Tuesday, November 30, 2010

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


O cínico é aquele que, ao sentir cheiro de flores, olha em torno à procura de um caixão.

H. L. Mencken (1880 – 1956)


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Sunday, November 28, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 199


EU NÃO VOU DAR CARONA

Não! Não vou dar carona a ela de volta. Tem que aprender a se virar. Pensei. Minutos depois estou de volta ao ponto onde presumivelmente ela estaria. Sorriu e embarcou de volta.


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Saturday, November 27, 2010

CONTOS DA RIBEIRA - 48


ALEXIS GALES, ATRIZ DE CINEMA

Na Estação toda a cidade esperava por ela. O telegrama havia chegado para Wallinson Brevis, o dono do Cine Fênix. Ela, a mais famosa atriz de Hollywood, chegaria à cidade no horário das quatro. Logo uma multidão se dirigiu até a estação e pelo meio-dia não se conseguia nenhum lugar perto dos trilhos. O Agente, Seu Farias, estava muito preocupado, pois qualquer deslize de alguém e pronto o trem o esmagaria e isso traria um enorme prejuízo para a Rede. (...)


Alexis Gales, atriz de cinema, estrela de incontáveis filmes de caubói, tinha aceitado o convite de Wallinson para visitar a Ribeira e dar uma demonstração de sua arte. Ela viria acompanhada de seu agente que a trouxera ao Brasil em uma viagem de boa vontade, como era comum no tempo da Guerra. Alexis já tinha estado no Rio de Janeiro e em Nova Iorque no Piauí onde conheceu um dos mais novos teatros da cidade do vizinho estado. Viria também o companheiro de seus mais recentes filmes feitos em Hollywood. Trata-se do ator Clarke Blage que foi seu parceiro em Paixões Ardentes, um caubói de primeira linha e que traz muita emoção, já apresentado no Cine Fênix.
Nem um minuto antes nem um minuto depois o trem para, com um longo silvo, em frente à estação da RVC. Logo a banda do Mestre Zequinha ataca o dobrado Bonnie Annie Laurie de JP Sousa. A atriz apareceu e acenando para o povo desceu as escadas e tomou a direção da estação onde, de braços dados a Wallinson tomou a baratinha do Seu Altino em direção ao Hotel Casa Grande onde ficaria hospedada.

Após um pequeno descanso, pois a viagem havia sido enfadonha e as pessoas que a encontraram em Campos Breves, apesar de serem muito simpáticas, como o esguio crítico de cinema Emanuel B., a deixaram deveras enfadada. De qualquer modo aí pelas seis horas ela estava na varanda florida tomando uma cajuína e comendo raivas, produtos típicos da cidade.

Às oito horas todos da troupe se dirigem ao Cine Fênix na Praça da Igreja para a apresentação oficial. Ao chegarem foram encaminhados para a grande mesa guarnecida por uma toalha de linho bordada pela Fransquinha e adornada, pelas meninas de família da cidade, com enormes buquês de flores naturais. Alexis Gales sentou-se ao centro tendo Wallinson a seu lado direito e seu escorte Clarke Blage no lado esquerdo. A reunião foi iniciada com um discurso de boas vindas pelo crítico de cinema e de literatura de muitas outras coisas JB Tanko. Em virtude da total ignorância dos americanos em relação ao idioma português tomou a palavra Breno Barreto o agente da atriz para o Brasil e agradeceu em nome dos estrangeiros. A reunião foi encerrada com a declamação do Navio Negreiro, do poeta Castro Alves que, apesar de incompreensível para os americanos foi muito aplaudida pela performance dada por Aninha.

Em seguida a esses falatórios todos foi exibido um verdadeiro pot-pourri de cenas significativas de filmes da atriz homenageada. Uma salva de palmas demorada encerrou a reunião. Em seguida todos foram para a Praça da Igreja onde, no coreto, a banda do Mestre Zequinha atacava com as mais modernas marchinhas de carnaval.

A meia-noite Alexis Gales e seu séquito retiraram-se para o Hotel Casa Grande para seu repouso justo a espera do trem das seis horas de volta para Campos Breves.

Os jornais da capital, daí a alguns dias, ao noticiarem a visita exclusiva da a
matriz americana à Ribeira, foram pródigos em elogios ao empresário cinematográfico Wallinson Brevis que havia “proporcionado mais este salto cultural na cidade. A cidade da Ribeira está de parabéns!"




