Wednesday, June 30, 2010

GRANJA - CONVIVENDO COM O LIXO


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Tuesday, June 29, 2010

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 135


ALMA DE ÍNDIO

Todo mundo dizia que lá pelos lados do “General” ainda se podiam ver aldeamentos indígenas. O moço queria tirar a prova disso e, certo dia, embarcou em um ônibus que passava perto de lá, isto é, do “General”. Ao chegar à entrada para o pequeno povoado ele desceu e entrou em uma bodega largada à beira da estrada. Aí encontrou a Raimundinha uma jovem índia de corpo e feições bonitas que o informou aonde poderia encontrar o aldeamento índio que ficava perto do povoado. Ela mesma era de lá, havia nascido e se criado e só depois de casar com o Francisco, índio do Piauí, havia saído do “General”. O moço pega uma mota, guiada por um sujeito mal-encarado e pede que o leve até o tal aldeamento. Dito e feito e, ao fim de uma meia hora o moto taxista risca a mota em frente a um casebre cuja porta está fechada com uma esteira de palha. O moço bate palmas e logo aparece um senhor de feições e corpo que logo lhe mostraram estar em presença de um legítimo descendente dos antigos índios Tabajara que habitavam a região. Ao longo da conversa o senhor não admitia que fosse índio dizendo que seus parentes tinham vindo de longe e era gente de outras terras. Mas quando o moço pediu para tirar umas fotos dele para ilustrar a entrevista que fazia teve a certeza de que tratava com um verdadeiro índio. O senhor lhe nega a permissão. O moço pergunta qual a razão de sua recusa. O índio Genival diz que não se pode tirar fotografia, pois se o fizer o moço aprisionará sua alma e ela ficará vagando pelos confins da serra deixando seu corpo sem sossego.


A gravura é de Debret

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Monday, June 28, 2010

MAURÍCIO PEREIRA DE SALES



O meu amigo e estudante Maurício Pereira de Sales faleceu hoje. Perdas há sempre, mas a dele entristece muito. Maurício, Doutor em Bioquímica pela Universidade Federal de São Paulo, sob minha orientação, lutou contra as condições adversas de trabalho no Rio Grande do Norte e, mais que isso, contra uma insidiosa falência dos rins. Maurício deixa muitas saudades.

Sua tese de Doutoramento tratou do “Mecanismo de acão de Vicilinas variantes de Vigna unguiculata para larvas de Callosobruchus maculatus” e foi obtida em 1996.

A fotografia mostra Maurício quando ainda estudante em Fortaleza em meu laboratório na Bioquímica da UFC cercado de amigas que as teve sempre.


(Mauricio era Associado do Instituto José Xavier. Para quem tiver curiosidade de saber o que ele fez em Ciência siga o link de seu Currículo Lattes)


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Sunday, June 27, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 177


O REI SOL

Celsinho Bodega era muito amigo do Reizinho. Todo mundo sabia disso na cidade. Celsinho, no entanto, achava que o amigo extrapolava em muitos de seus usos. Um deles era dar preferência a uísques escoceses de 12 anos, ao invés de uma cachacinha, outro era acreditar ser uma perfeita encarnação de alguma coisa como Luiz XIV, o Rei Sol, aquele do “L´état c´est moi”. Para os amigos mais chegados Celsinho dizia que este lema do rei de França significava “O Estado sou eu”. Ele dava essa explicação, pois o Reizinho não sabia o que significava e assim não podia explicar para a turma do Bar do Tutu.

O Reizinho, criação de O. Soglow.

