um tudo: desde diploma de doutor - doutor
mesmo Lilly, ex-musa -, até bula de remédio, passando por cópias de dezenas de
declarações de Imposto de Renda e currículos plenos de títulos de trabalhos
pretensiosos. Ufa! Isso passa por agendas anuais, talvez mais de trinta.
Agora livres para curiosos folhearem e descobrirem fatos e acontecimentos sobre
essa vidinha besta que Alessandra e Juliana, minhas grandes amigas e
inspiradoras teimam em dizer que fez sentido e eu teimo em retrucar que
não! Volto aos livros que tentei ler em alemão, só talvez para esnobar os
especialistas em Inglês somente. Volto para o Inglês que me tem puxado
para cima, muito. Com ajuda de Tamise, musa do Wizard. Só não
consigo acreditar que eu chegue um dia a ler "Ulysses", mesmo em
tradução para o Português, não terei tempo. Mas, "Dublinenses"
li. É verdade com um pouco de
dificuldade.
Interrupção em 09:43 de 17/05/2015
Recomeço em 15:00 de 18/05/2015
De algum tempo para ca minha vida está
escondida em discos, CDs, disqutes, pendrives e discos rígidos: não sei nem
avaliar quantos mega bites foram necessários para guardar os arquivos
produzidos por mim. Estão também espalhados, por estantes, gavetas, caixas sem
a menor organização. É, para mim um verdadeiro trabalho de hercúleo conseguir
recuperar alguma coisa de que me lembre. Fica tudo para curiosos. Nesses
arquivos estão segredos sob a forma de cartas, fotos comprometedoras (do
que? de quem?), fotografias para auxilio a sexo solitário, de amigas,
namoradas e paqueras, fotos científicas, para trabalhos e congressos e
seminários. Enfim, uma quantidade enorme de documentos, pois tudo é
documento. Em pacotes diversos, mais ou menos bem separados estão
guardadas as cartas pessoais de Socorro escritas para mim quando eu estava fora
do País ou de casa mesmo, na Granja ou outro lugar. Cartas colecionadas por
Mamãe, por anos a fio, amarradas com fitinhas cor de rosa e identificadas
pelo ano. Poucas cartas de meu Pai; ele não escrevia muito para mim. Fazia
bilhetes e recados quando eu fui (e mesmo antes) promovido a seu
"representante" junto aos compradores de cera da "Praia"
como a gente e outras pessoas chamavamos a região onde hoje é o "complexo
Dragão do Mar".
Retomo em 19:24 de 02/06/2015
Agora mesmo, ouvindo a melodia (?) mais
intrigante e bela, harmoniosa e celestial, fora dos eixos da normalidade,
pensada e escrita pelo gênio JS Bach, a "Paixão segundo São Mateus",
dá vontade de me acompanhar de Elle, ainda um pouco estranha, mas certamente
logo minha companheira.
Retorno em 13:14 de 22/06/2015
Já chega. É pouco, mas por esses dias a
vida me foi cruel. Mas tudo passa incluindo os 22 anos dados por meu neto e
roubados. O Dr. A. bate à porta.
Retorno em 18:03 de 23/06/2015
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