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Thursday, November 25, 2010

GRANJA - PROJETO DE ARBORIZAÇÃO


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Wednesday, November 24, 2010

GRANJA - UMA VISTA DA FEIRA


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Tuesday, November 23, 2010

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS





Ler sem refletir, é comer sem digerir.

Marquês de Marica (1773 – 1848)










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Sunday, November 21, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 198

A ONÇA COMEU ATÉ O SECRETÁRIO

O Manuel quase mata a onça que andava comendo os porcos lá nas Barrocas. Ela fugiu sem deixar rastro e só apareceu depois de um mês quando deram pela falta do gordo secretário da Prefeitura. A bicha estava dormindo atrás de um armário de ferro depois de ter comido o home.


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Saturday, November 20, 2010

A VIDA AVENTUROSA DE TROFIM VASEC EM DIVERSOS CAPÍTULOS – 19


PEÇAS PARA O MUSEU

Após o desaparecimento de Talzinho lá no Pé da Serra do Zé, comido pela onça que fazia morada na Fazenda do Zé de França e comia todas as suas criações, um grande número de histórias envolvendo este nosso herói começaram a aparecer. Muitos diziam que um lobisomem andava assombrando as pessoas pros lados do cemitério e que a mula sem cabeça passou a aparecer mais vezes na parede do açude; diziam também que o curupira fazia das suas pela Várzea Seca. O que é fato é que a população estava assombrada e, se forem somados os estragos que a onça do Zé de França continuava a fazer era mesmo de assombrar todo mundo. (...)


Foi por esse tempo que o Senhor Bispo encarregou seu povo de procurar imagens de santos nas fazendas para ornamentar o novo museu que ele tinha mandado construir e estava quase pronto para inaugurar. Só da Ribeira tinha ido um monte de coisas, entre alfaias de todos os tipos, sinos, instrumentos musicais, cadeiras e santos de madeira. Pelo sertão adentro todos procuravam o que mandar para o Senhor Bispo. Cemitérios antigos, do tempo dos índios e dos baianos, eram vasculhados à procura de imagens e outros objetos; casas de fazenda com seus santuários eram vasculhadas e seus moradores obrigados a entregar os quadros e santos expostos nas camarinhas. Eles não podiam vender, pois o museu não tinha dinheiro para comprar, mas se não entregassem os objetos o castigo cairia sobre eles.

Quando pessoas, entre as quais estavam Trofim Vasec e Zé de França, participantes de um dos grupos encarregados dessas buscas por objetos pios lembraram que o cemitério poderia ser uma boa fonte de imagens e outros itens foram até lá. Ao chegarem sentiram uma força de atração enorme que os levou até o túmulo onde fora sepultado Talzinho, há poucos meses. Uma pequena investigação os convenceu que o local havia sido profanado. A palavra talvez não seja profanado, mas de qualquer modo o túmulo parecia ter sido aberto e de dentro para fora.

Eles verificaram cuidadosamente que o Talzinho de madeira que havia sido sepultado continuava sepultado, mas de um modo evidentemente diferente do que acontecera no dia de seu enterro. A muito custo eles conseguiram dialogar com Talzinho, mas verificaram que ele se recusava a participar do movimento, isto é, ele não admitia ser doado para o museu sacro do Senhor Bispo. Por mais que seu velho amigo Trofim Vasec tentasse convencê-lo da justeza da causa ele se mostrava irredutível. O nosso amigo eslavo chegou a acenar com muitas vantagens para a cidade assim como para eles agora separados pelo muro intransponível da morte.

Após uma longa conversa Talzinho diz que ele, na situação em que se encontrava agora, tinha até mais liberdade de movimentos e ações do que tinha anteriormente. Ele admitia que não tivesse mais aqueles achaques todos e todos os seus penduricalhos funcionavam a pleno vapor. Ele admitiu que andasse até muito ocupado tentando dar conta de tudo quanto era cabritinha que aparecia nas vargens quando ele vagava nas noites de lua sobre a parede do açude.

Foi com por essa conversa do amigo que Trofim descobriu terem explicação as aparições que assustavam o povo na parede do açude e nas várzeas em dias de lua cheia.



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Thursday, November 18, 2010

GRANJA É NOVAMENTE CAMPEÃ!


RIQUEZA?

Leia notícia publicada no "Ceará Blog" em 15/11/2010:

Pesquisa mostra Granja com o maior índice de miséria entre municípios do CE

Levantamento foi baseado em microdados da PNAD/IBGE.