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Saturday, June 26, 2010

A VIDA AVENTUROSA DE TROFIM VASEC EM DIVERSOS CAPÍTULOS – 9


A ESCOLA DA RUA DO AZEVEDO CHAMA-SE ESCOLA PRIMÁRIA ‘TAL-E-QUAL’ (EPTEQ)


As eleições provinciais se aproximavam e o Coronel Totonho mais uma vez pleiteava junto ao Chefe sua reeleição. Ele estava olhando para o futuro, pois sabia que o comando da oligarquia pelo Comendador Alcebíades estava chegando ao fim. Ele bem que poderia se candidatar à herança do velho oligarca, pelo menos em toda a Zona Norte. Além disso, os negócios poderiam melhorar bastante, pois se o velho se afastasse do governo as benesses iriam se acabar para ele. Para que seus planos fossem coroados de êxito Coronel Totonho tinha de engajar seus amigos da Ribeira no grande projeto. (...)



Certamente ele teria de repartir o poder com gente do tipo de Trofim Vasec, seu genro e seu neto Juca Vasec que já se haviam tornado verdadeiros chefetes na cidade e distritos do Pé da Serra. Havia também a dupla Dr. Tal (temos de dizer aqui que este notório advogado tinha o nome de Amâncio do qual ele tinha verdadeiro ódio, por motivos óbvios) e seu filho Talzinho, o par advogado e médico que tinha ganhado uma enorme força entre a população mais necessitada da cidade e da região praiana da Ribeira. Eles agiam em consonância, pois enquanto um extorque valores enormes ao defender causas banais o filho “limpava” todos por meio de truques nas corridas de cavalos, nos jogos de baralho proibidos, mas praticados na surdina, nos bares da cidade. A medicina para Talzinho não mais existia, ele não a praticava desde que chegara do Rio de Janeiro e dizia-se que mesmo lá ele nunca utilizara nem sequer um estetoscópio ou mesmo um jaleco.

O Coronel deu ordens a seu neto Juca que se encarregasse de preparar as reuniões onde se discutiriam as normas para as eleições. O partido situacionista tinha registrado 250 votos e a oposição ia com 30 votos. Esses eram controlados pelo Coronel Gentileza, chefe da oposição e briguento que só ele. Juca e Talzinho decidem que no dia da eleição eles deverão dar um ensino aos eleitores do Coronel para que o brilho do conclave fosse completo para o partido do Comendador Alcebíades e do Coronel Totonho. O Juiz Moreira Capaz que dirigiria o pleito, como de costume, já tinha assegurada sua viagem para o sul onde ficaria em Caxambu fazendo estação de águas no Hotel do Sucesso. Quando chega o dia das eleições a mesa receptora se instala na Igreja Matriz e os seis soldados da Polícia Provincial, comandados pelo Sargento Emiliano, enviados pelo Chefe de Polícia, ficam a postos nas portas do templo, armados de espingardas. Quando os eleitores começaram a afluir, aqueles ligados ao Coronel Gentileza foram gentilmente dissuadidos a não votar pelos mais diferentes motivos: ora se dizia que faltavam canetas, ora era a cédula para escrever o voto. Dessa maneira, quando o Juiz Moreira Capaz deu por encerrada a votação lá pelas quatro horas da tarde, tinha-se certeza que o partido da situação havia levado todos os 250 votos registrados por ele e a oposição só tinha tido 3 votos que logo foram identificados como sendo os do Coronel Gentileza, de seu filho Adamastor e do caixeiro Rubens do armazém dos Gentileza. A proclamação dos vencedores demorou um pouco, mas nada que fosse impedir o reconhecimento do Coronel Totonho pela Assembléia quando esta se reunisse para tanto daí a dois meses.

Com a ajuda do Comendador Alcebíades que ainda teria alguns meses no governo da Província e com a interferência do Coronel Totonho foi feita uma verdadeira mudança democrática na administração da Ribeira: desde o Presidente da Câmara, Juiz de Paz, Juiz de Órfãos, Delegado de Polícia, Tabelião, Vigário todos esses e mais alguns que o escriba não lembra no momento, mas promete referir na próxima oportunidade, foram demitidos. Para seus lugares foram nomeados correligionários bem destacados do Partido, além obviamente, dos parentes dos Coronéis e amigos envolvidos na renhida luta eleitoral.

