Sunday, July 31, 2011

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 233

O LIVRO NOVO

Ao entrar na sala a Professora disse:

- Bom dia queridos alunos! Logo após a saudação dos estudantes ela falou:

- Abram seu livro novo na página 13.

- Fessora os livro já tá aberto!

- Meninos que história é essa? Falem direito!

- Fessora o Seu Zé disse que essa fala era a mior que tinha.


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TODO DIA É A MESMA COISA OU O SOL NASCE E MORRE

O amigo chegado da cidade, o visitava em sua casa à beira do Rio Grande. Após conversas pela noite adentro o anfitrião que era nada mais nada menos que o mais famoso intelectual da cidade, diz ao amigo:

- Vamos deitar agora, mas quero que você veja uma coisa muito diferente logo pela manhã. Assim que a gente acordar vamos sentar na varanda em frente ao rio, lá pelas cinco e meia. Você vai ver uma coisa diferente mesmo.

O amigo, que já tinha tomado muitas doses de uma Serrana lá da Furna da Onça, concordou e os dois foram deitar. Às cinco horas em ponto eles estão sentados em frente ao rio e, do outro lado eles quase que vêm as costas d´África, pois a varanda da casa dava para a direção leste. Ele acendeu um cigarro oferecido pelo companheiro e esperou que ele lhe dissesse alguma coisa. Subitamente o disco do Sol começa a se levantar, vagarosamente a princípio, e depois as margens do enorme circulo de fogo sobem para inaugurar mais um dia. Após o completo nascer do dia, com o sol em fogo, sobre o rio, o amigo indaga do dono da bela casa:

- Mas, o que você queria me dizer?

- Você acha pouco? Isso aí homem! Todo santo dia é isso... O sol nasce e sobe, sobe e vai pro outro lado. Quer ver? É só esperar e ir lá para a varanda de trás mais tarde.


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Saturday, July 30, 2011

O LIVRO DE JANUÁRIO 7


Januário acreditava ser um literato e dos bons. Certa ocasião ele se propôs escrever um livro revolucionário e ao mesmo tempo muito simples. O livro constava de um texto corriqueiro que era acompanhado de seu invertido (espelho). Assim: “O moço estava apaixonado por uma jovem muito bonita” – “atinob otium mevoj amu rop odanoxiapa avatse oçom O”. Após ter escrito um texto de dez mil palavras ele o levou para seu amigo Mauro que produziu um belo livro. Januário acreditava que poderia lançá-lo na nova livraria da cidade. Acertou, pois seu texto foi elogiado, mas às escondidas, foi tratado com menoscabo. No dia do lançamento os organizadores montaram dois palcos um dedicado a uma apresentação favorável e o outro a uma desfavorável. Tudo foi um grande sucesso, mas nenhum exemplar do livro de Juvenal foi vendido. Ele teve de dá-lo de graça.


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Thursday, July 28, 2011

Tuesday, July 26, 2011

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS

"Um excesso de vez em quando é ótimo. Impede a moderação de se tornar um hábito."


W. Somerset Maugham (
1874 - 1965)


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Sunday, July 24, 2011

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 232


MAIS UMA HISTÓRIA DA PRIMA DE ROBERTO

A prima especial de Roberto parecia muito com o seu, dele, antigo professor de Química. Infelizmente os dois nunca se encontraram. Seria um páreo duro. O Professor costumava iniciar uma conversa com argumentos totalmente opostos aos de seu interlocutor. À medida que o diálogo seguia, ele passava a concordar com o parceiro até chegar ao momento de dizer: - Mas, era isso mesmo que eu queria dizer desde o início. A prima especial de Roberto concordava com tudo que o parceiro dizia, quase repetia a observação em todas as nuances. E, no final avocava a si a primazia das idéias do colega.


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João Ubaldo Ribeiro - A corrupção democrática.


Ocasionalmente este blog toma emprestado matérias que julga serem importantes para o conhecimento de seus leitores. Assim é que hoje indicamos a leitura da crônica de João Ubaldo Ribeiro, autor consagrado do livro "Viva o Povo Brasileiro", "A corrupção democrática", publicada no "O Estado de São Paulo" (24/7/2011):

Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-corrupcao-democratica,749081,0.htm
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João Ubaldo Ribeiro - O Estado de S.Paulo

Recém-chegado de uma turnê de carteado em que tomou o dinheiro todo de uns magnatas de Nazaré das Farinhas, Zecamunista não estava sendo esperado no bar de Espanha naquela hora. Mas, novamente consagrado pela glória do pano verde e de excelente humor, resolveu aparecer, para mandar baixar umas cervejas por sua conta e se inteirar das novidades. Qual era o tema em pauta?

