Wednesday, August 29, 2012

SOSSEGO E SOLIDÃO – HISTORINHAS DAS QUARTAS



João chegou ao “Sossego” bem perto do sítio “Solidão”,  na estrada que vai dar na “Cruz de Madeira”. Logo ele foi reconhecido por seu Bitá, o homem mais rico do lugar que lhe ofereceu pousada pelo tempo que necessitasse. O velho não sabia quais os motivos que levaram seu amigo a ir até ao “Sossego”, mas esperou que João, parente de sua finada esposa, lhe contasse alguma coisa, se foi  algo de aventuroso que havia acontecido. João contou-lhe haver conhecido alguém que, a princípio, lhe fazia juras de amor, mas com o correr do tempo, transformou-se e, perdendo a razão passou a ser um fardo. Um fardo tão grande que ele resolveu isolar-se na solidão do sitio de seu contraparente.
FZA  (31/3/12)

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Sunday, August 26, 2012

ELA PASSOU ZUNINDO - HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 288


A mulher passou por ele zunindo e resmungando. De repente passa por uma caixa coletora de lixo, dá dois ou três passos e volta. Mete a mão na caixa e tira uma garrafa, aparentemente vazia, examina o objeto e o joga em frente à fila de carros que, nessa hora, corriam pela Avenida. Quando a garrafa bate no chão explode com um grande ruído e destrói os dois primeiros carros da fila. A pobre mulher cai no chão e bate a cabeça no pavimento fazendo um barulho enorme e deixando uma poça de sangue. Ninguém atende para ver o que aconteceu a ela, mas correm para ver os carros amassados e seus ocupantes feridos.

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Saturday, August 25, 2012

AD2M - PODEROSA

Leia a nota dada na coluna de Sônia Pinheiro em sua coluna no O Povo de 21/8/2012

 PODEROSA 

 A AD2M ENGENHARIA de Comunicação, dos jornalistas Ana Maria Xavier, Apolônio Aguiar, Djane Nogueira e Mauro Costa, está presente na edição 2012 do Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa. A publicação organizada pela Mega Brasil Comunicação traz um raio-x do setor, mostrando números da comunicação empresarial no país. A diretora comercial, Ana Maria Xavier, contribuiu com a sua visão sobre o crescimento do mercado e da agência cearense, que figura entre as 15 primeiras no ranking nacional de grandes e médias organizações do setor.

http://www.opovo.com.br/app/colunas/soniapinheiro/2012/08/21/noticiasoniapinheiro,2903334/2012-2108va02-sonia.shtml
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Wednesday, August 22, 2012

A PISTOLA DE BENJAMIM – HISTORINHAS DAS QUARTAS


Os dois chegaram ao restaurante de comidas típicas, à beira da estrada. Tinha muita gente e estacionar foi um sufoco, pois só havia uma vaga e essa mesmo bem apertada entre dois carrões. Desceram e logo pediram uma galinha a cabidela; pediram também uma cerveja, pois a viagem tinha sido muito demorada e a fome e sede já tinham chegado há muito. Após se deliciarem com a galinha e depois, com a sobremesa, um doce de jerimum, eles pedem a conta, pois era preciso pegar a estrada novamente o quanto antes. Quando chegam ao carro o João que vinha guiando, vê que um moço havia estacionado sua Discovery preta bem atrás de seu Uno zero. Ele, o dono do carreco, reclama falando alto, xingando mesmo o responsável. Subitamente aparece o moço responsável: uma lapa de homem, com os bíceps e todos os outros ceps aparecendo e com vontade de brigar. Ele tenta disfarçar, mas o moço está bravo e os destrata e tenta partir para uma agressão desnecessária. Ele abre a porta do carro e o porta-luvas e puxa o revólver de seu filho e aponta para o moço. O que aconteceu daí por diante ninguém lembra direito. O certo é que ele estava caído no chão com a cara quebrada e empunhando a pistola preta de brinquedo de Benjamim.