Parentes do Coronel Totonho, isto é, seus filhos que moravam na Capital, mas eram registrados eleitores na Ribeira, apareceram, digamos assim, sem serem chamados e contrariando desde seu pai até Trofim e o Dr. Tal e os “meninos” Talzinho e Juca. Eles queriam se adiantar e reservar um naco do poder já à disposição de seu pai e dos correligionários. O velho Coronel sugeriu aos dois rebentos que aguardassem na Capital a divisão do bolo e que após isso ele prometia que os meninos seriam recompensados pelas canseiras dos estudos que realizavam no Lyceu e no Colégio Albano.

O Dr. Amâncio de Tal, ilustre advogado militante no foro, foi nomeado Juiz de Paz; seu filho Dr. Talzinho, médico formado pela Faculdade do Rio de Janeiro, mesmo sabendo-se que não sabia nada de Medicina, foi nomeado Secretário das Doenças (era este o nome da futura secretaria que iria tratar de saúde); Trofim Vasec, o famoso eslavo, genro do Coronel Totonho e pai de Juca Vasec, foi nomeado para a Secretaria do Tesouro enquanto seu filho foi indicado para a Advocacia Geral da Ribeira; Aline, a filha do Coronel Totonho, esposa de Trofim e mãe de Juca, esta ficou encarregada – nomeada – para cuidar da alimentação das crianças carentes. Era ela quem recebia todos os carregamentos de alimentos enviados pelo Programa da Fome, estabelecido pelo Governo da República, e os repassava para quem não precisava deles e um pouco para alguns que precisavam, como os moradores do bairro de São Francisco. A Secretaria de Educação ficou a cargo de Narcizo, que tinha o curso primário feito em Sobral.

Juca Vasec, Talzinho, Narcizo, Dr. Tal, o Coronel Totonho foram todos escolhidos vereadores – da situação. O único vereador da oposição indicado foi o Coronel Gentileza. Talzinho foi eleito Presidente da Câmara que, como é sabido, naquele tempo exercia funções que correspondiam às de Alcaide. A primeira reunião da Câmara, já no prédio novo mandado construir pelo Coronel Totonho e por seu pai, tratou de dar nome a algumas Escolas que, devido a essa enorme falta, não estavam funcionando. A Escola Primária da Rua do Azevedo foi dada o nome de Escola Primária “Tal-E-Qual”; a da Rua da Estação foi nomeada Escola Primária “Tal-O-Quê”; à escola do Bairro São Francisco foi dado o nome de Escola Primária “Que Tal” e à da Beira do Rio foi atribuído o nome de “Etcetera e Tal”. Ficava assim cumprida uma exigência da Secretaria de Educação. Com isso tinha-se certeza que o Governo Central destinaria verbas substanciais para o ensino na Ribeira.


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Friday, June 25, 2010

POEMAS BARRETO/XAVIER 118


INÁCIO XAVIER FILHO, o mais novo filho de Elisa Barreto Xavier e Ignácio Xavier, nasceu em 1921 na Granja e faleceu em 1999 em Fortaleza. Inácio não fez cursos superiores; em São Paulo freqüentou cursos de Letras Clássicas. Escreveu poesia e lia grego e latim, com certa facilidade. Sua poesia está publicada na revista “Literatura Brasileira” (Shogun Editora E Arte Ltda.) como participante de concursos ou por sua própria iniciativa.


A UMA MENINA

Do quanto eu ali botara,
Decerto muito tirara...

Da graça de uma menina
Coisa grande, superfina...

Das asas de um querubim,
Portentoso serafim.

Desenho de: www.euniverso.com.br/Imagens/garotadeipanema.jpg


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Thursday, June 24, 2010

GRANJA - VEM MUITA CHUVA!