Ladroagem? Ladroagem outra vez? Que foi que houve agora, os deputados se deram um novo aumento, criaram um auxílio manicure, compraram uma lancha oceânica para cada um? Pegaram outro prefeito enterrando a arrecadação municipal debaixo de uma touceira de banana no quintal? Filmaram algum governador enfiando dinheiro na cueca, ou alguma deputada estufando a calçola com bolos de notas? Será que só havia esse tipo de novidade?

- É porque aqui tem gente que não acredita nessas histórias. João Baguinha disse que não é possível carregar esse dinheiro todo na cueca.

- Se for uma cueca dessas maltrapilhas daqui, não, mas em Brasília já dá para encontrar vários modelos nas lojas, é só chegar e pedir o modelo avestruz, vocês estão por fora.

- Como é esse modelo avestruz?

- É com o tamanho calculado para caberem dois ovos de avestruz lá dentro. Não sei se vocês já viram ovo de avestruz, mas dá para socar bem umas duas folhas de pagamento em cada um, vocês estão por fora, é cueca federal, importada, cai bem com terno e gravata ou smoking, ninguém nota. Em matéria de trambique, vocês são todos uns inocentes. Já chegou aqui o golpe do Ibama, não?

- Que foi, Xepa fisgou outro tatu e o Ibama pegou?

- Não, não é esse Ibama, é um Ibama fajuto, eu preciso até avisar a vocês todos. Pode ser boato, mas me contaram em Nazaré que tem uns caras que estão treinando macacos ameaçados de extinção para aplicar esse golpe. É o seguinte, o cara se veste de fiscal do Ibama e entra no mato, com o macaco acompanhando ao longe, pulando de galho em galho nas árvores. Assim que aparece alguém, o macaco despenca de lá, corre para essa pessoa, estremece todo e cai ao pés dela, duro, mortinho.

- E como é que matam esse macaco?

- Aí é que está, não matam, o macaco é artista, com especialidade em fingir de morto. Aí sabe como é, espécie em extinção, cana dura pelo macaquicídio, sem direito a fiança. Aí o acusado paga bem direitinho para o caso ser esquecido na hora. É uma modalidade de muito futuro. Acho que dá para aplicar numa boa até no parque do Flamengo ou no Ibirapuera, não precisa ser no mato mesmo.

- Muito bem bolado, coisa de artista mesmo, queria eu conseguir um macaco desses.

- Aí é que você tocou no ponto certo! Vou ver se você é inteligente mesmo, faço uma pergunta: qual é o problema da corrupção brasileira, por que a corrupção brasileira é um problema?

- Bem, corrupção é sempre um problema, seria melhor acabar com ela.

- Seria, seria. Parece até ladainha religiosa. Seria, seria, mas não será nunca. Essa mania abobalhada de querer acabar a corrupção só faz atrapalhar. Por que não aproveitarmos nossa vocação natural e fazer com que ela trabalhe em nosso benefício? E nós já temos a chave, há muito tempo nós temos a chave, é só aplicar a frase de Stanislaw Ponte Preta, que diz...

... Ou todos nos locupletemos ou restaure-se a moralidade. É engraçada, mas é só uma frase.

- Aí é que você está enganado, essa sua mente pequeno-burguesa não falha. Não é uma frase, é uma palavra de ordem, é o ponto básico para o encaminhamento do problema. Mas faltou operacionalidade e até hoje nunca houve vontade política para ir à frente com essa democratização da corrupção. Mas é preciso que haja, porque estou seguro de que, quando cada um de nós puder realizar o sonho da corrupção própria, quando houver igualdade de oportunidades para meter a mão na grana pública, desviar verbas e, enfim, desfrutar de um direito até hoje restrito a minorias, chegaremos finalmente a grande potência. Já tenho uma primeira ideia, a corrupção transparente. Por mais empedernido que seja, o corrupto também é humano e deve sofrer muito, com a perspectiva de vir a ser desmascarado e enfrentar uma porção de aborrecimentos. Não acontece nada, mas é chato, aparece no telejornal e tudo mais. Então eu sugiro a corrupção transparente. O corrupto se cansa de esconder suas coisas e aí, em troca de poder ficar em liberdade com o que roubou, publica todos os detalhes de seu golpe, para que outros tenham a oportunidade de aplicá-lo ou aperfeiçoá-lo - sem receber direitos autorais, porque aí há a parte social. Imagine todos os benefícios da corrupção transparente, seria uma reviravolta histórica! O corrupto seria uma nova categoria de empreendedor.