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Sunday, August 19, 2012

HILSIREMA VAI AO JAPÃO - HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 287


Neta de japoneses radicados no país Hilsirema da Silva Nakamoto, viajou para  a terra de seus ancestrais a procura de emprego, pois a vida em casa estava muito difícil. Seu pai havia perdido o emprego no restaurante na Liberdade e sua mãe, com as costuras, é quem arcava com as despesas.  Ao apresentar-se à alfândega no aeroporto de Narita, em Tóquio, Hilsirema foi interrogada por um funcionário, certamente um nissei, que falando português lhe disse: - Olha dona com esse nome você pode ser contratada por firmas especializadas na construção de árvores genealógicas. Desvendar o significado do seu nome será um exercício valioso para os institutos de genealogia japoneses. 
FZA 31/5/12

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Wednesday, August 15, 2012

SAPO NA LAGOA - HISTORINHAS DAS QUARTAS


Era noite alta quando ela chegou à beira da lagoa e  viu um grande sapo pulando entre touceiras de capim. Ao mesmo tempo em que saltava o animal dirigia o olhar para ela; era um olhar suplicante que parecia dizer-lhe: - Vem comigo! Após algum tempo ela decidiu atender às súplicas do animal agora transformado em um belo jovem. Os dois, a princípio, se entendem, mas logo ela passa a reclamar de seu novo companheiro que não lhe ensina as lições da Escolinha. Após muito bater o pé no chão e reclamações mil da parte dela o jovem considera que não pode atender a seus reclamos e decide voltar à sua condição de sapo e sai pulando e coaxando pelas touceiras da lagoa.
FZA 7/5/12

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Sunday, August 12, 2012

CABEÇA CORTADA - HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 286



O cara sonhava demais e contava os sonhos para os amigos. Como eram só sonhos todos conseguiam ouvi-los até o fim da história. Certo dia ele apareceu na roda e disse ter tido um sonho horrível. Todos pediram para ele conta-lo. Aí ele disse ter sonhado que era um espião do rei Adelardo atuando em Istambul no tempo do sultão Bayezid. Até ai tudo bem, mas o problema é que ele foi descoberto por uma patrulha de janízaros que o prenderam e o levaram a presença do temido sultão. Este não teve dúvida.  Nem olhou para ele e já foi ordenando sua decapitação. Logo chegou o carrasco com sua cimitarra e o degolou. Quando o imenso justiceiro jogou sua cabeça no Poço de Sangue e esta caiu sobre centenas de outras já decepadas ele acordou e sentiu uma terrível dor no pescoço resultado de estar usando um travesseiro novo e duro.
- Cabra você é besta! Disse o Dutrinha. 
FZA 12/8/12

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Tuesday, August 07, 2012

FANTASMA NA FAZENDA - HISTORINHAS DAS QUARTAS

Depois de alguns sucessos em sua vida atribulada Acácio passou a morar na antiga fazenda de seu Pai, lá pelos lados da Imbirituba. Ninguém sabe onde isso fica; isto é bom, pois ninguém vai lhe perturbar. Mas, não é que ninguém possa de alguma maneira perturbar a paz que espera ter no meio do imenso carnaubal, uma característica do lugar. O problema é que logo que se instalou na camarinha reservada por  tia Dinda para seu descanso, talvez eterno, ele passou a ver visagens. Nos primeiros dias Acácio via, pela madrugada, um fantasma já visto antes na cidade e que certamente voltava para lhe cobrar alguma coisa. Ele lutava com esse fantasma, mas nunca conseguia neutralizá-lo, ou melhor, mandá-lo para os quintos. Até que chegou uma madrugada, muito tempo depois, em que Ella apareceu e levou em suas garras afiadas de gavião o tal fantasma que se apresentava sob a forma de uma mulher. As duas que se entendessem.
FZA (29/3/12)

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Sunday, August 05, 2012

CONHECENDO O “CHARLESTON” - HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 285



Tirar um visto para viajar aos Estados Unidos já foi uma chateação. Quando da entrevista o funcionário, um afro-descendente, queria informações sobre seus ancestrais; ele não imaginava a razão e, como ele não sabia coisa alguma sobre as famílias de seus pais, esse detalhe foi deixado de lado. Após mais algumas perguntas, deram-lhe o visto. Ele iria viajar para Nova Orleans onde faria um estágio em uma escola de música. Quando chegou a sede da escola ele estava sendo esperado com muita animação, pois ele havia feito, desde o início de seus contactos com a direção da escola, um verdadeiro sucesso. Charleston Torres Pereira era um cearense da gema e nunca tinha ouvido falar no “charleston”, mas foi logo recebido com uma apresentação da dança por suas futuras colegas de escola.
1/6/12

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Wednesday, August 01, 2012

A RESSUREIÇÃO DE TALZINHO – HISTORINHAS DAS QUARTAS

 

Era já meia-noite e a Avenida Municipal estava banhada pela luz da lua cheia. Vicentinho, o polímata da cidade e seus amigos, todos aqueles que sabiam dos planos de Talzinho, estavam presentes à espera do acontecimento. (...)