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Wednesday, June 23, 2010

GRANJA - ESTA GALINHA DÁ UM BOM CALDO


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Tuesday, June 22, 2010

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 134


BANCA EXAMINADORA

A estudante Agronomia estava muito preocupada com a apresentação e defesa de sua tese que se aproximava. Ela havia desenvolvido um projeto que lhe exigiu muita dedicação e lhe tomou muito tempo, certamente quase quatro anos. Seu orientador era uma autoridade no assunto e eles haviam escolhido um tema de grande importância para a região. O trabalho dizia respeito ao desenvolvimento de técnicas de análises do crescimento de raízes de uma cultura que, se não era característica da região, traria subsídios para esse tipo de análise. O título de seu projeto e também de sua tese era “Aplicação de técnicas de análise fatorial em variedades de feijão-de-corda de crescimento desordenado encontradas nas regiões do Alto Araguaia”. A escolha da banca examinadora mereceu uma atenção especial de ambos, orientador e candidata. Ao final da escolha a banca foi registrada na Reitoria de Pós-Graduação sendo composta, além de seu orientador, que era membro natural, de duas dezenas de professores de sua universidade.


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Sunday, June 20, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 176

ELES IAM A MAIS DE 140 KM POR HORA

Ricardo notou que eles estavam a uma velocidade bem alta; só para confirmar a impressão ele olhou para o velocímetro e viu o ponteiro marcando um pouco mais dos 140. O Paiva estava mesmo com vontade de chegar e ele, ao lado, estava ficando com medo. Olhou bem para o amigo motorista e notou que ele de vez em quando dava uma piscadela. De repente ele vê um vulto fazendo piruetas na estrada em frente ao carro. Ricardo fixa o olhar e decide que era Ella que o estava chamando. Dito e feito, pois daí a pouco pula na estrada uma cabritinha branca que é atropelada pelo seu carro novinho em folha. Logo em seguida ele sente que estão rolando a ribanceira e ele está fechando os olhos lentamente.

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Saturday, June 19, 2010

CONTOS DA RIBEIRA 36


O MAL DE NESTOR

Foi quando Tia Nice provou de sua urina e viu que era doce que Nestor soube ser diabético; isso foi aos 15 anos. Ele nunca se importou muito com a doença, talvez pelo fato de que, em casa não se tivesse informações seguras sobre a gravidade da mesma, sobre o progresso dela. Nem o tradicional chá de pata de vaca que a Mocinha, rezadeira e conhecedora de chás e mezinhas, havia lhe recomendado, ele tomava. Não acreditava. (...)


O que é certo é que quando atingiu a idade de trinta anos ele já estava cego de um olho. Estava no caminho para operar o outro. O famoso oftalmologista que fez a cirurgia, Dr. Laguna, nada lhe prometeu sobre o sucesso da operação que acabava de fazer. Ele perderia a outra visão, mais dia menos dia.

Esse descaso com a doença de seus antepassados, pois era uma marca registrada entre os da família de seu pai, certamente teria de levar a isso. Ele sempre soube que na Ribeira, na fazenda da Malhada Vermelha, um antepassado seu morrera de complicações devidas ao diabetes: ele teve de mandar amputar um dedo do pé e, como isso não fez a doença estacionar, o levou a amputar a perna e a complicações na circulação sanguínea que acarretaram sua morte. Outro, um bisavô, perdeu a vista e, de desgosto, deixou-se morrer de fome. Mais perto seu avô sofreu de complicações neurológicas que, segundo os médicos da Capital, eram causadas pela insidiosa moléstia.

Como morasse sozinho Nestor passou a ter muitas dificuldades devido à perda de visão. Descobriu precisar de alguém que o ajudasse a cuidar da casa, lavar sua roupa, preparar suas refeições e, principalmente, dormir em casa para velar por sua segurança. Dormir em casa era dormir mesmo e mais nada. Depois de muita procura entre conhecidos e parentes, mas sem sucesso, ele resolveu por anúncios em diversos jornais da cidade incluindo pequenos jornais de associações profissionais e jornais escolares. Poucas semanas depois de colocar os primeiros anúncios ele recebe um telefonema que o deixou intrigado.