- Você desvairou de vez.

- Ah, é? Zombaram de Pasteur! Mofaram de Colombo! Envenenaram Sócrates! Por que o modesto Zecamunista seria exceção? Os visionários sempre foram tratados assim. Ainda veremos realizar-se o sonho da corrupção própria, onde todos terão acesso a suas mordidinhas, onde ninguém se sentirá excluído por não ostentar pelo menos um trambique oficial em seu currículo, onde vou poder olhar a barriga de uma compatriota grávida e antever com lágrimas nos olhos o brasileirinho corruptozinho ali em formação.
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Wednesday, July 20, 2011

Tuesday, July 19, 2011

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


"A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil, e o escrever dá-lhe precisão."

Francis Bacon (1561 – 1626)
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Sunday, July 17, 2011

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 231


OUTRA HISTÓRIA DA PRIMA DE ROBERTO

Roberto estava acostumado com aquela sua prima. Certa vez ele a a visitou e disse estar com um calombo nas costas. Ela imediatamente disse que o Doutor Abdias tinha apontado para as suas, costas, afirmando que ela teria de tirar aquele enorme calombo em suas, dela, costas.


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Friday, July 15, 2011

JANUÁRIO E O CINEMA 6


Os dois irmãos gostavam muito de cinema. Iam regularmente ao Roxy ver as últimas novidades de Hollywood. O amigo Januário era tão viciado como eles na sétima arte. Acontece que os três sempre assistiam aos mesmos filmes, separadamente, pois seus horários de trabalho ou estudo nunca permitiam de irem juntos. O amigo sempre assistia aos novos filmes antes dos dois. Isso fazia com que ele fosse inquirido pelos irmãos sobre se havia gostado do filme que havia visto. Januário ficava encalacrado: a um ele respondia que havia gostado e ao outro ele dizia que o filme não era assim tão bom não.


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Wednesday, July 13, 2011

Tuesday, July 12, 2011

¿Por qué Brasil no tiene indignados?

JUAN ARIAS - Río de Janeiro

ELPAIS.com - Internacional - 07-07-2011

El hecho de que en solo seis meses de gobierno la presidenta Dilma Rousseff haya visto dimitir a dos de sus principales ministros, heredados del gobierno de su antecesor, Lula da Silva (el de la Casa Civil o Presidencia, Antonio Palocci, una especie de primer ministro, y el de Transportes, Alfredo Nascimento) caídos bajo los escombros de la corrupción política, ha hecho preguntarse a los sociólogos por qué en este país, donde la impunidad a los políticos corruptos ha llegado a hacer extensiva la idea de que "todos son unos ladrones" y que "nadie va a la cárcel", no exista el fenómeno, hoy en voga en todo el mundo, del movimiento de los indignados.