Por: Luciano Augusto

Levantamento do Centro de Políticas Sociais, da Fundação Getúlio Vargas, revela que o município de Granja, distante 300 km de Fortaleza, é destaque negativo como único do Estado com alto índice de pessoas em situação de miséria.

O mapa brasileiro da pobreza inclui o município cearense com mais de 60% dos moradores vivendo em extrema condição de pobreza.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, para erradicar a pobreza no país, seriam necessários gastos de mais de R$ 21 bilhões. Somente no Ceará, o custo médio chegaria ao valor de R$ 16,6 mensais por pessoa.

As informações foram baseados em microdados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística"

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Todos os que se interessam por Granja e temem pelo futuro de suas crianças sentem-se alegres quando essas notícias e pesquisas de fora ultrapassam os muros da cidade. Estamos cansados de saber que intramuros não há um só sussurro a respeito. Um pouco de reação, pelo menos!

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GRANJA - MÁ PONTARIA


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Wednesday, November 17, 2010

GRANJA - COLETA SELETIVA


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Tuesday, November 16, 2010

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


Nada basta quando o bastante não basta.


Epicuro (341 a.C – 271 a.C)


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Sunday, November 14, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 197


TU TÁ COM OSTOPOR!

- Ritinha tu ta é com ostopor! Eu até aposto! E repara bem, isso só passa se tu cumê muita sardinha!

Ritinha quis dizer alguma coisa, mas desistiu. Pediu a prima para comprar umas sardinhas para o jantar


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Saturday, November 13, 2010

AVE MARIA PELA MULTIDÃO



A Ave Maria de Bach/Gounod é uma das composições mais famosas e gravadas sobre o texto de "Ave Maria".

Escrita por Charles Gounod em 1859, a Ave Maria é constituída por uma melodia sobreposta ao Preludio No. 1 em C maior do Livro I de O Cravo Bem Temperado (BWV 846), composta por Johann Sebastian Bach. (Ver Wikipedia).

Bobby McFerrin leva a multidão a cantar esta peça romântica. Veja o vídeo.


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CONTOS DA RIBEIRA - 47


FARMÁCIA SÃO PEDRO

A farmácia São Pedro era conhecida em toda a região. O dono, farmacêutico formado na Faculdade da Bahia ainda no tempo do Império, era famoso por produzir medicamentos muito eficazes contra uma série de males. Seu Tito dominava todo o setor de saúde da Ribeira, pois não havia médicos num raio de 20 léguas. Somente em Sobral havia médicos formados, mas nunca estavam à mão para atender a pacientes em lugares tão longes como a Ribeira. (...)

Seu Tito estava acostumado a tratar de doenças dos mais diversos tipos que apareciam na cidade. Sempre com uma margem de sucesso que lhe angariava uma sólida clientela e bastante dinheiro, pois com ele não tinha essa história do “Deus lhe pague”: os pacientes agradeciam o tratamento e a cura e nunca pagavam em moeda sonante. Sempre aparecia algum doente com erisipela, morféia, espinhela caída, câncio e ferida braba, dor de dente, ostoporose e febres dos mais diferentes tipos. Ele lutava contra uma grande concorrência por parte de Mãe Joana e outras rezadeiras que tinham muita freguesia, atuando na periferia da cidade, principalmente no Baixio.

Alguns dos remédios produzidos por Seu Tito eram conhecidos em toda a região e vendidos com grande sucesso. Havia dois produtos muito populares e que tinham uma saída grande em sua farmácia: o “Vida longa” e o “Chá de capororoca”. O primeiro era indicado para ostoporose e o chá, segundo o farmacêutico, ajudava no tratamento da morféia, doença muito temida em toda a região. A casca da capororoca, uma planta do Aumazona, era enviada em pequenos fardos pelo irmão de Seu Tito que tinha um seringal no Alto Envira. O farmacêutico preparava esse chá nos fundos da farmácia onde ele tinha uma espécie de laboratório. Ninguém tinha permissão de penetrar no local que era escuro e mal cheiroso. Aí ele preparava os outros remédios, incluindo o “Vida longa”, que, este tinha um cheiro forte de sardinha. Era também de se notar o cheiro forte do “Chá de capororoca”, pois cheirava a osso queimado.