Era uma senhora que se identificou com o estranho nome de Morana lembrando-o de diversos fatos que teriam se passado entre os dois. Ele logo se lembrou de uma antiga namorada com quem havia passado bons momentos, já fazia alguns anos. Ela lhe disse que, ao ler o anuncio justo no jornalzinho publicado na escola pública de seu bairro lembrou-se da promessa que lhe fizera. Não lembrava?

- E que promessa era essa? Ele perguntou interessado.

- Eu lhe disse que, mesmo depois que você me abandonasse eu daria um jeito de voltar quando soubesse que você estava precisando de ajuda.

- Você acha que estou precisando dessa ajuda que você quer me dá? Eu preciso é de uma empregada que faça o serviço todo de casa e que também durma. Mais do que isso eu não preciso.

- Você pensa que não precisa, mas é essencial que você, na situação em que se encontra conte com alguém que o trate bem e lhe dê um pouco de conforto. A sua vida ou o que resta dela ainda pode ser bem vivida. Além disso, não é alguma coisa que esteja dependendo de você.
- Como assim?

- Eu vou lhe ajudar, de qualquer modo, vou ser sua empregada, enfermeira, serva...

- Pois ta bom! Pode vir até aqui para conversarmos.

Não demorou muito tempo até que a candidata ao emprego em casa de Nestor aparecesse no apartamento. Ele não a reconheceu como nenhuma namorada que tivesse tido. Entretanto, pela conversa dela indicando acontecimentos passados há tempos, ele chegou à conclusão que conhecera alguém que se parecia ao tipo da senhora.

A nova empregada começou logo a trabalhar e mostrou que poderia ser útil nessa quadra triste de sua vida. Havia, no entanto, um problema grande: ela logo demonstrou um interesse mais que doméstico em Nestor. Certa noite, após ter servido seu jantar frugal e lavado as louças e apetrechos de cozinha, a senhora apareceu-lhe na sala para, certamente ver a novela das oito, junto com ele. Quando ele observou-a e a viu vestida com um manto branco totalmente transparente constatou, meio apavorado, que sua nova empregada era nada mais nada menos do que Ella.

Ella disse-lhe que assumira a identidade de Morana, pois desse modo tinha certeza que ele não a rejeitaria de imediato. Se bem que isso não teria nenhuma importância. Sua missão era fazer com que ele aceitasse facilmente a transição. Ella se encarregaria de todos os detalhes, ele que não se preocupasse.


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Granja: Uma preciosidade que não pode ser esquecida


Veja o post publicado por Francisco de Sousa no blog "VIVENDO E APRENDENDO"

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POEMAS BARRETO/XAVIER 118


INÁCIO XAVIER FILHO, o mais novo filho de Elisa Barreto Xavier e Ignácio Xavier, nasceu em 1921 na Granja e faleceu em 1999 em Fortaleza. Inácio não fez cursos superiores; em São Paulo freqüentou cursos de Letras Clássicas. Escreveu poesia e lia grego e latim, com certa facilidade. Sua poesia está publicada na revista “Literatura Brasileira” (Shogun Editora E Arte Ltda.) como participante de concursos ou por sua própria iniciativa.

VEIA ALEGRE

...Grande e mais satisfação,
Ponte safena,
Era todo o seu veneno...
Tira e bota a liga na perna:
Com aparente indiferença
Ela prima em sedução...
Por um estranho usucapião,
De natureza medicinal,
Desinfarta o coração,
De um cardíaco amador.
Passa bem a sua dor,
Neste milagre de amor.

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Thursday, June 17, 2010

GRANJA - O REI SOL PENETRA A PONTE


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CAMPANHA PELO USO DE COBAIAS

Segundo o pesquisador Marcelo Morales, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)ele, por mais que agora existam regras para a pesquisa, os grupos de direitos animais continuarão a ser contra. A ideia, então, é convencer a população, que hoje "não tem noção" da importância das cobaias. "Acham que o cientista está lá para matar ratinho", afirma.
"Muitos não sabem que, sem os animais, medicamentos contra diabetes e o coquetel anti-Aids, por exemplo, não seriam possíveis."