¿Es que los brasileños no saben reaccionar frente a la hipocresía y falta de ética de muchos de los que les gobiernan? ¿Es que no les importa que los políticos que les representan, en el Gobierno, en el Congreso, en los estados o en los municipios, sean descarados saboteadores del dinero público? Se preguntan no pocos analistas y blogueros políticos. Ni siquiera los jóvenes, trabajadores o estudiantes han presentado hasta ahora la más mínima reacción ante la corrupción de los que les gobiernan. Curiosamente, la más irritada ante el atraco a las arcas públicas por parte de los políticos, parece ser la primera presidenta mujer, la exguerrillera Dilma Rousseff, que ha demostrado públicamente su disgusto por el "descontrol" en curso en áreas de su gobierno. La mandataria ya ha echado de su gobierno -y se dice que no ha acabado aún la purga- a dos ministros claves, con el agravante de que eran heredados de su sucesor, el popular Lula da Silva, que le había pedido que los mantuviera en su gobierno. Hoy la prensa alude a que Dilma ha empezado a deshacerse de una cierta "herencia maldita" de hábitos de corrupción del pasado. ¿Y la gente de la calle por qué no le hace eco, resucitando aquí tambiénel movimiento de los indignados? ¿Por qué no se movilizan las redes sociales? Brasil, después de la dictadura militar, se echó a la calle con motivo de la marcha "Directas ya", para pedir la vuelta a las urnas, símbolo de la democracia. También lo hizo para obligar al expresidente Collor a dejar su cargo ante las acusaciones de corrupción que pesaban sobre él. Pero hoy el paísestá mudo ante la corrupción en curso. Las únicas causas capaces de sacar a la calle hasta dos millones de personas ahora son los homosexuales, los seguidores de las iglesias evangélicas en la fiesta de Jesús y los que piden la liberalización de la marihuana. ¿Será que los jóvenes no tienen motivos para exigir un Brasil no solo cada día más rico (o por lo menos menos pobre), más desarrollado, con mayor fuerza internacional, sino también menos corrupto en sus esferas políticas, más justo, menos desigual, donde un concejal no gane hasta diez veces más que un maestro y un diputado cien veces más, o donde un ciudadano común, después de 30 años de trabajo, se jubile con 650 reales (400 euros), mientras un funcionario público con hasta 30.000 reales (13.000 euros). Brasil será pronto la sexta mayor potencia económica del mundo, pero de momento sigue a la cola en materia de desigualdad social y defensa de los derechos humanos. Todavía se trata de un país donde no se permite a la mujer de abortar, el paro de las personas de color alcanza un 20% -contra el 6% de los blancos- y la policía es una de las más violentas del mundo. Hay quién achaca la apatía de los jóvenes al hecho de que una propaganda exitosa les ha convencido de que Brasil es hoy envidiado por medio mundo (y lo es en otros aspectos). O que la salida de la pobreza de 30 millones de personas les ha hecho creer que todo va bien, sin entender que un ciudadano de clase media europea equivale aún hoy a un rico de aquí. Otros achacan el hecho a que los brasileños son gente pacífica, poco dada a las protestas, a quienes les gusta vivir felices con lo que tienen y que trabajan para vivir, en vez de vivir para trabajar. Todo esto es también cierto, pero no explica aún por qué, en un mundo globalizado, donde se conoce al instante todo lo que ocurre en el planeta, empezando por los movimientos de protesta de millones de jóvenes que piden democracia o le acusan de estar degenerada, los brasileños no luchen para que el país, además de ser más rico, también sea más justo, menos corrupto, más igualitario y menos violento a todos los niveles. Así es el Brasil que los honestos sueñan dejar para sus hijos, un país donde la gente todavía no ha perdido el gusto de disfrutar de lo poco o mucho que tiene y que sería aún mejor si surgiera un movimiento de indignados, capaz de limpiarlo de las escorias de corrupción que golpean a todas las esferas del poder.






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AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


"O desejo é a própria essência do homem."

Baruch de Spinoza (1632-1677)


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Sunday, July 10, 2011

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 230

SOBRE UMA DAS PRIMAS DE ROBERTO

Roberto tinha muitas primas, idosas como ele. Agora, ele tinha uma prima especial. Ela era fogo! Certa ocasião afirmou que um mosquito da dengue a tinha picado e ela sentiu imediatamente o vírus entrando em suas veias e se multiplicando por todo seu corpo. Daí a poucos dias ela apareceu com uma febre de mais de 39 graus.


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Wednesday, July 06, 2011

GRANJA - CENA DE RUA 4




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JANUÁRIO NA SEGUNDA GUERRA 5


No tempo da Guerra Januário já era crescidinho e participava de discussões sobre quem seria o vencedor da luta feroz que se travava na Europa. Na escola o menino era um defensor dos princípios nazistas, batendo palmas para toda notícia de vitória dos alemães que chegavam até o radinho da Professora. Quando terminava a aula e, após o almoço, ele ia peruar o jogo de sinuca no bar do TH, o eterno stalinista da cidade. Januário se transfigurava então em um perfeito defensor do socialismo democrático pregado pela mãe Rússia. Ele não imaginava que, quando a porta se fechasse sobre uma de suas faces, ele iria parar nas profundezas do inferno.
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AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


"Os fatos nada são, não existem; só as idéias subsistem em nós."

Honoré de Balzac (1799 - 1850)


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