Seu Tito já estava estabelecido há muitos anos quando apareceu na cidade, vindo das bandas do Pará, um senhor bem vestido e falante que alguns lembravam ser neto de um dos antigos coronéis criadores de gado da região. O Senhor Carvalho tinha vindo à cidade de seu avô a procura do mausoléu de sua família. Sua intenção era trasladar os restos mortais dos seus parentes para o Cemitério de Nossa Senhora da Soledade em Belém onde as mulheres de sua família poderiam rezar a vontade pela alma dos seus antigos parentes.


O Senhor Carvalho foi ao Cemitério e, falando com o Seu Raimundo, o responsável por sua guarda, localizou um dos túmulos que lhe interessavam. Era exatamente o do Coronel Carvalho, o primeiro membro da família a ser enterrado no Cemitério da Ribeira. Localizado o local do sepultamento, marcado com uma lápide de mármore branco, que por sinal estava quebrada, o Senhor Carvalho foi à procura do Padre Venâncio a fim de pedir autorização para a remoção e traslado do que restava do Coronel Carvalho. Após muita conversa o padre dá autorização para o parente fazer a inumação de, no máximo, cinco corpos. Aliás, não eram mais corpos, mas certamente esqueletos bem consumidos pela ação do tempo, dos agentes naturais.

Seu Raimundo foi contratado pelo Senhor Carvalho para abrir os túmulos de cinco parentes, a essa altura, já localizados no cemitério. Foi decidido que a operação se daria à noite e sem qualquer divulgação ou anúncio e somente pelo velho guardador de almas. Os restos, ou melhor, os ossos, seriam de imediato postos em caixas de madeira, identificadas e lacradas para serem levadas para o Pará.

Quando Seu Raimundo começou a trabalhar no túmulo do Coronel Carvalho ele notou logo que alguma coisa estranha tinha acontecido. Ele encontrou a tampa do caixão fora do lugar e o dito cujo todo destroçado. O velho logo descobriu que os ossos do Coronel não estavam em seu caixão. Ao ser comunicado do fato o Senhor Carvalho, desconfiando de alguma coisa, mandou que Seu Raimundo abrisse logo todos os outros túmulos anteriormente escolhidos. Foi sem muita surpresa que se descobriu que todos os ossos de todos os defuntos escolhidos estavam faltando.


Logo, logo o Senhor Carvalho foi à Delegacia de Polícia para dar queixa da violação dos túmulos de seus parentes. Acontece que o Senhor Delegado não se encontrava e a Ordenança disse que ele teria de ir até a Praia do Pinto, cidade vizinha, para fazer o BO. Depois que ele fez o tal BO e a denúncia foi instaurado um rigoroso inquérito que, após mais de cinco anos ainda não foi concluído. O Senhor Carvalho voltou para o Pará de mãos abanando.


A notícia da violação correu toda a cidade e, os cochichos e fuxicos e boatos corriam soltos pela cidade. Todos diziam que o responsável seria Seu Tito, o farmacêutico. Adiantavam também que os remédios que ele preparava continham pó de ossos de cadáveres e certamente carne humana apanhados de defuntos no Cemitério.

Confrontado com os rumores Seu Tito negou veementemente o fato e sugeriu que aquilo seria intriga de seus desafetos e de membros da oposição. Após as eleições e a volta do Senhor Carvalho para o Pará os boateiros e fuxiqueiros deixaram de mão Seu Tito e suas mezinhas. Ele passou a ser visto de madrugada caminhando pela estrada que ia para a Praia do Pinto com um saco vazio nas costas. Os fuxiqueiros dizem que ele ia visitar o cemitério das crianças.


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Friday, November 12, 2010

Clint Eastwood


O ator norte americano Clint Eastwood, em entrevista à revista alemã TV-Movie afirmou que gostaria de reincarnar como um inseto. Veja matéria publicada pelo "Estado de São Paulo" de hoje.

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Thursday, November 11, 2010

GRANJA - É VERDADE!


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Wednesday, November 10, 2010

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


Há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada.

Sun tzu (544 – 496 AC)

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Tuesday, November 09, 2010

GRANJA - O BEBÊ E SUA BABÁ


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Sunday, November 07, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 196


A ONÇA COMEU ATÉ O BEZIN

Tava todo mundo com medo. A onça já tinha comido as galinhas, as cabras e os porcos da Cachoeira. Foi então que ela começou a comer os bicho do lado de cá da estrada. O medo cresceu quando ela comeu o Bezin e sua bicicleta sonora. Uns poucos acharam bom, pois agora ninguém mais ouvia a propaganda eleitoral.