Veja matéria completa publicada hoje 17/6/2010 na Folha de São Paulo.

Ouça também, sobre o assunto, o jornalista Ricardo Mioto (da FLSP)

Governo e cientistas lançarão campanha pelo uso de cobaias

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO

Na briga contra organizações de direitos dos animais que querem acabar com pesquisas envolvendo cobaias, cientistas e governo criaram uma campanha publicitária tentando convencer a opinião pública da importância desses estudos.
A partir da próxima quarta-feira, serão feitas inserções na televisão, no rádio e em jornais e revistas.
Os anúncios têm dois motes. Um é que "quase todos os medicamentos e vacinas são resultado de pesquisas com animais de laboratório", salvando muitas vidas. O outro é que, depois da Lei Arouca, aprovada em 2008 para regular o uso de cobaias, nenhum animal deixa de ser tratado com "ética e dignidade".
A iniciativa já recebeu R$ 1 milhão, diz Marcelo Morales, biólogo da UFRJ e um dos responsáveis pela campanha. O dinheiro vem do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e do Ministério da Ciência e Tecnologia. E o valor pode aumentar.
Segundo ele, por mais que agora existam regras para a pesquisa, os grupos de direitos animais continuarão a ser contra. A ideia, então, é convencer a população, que hoje "não tem noção" da importância das cobaias. "Acham que o cientista está lá para matar ratinho", afirma.
"Muitos não sabem que, sem os animais, medicamentos contra diabetes e o coquetel anti-Aids, por exemplo, não seriam possíveis."
As organizações envolvidas, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências, desejam evitar que episódios como o de 2008 se repitam.
Na época, um laboratório da USP foi destruído por vândalos que se disseram membros da organização Frente de Libertação Animal.


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Wednesday, June 16, 2010

GRANJA - AINDA ESTOU NA ESCOLA


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Tuesday, June 15, 2010

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 133


O ROUBO DA PADARIA


Os irmãos eram muito unidos e dedicados aos pais, pois tudo o que eles faziam era só se preocupar com o que iam arrumar pra comer, pra trazer pra casa, pra família. Era isso o que eles diziam para o Pai. Com essa idéia na cabeça eles formaram uma equipe junto com mais um primo deles para assaltar as padarias do interior. Dessa vez eles foram bater na Amarração onde tinha montado uma boa padaria o Seu Adamastor. O velho, além de padeiro, era também vendedor de peixe e sua fama corria longe. Fama de rico. Num dia de sábado chegam em frente da padaria do Seu Adamastor os três “coisa doida” e entram logo atirando. O velho escolado que era, guardava o dinheiro na casa da amante nova que ninguém sabia quem fosse. Os “coisa doida” saíram no prejuízo, pois além de levarem só peixe, o pão havia se acabado, ainda deixaram o Netinho no chão com uma bala na perna.


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Sunday, June 13, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 175


PAQUERA DOS SÁBADOS

Todo sábado ele saía de casa e dizia que ia pra cidade, ia dar um bordo. Todo mundo desconfiava, achavam que ele tivesse uma paquera. A namorada já estava de saco cheio com essa história e resolveu tirar a limpo o assunto. Em um sábado de sol ele saiu de carro e ela o seguiu. Quando ele estacionou no shoping ela fez o mesmo, guardando uma boa distância. Ele subiu as escadas, deu uma volta, entrou no supermercado saiu e atravessou a rua, foi quase atropelado por uma Hilux preta e ela continuou seguindo-o. Ele entrou em outro shoping e dessa vez, depois de ter olhado um monte de vitrines foi até a cafeteria e pediu um cappucino, após o que foi até a livraria ao lado e mexeu, sob os olhares perturbadores de um vendedor, em uma porção de livros, nada comprou. Saiu da livraria e foi olhar os cartazes do cinema. A essa altura a namorada já estava cansada, mas não desistiu. Subitamente ele volta para o estacionamento onde deixara o carro, pagou e saiu. Voltando para casa viu que já era quase meio dia e já estava na sua hora de almoço.