Era uma hora propícia às aparições e aos encantamentos. Subitamente fez-se uma luz mais clara ainda que a do luar, parte do cenário apropriado para que se ia ver daí a pouco. Envolto em alguma coisa que se poderia tomar como uma aura dourada apareceu Talzinho. Ele vestia seu terno branco, e usava uma enorme barba grisalha, como a recordar os tempos antigos. Em uma das mãos ele amaciava uma garrafa de uísque (Qual seria a marca agora?) e na outra uma lanterna led. Vicentinho e aqueles amigos que estavam interessados em participar do comitê e da, com certeza, próxima administração municipal chefiada pelo vovô de todas as crianças da cidade, aproximaram-se de Talzinho. Sua postura era de um imperador dos tempos de Roma antiga, pois certamente ele se equiparava a Augusto ou Nero ou Calígula – diziam as más línguas - dos tempos heróicos. Após ter distribuído uma lapada do bom e velho uísque para cada um dos circunstantes Talzinho se disse pronto a ouvir as sugestões e planos de sua curriola. 

 Vicentinho adiantou-se e fez uma reverência como faz um súdito ao se apresentar ao rei. Talzinho balançou a cabeça aprovando a atitude de seu subordinado e, com a mão direita, fez o gesto com os cinco dedos que indica a superioridade material e espiritual de um pantocrátor. Em seguida deu autorização para seu preposto falar. Seu representante disse que a turma tinha se reunido e elencado algumas sugestões para serem divulgadas na campanha e postas em execução na próxima administração. Essas seriam: construção de uma nova ponte de ferro, pois se sabe que a antiga fora condenada e os ciclistas que a utilizavam estavam preparando uma representação ao MP denunciando o descaso em que haviam deixado a ponte; asfaltamento das ruas do centro (a cidade vai ficar mais quente, mas...) onde os negócios eram preciosos; aquisição de banheiros químicos, pois os normais não poderiam mais ser construídos por ter a verba desaparecido; demolição dos velhos casarões, pois constituíam perigo para as pessoas que passavam em sua frente; nomeação de um agrônomo para a Secretaria de Saúde e de um médico para a Secretaria de Agricultura; mandar retirar as poucas hortas plantadas às margens do Rio dado o perigo de contaminação das águas. 

O velho tuchaua ouviu as sugestões e concordou que elas poderiam ser implementadas, se as questões de verba, ou melhor, verbas, fossem resolvidas. A partir daí ele relacionou seus planos para o próximo quatriênio. O primeiro deles era tornar possível sua eleição para o Senado Federal onde poderia exercitar seus dons de legislador e de fiscal das contas dos municípios (dos outros, bem entendido). Ele também pretendia cercar-se dos melhores colaboradores, todos PhDs em disciplinas como Engenharia Mecatrônica, Nano-medicina, Agronomia Ecológica e outras que ainda vamos pesquisar sua utilidade para nossa Comunidade por demais carente. Talzinho também adiantou parte de seu secretariado que contaria somente com dois auxiliares de primeira categoria. Para seu principal ajudante, quase um Primeiro Ministro, ele iria indicar Vicentinho das Neves como Secretário para Generalidades cujas obrigações seriam definidas com o correr dos dias. Constantino de Abreu seria o Secretário para Melhoria dos Transportes e Obras Públicas. Esses dois auxiliares teriam de provar ter reputação acima de qualquer suspeita, pois passariam a lidar com verbas e muito dinheiro. Ele próprio estaria de olho, controlando tudo, a partir de seu laranjal que já tinha dado muitos frutos, mas poderia ser renovado sem nenhum problema. 

Talzinho falou depois disso sobre as campanhas de difamação de que estava sendo alvo. Ele não gostava nada disso e prometia pelas luzes que o iluminavam, tomar providências enérgicas para acabar com essas campanhas. 

Ao fim deste primeiro encontro Talzinho se despediu de seus amigos e prometeu voltar em breve para preparar sua volta triunfal. 

Subitamente todos que estavam na reunião viram descer e envolver Talzinho uma luz branca fortíssima e tão poderosa que nosso chefe foi alçado para os céus ainda iluminados pela lua cheia.

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CRIAÇÃO E CONSCIÊNCIA CORPORAL - BERENICE XAVIER


O Teatro da Bolsa realiza anualmente no IJX - Instituto José Xavier, em Granja/Ce, a oficina ''Criação e Consciência Corporal''. O trabalho em processo colaborativo integra o esforço do IJX no resgate dos autênticos valores granjenses. Visite www.institutojosexavier.com.br . continuação do texto/postagem
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