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Saturday, November 06, 2010

A VIDA AVENTUROSA DE TROFIM VASEC EM DIVERSOS CAPÍTULOS – 18


O ENTERRO DE TALZINHO

O povo lá na Ribeira diz que o Talzinho morreu durante uma caçada que fez junto com Trofim Vasec quando uma onça o atacou lá pras bandas do Pará, perto da casa do Zé de França. Ocorre que nem todo mundo acreditava nessa história, pois seu corpo não tinha aparecido. O que se dizia e isso era reforçado pela palavra de Trofim era que a tal onça o havia comido inteirinho como o Jacaré comeu o Ivan, lá pros lados da Rússia. Até nisso o Talzinho era importante: imagine que seu desaparecimento era comparado com o de um nobre russo! (...)


O que é fato é que o Talzinho reapareceu ou ressuscitou, aliás, como já fizera algumas vezes no princípio de sua carreira, ainda com o cheiro trazido das montanhas nevadas da Venezuela. Dessa vez ele apareceu mesmo foi na parede do açude do Pará e, o que é de se salientar, assombrando o povo durante as madrugadas frias. As pessoas que o encontravam relatavam histórias bem estranhas. Em uma delas se dizia que o antigo alcaide reclamava pelo fato de não ter encontrado, depois de ter voltado, nenhuma das dezenas de caixas de uísque que havia deixado em sua casa mal-assombrada. Outra dessas incontáveis histórias era aquela de que seu corpo não fora sepultado como ele havia deixado dito em papel registrado no cartório.

Como seria ele sepultado se seu corpo não havia sido encontrado? As pessoas discutiam na cidade. Muitos de seus amigos na Ribeira e em outros lugares onde ele era conhecido, e eram muitos, procuravam solução para esse dilema: enterrar o amigo que não tinha corpo? Uma das soluções mais engenhosas foi aquela aventada por Trofim Vasec. O nosso amigo eslavo sugeriu que se mandasse fazer um boneco de madeira com todas as características físicas de Talzinho, incluindo todas as peças artificiais que ele portava, e o sepultasse como se fosse o original. A princípio não houve acordo, mas com uma boa argumentação do eslavo logo tudo se resolveu.

O Toquinho, marceneiro de mão-cheia da cidade, foi o encarregado de fazer toda a obra: o boneco de madeira e o caixão. Madeira de primeira foi adquirida na Serraria do Chico Silva e, em poucos dias o Toquinho entregou no Armazém de Trofim a encomenda. Isso foi feito à noite para que ninguém desconfiasse de nada. O Toquinho foi pago com uma verba especial do Banco do Sertão que tinha dinheiro para tudo, inclusive para enterros de bonecos.

No dia seguinte Trofim Vasec reuniu os amigos da cidade e os companheiros da caçada em que Talzinho havia desaparecido e anunciou, do portão do Mercado, que o corpo do amigo, já erodido, havia sido encontrado e seria sepultado da maneira desejada por ele.

O Padre Pedro foi convocado e logo no dia seguinte o caixão com o Talzinho de madeira foi levado para as últimas cerimônias religiosas. Após todas as solenidades a que o morto ilustre tinha direito organizou-se o féretro que saiu da Praça da Igreja e dirigiu-se ao Cemitério. Houve um grande acompanhamento incluindo-se a Banda Alegria de Viver de Mestre Antoninho, formado pela Filarmônica e que tocava as mais belas peças de Souza, o grande compositor americano. Os sinos repicavam o tempo todo até a chegada ao Cemitério. Lá a cerimônia foi simples e só algumas poucas autoridades usaram da palavra, entre essas estava o Peba Preto que era viciado em discursos à beira de sepultura.

Não foram os poucos que observaram que Talzinho não tinha obtido o favor de ser sepultado como ele desejava. Ele passou sua vida dizendo que queria ser sepultado no mausoléu que mandou construir no Pará. Isso certamente daria o que falar por muito tempo ainda.


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Thursday, November 04, 2010

GRANJA - DE PRIMEIRA QUALIDADE...


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Wednesday, November 03, 2010

GRANJA - FALEM DE MIM...


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Tuesday, November 02, 2010

AFORISMOS, APOTEGMAS, MÁXIMAS


O homem que não lê não tem mais mérito que o homem que não sabe ler.

Mark Twain (1835 -1910)



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