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A VIDA AVENTUROSA DE TROFIM VASEC EM DIVERSOS CAPÍTULOS – 8


HERDEIROS DO CORONEL SILVIANO MEDEIROS


Quando o Coronel Silviano Medeiros imperava na Ribeira ninguém se aproximava dele sem lhe pagar algum tributo. Ora era uma posse de terra em troca de um favor feito na Capital, ora eram pagamentos que áulicos e apaniguados lhe faziam, geralmente em dobrões de ouro, para manterem a associação sempre lucrativa para todos. O Coronel, já homem de idade, não tinha filhos e, portanto, sua descendência era difusa, entre parentes de segundo grau e outros. Quando ele adoeceu de uma doença incurável e de desfecho rápido, logo o boato se espalhou que sua morte seria iminente.


A morte do Coronel Silviano foi tranqüila, pois se sabe que os grandes capitalistas, homens de dinheiro e de importância, nunca têm sofrimento em seu passamento dessa para outra. Eles sempre morrem tranquila e sossegadamente. O enterro, feito ao som de música executada pela banda de Mestre Zezinho, foi uma cerimônia que deixaria marcas na cidade, pois foi muito bonita. O cemitério estava superlotado e os coveiros tiveram dificuldade em fazer o seu serviço. Mas, enterro feito, todos trataram de outro assunto, tão ou mais importante.

O que é fato é que quando o velho morreu e, mesmo antes de seu concorrido enterro, acorreu à cidade um enorme número de pessoas interessadas em saber se haviam sido beneficiadas com uma parcela de seus bens quando proximamente seu testamento fosse aberto no cartório do tabelião Rocha Francio. Todas as pensões da cidade e mesmo das cidades vizinhas foram ocupadas por pretendentes ao butim, em um número verdadeiramente grande. Isso era também uma indicação da enorme riqueza do Coronel Silviano. Advogados vindos da Capital como o Dr. Waldonis Miranda, o Dr. Antonino Augusto, vieram representando diversos candidatos, parentes ou não que não podiam vir até a Ribeira ou acharam logo conveniente contratar causídicos para defenderam pretensões de antemão sabidamente duvidosas.

Candidatos a um naco da herança do Coronel Silviano na própria Ribeira eram muitos. Eles iam desde colegas de coronelato, amigos, compadres, afilhados até parentes longínquos de sua esposa. Todo esse povo iria necessitar de algum advogado experiente para defender sua causa: uma parte na herança do velho coronel.

Para muito pretendentes foi muita sorte contar com o escritório de Juca Vasec que, por essa época, era um dedicado associado do Dr. Tal. Essa associação era de muito valor, pois o próprio pai do jovem advogado, o eslavo Trofim Vasec, era um forte pretendente a uma parte da herança. Os fundamentos dessa pretensão nunca ficaram bem claros para ninguém, talvez nem para Juca nem para o Dr. Tal. Por coincidência o próprio Dr. Tal pretendia, também, herdar alguma coisa do Coronel Silviano, qualquer coisa, diga-se de passagem. Qualquer coisa servia desde que fosse traduzida em contos de réis.

Dr. Tal e Juca agiram com rapidez: cada um fez uma petição ao testamenteiro que era, nada mais nada menos, que o Coronel Totonho, mais um compadre do ilustre morto. A petição feita pelo Dr. Tal dizia que o eslavo Trofim Vasec, muito amigo do Coronel Silviano se julgava herdeiro do ricaço e pretendia ficar de posse da Fazenda da Braquitiara. Essa fazenda compreendia uma enorme porção de terra produtiva no distrito do Para. As razões alegadas pelo Dr. Tal e que justificavam as pretensões de Trofim Vasec eram documentos antigos de quando o eslavo chegara à Ribeira e que tratavam nebulosamente de negócios feitos pelos dois. O Dr. Tal assegurou ao amigo Trofim que a causa era justa e que ele(s) seriam indicados herdeiros.

Juca peticiona a seu próprio avô na condição de advogado do amigo Dr. Tal no sentido de indicá-lo como herdeiro em uma grande soma (em dobrões de ouro) como retribuição a serviços advocatícios feitos para o velho Coronel ao longo de muitos anos, conforme recibos, diga-se sem qualquer valor.

Talzinho não pode se candidatar a qualquer parte da herança do Coronel Silviano, pois o velho o tinha por inimigo desde que o jovem médico o tinha depenado em diversas sessões de pôquer que ele promovia no seu Castelo.



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Friday, June 11, 2010

POEMAS BARRETO/XAVIER 117


INÁCIO XAVIER FILHO, o mais novo filho de Elisa Barreto Xavier e Ignácio Xavier, nasceu em 1921 na Granja e faleceu em 1999 em Fortaleza. Inácio não fez cursos superiores; em São Paulo freqüentou cursos de Letras Clássicas. Escreveu poesia e lia grego e latim, com certa facilidade. Sua poesia está publicada na revista “Literatura Brasileira” (Shogun Editora E Arte Ltda.) como participante de concursos ou por sua própria iniciativa. Além disso ele deixou, sob a guarda de seu sobrinho Inácio Xavier Gouveia, dezenas de manuscritos não publicados que hoje fazem parte do acervo do Instituto José Xavier, Granja.


A POESIA VEM DO CÉU


A poesia vem do céu...
À tardinha a turqueza comum do dia
Inteiro de sol, passa um pouco...
Aparece no horizonte um verde raro,
Coroado de nuvens cor-de-rosa do crepúsculo.
O verde vai ficar até o escuro da noite...
É o bastante para a mácula do poeta...
Os pensamentos ficam mais doces;
As dificuldades do dia-a-dia desaparecerm...
Todo mundo se prepara para um dia melhor,
Depois da noite...
A poesia vem do céu...


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Wednesday, June 09, 2010

GRANJA - FUGINDO DO LIXO


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Tuesday, June 08, 2010

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 132



LÁ NA CURVA DO FEIJÃO


Depois da chuva eles foram pra venida andar de bicicleta. Foram os dois e deram umas três voltas completas. Só o Ricardinho notou que lá embaixo na curva perto do Feijão juntava muita areia. Ele não disse nada, não se sabe por que, ele não avisou ao Jorginho. Quando eles faziam a última curva a bicicleta do Jorginho derrapou e o menino caiu e esfolou o joelho todo. Foi aquele sangueiro e, como não tinha Hospital, só a Farmácia do Seu Totas ele foi levado pra lá nos braços do Chico Negão. Seu Totas passou arnica e mandou o menino pra casa com um carão:

- Tenha mais cuidado senão teu Pai te manda pro colégio interno.


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Sunday, June 06, 2010

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 174


A HISTORIA DO ELIZARO E DO ZECA


- Elizaro desce ai pra vê se dá prumo pra gente passá!

O caboco desceu com dificuldade e se postou em cima da ponte molhada. A água passava com mais de 2 palmos e era forte como que. Da ponte só se via a mancha por baixo da água barrenta. Elizaro desceu e ficou em pé na frente do calhambeque dirigido pelo Zeca. Não se via nada, mas o motorista achou que o caboco tinha feito um sinal e avançou. Ele perdeu o equilíbrio e caiu ficando com as pernas pra fora e o corpo em cima da ponte quando o ônibus avançou. Seu corpo desfigurado só foi encontrado no dia seguinte, lá em embaixo preso nos garranchos.


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ANIVERSÁRIO DO DIA D – INVASÃO DA NORMANDIA EM 6 DE JUNHO DE 1944.


O dia de hoje, 6 de junho, o Dia D, “o dia mais longo”, marca o aniversário da invasão das tropas aliadas ao continente europeu durante a Segunda Guerra Mundial em 1944. Você poderá ler uma descrição abrangente dessa invasão e a consequente batalha na matéria publicada pela Wikipedia.


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CONTOS DA RIBEIRA 35


O CORONEL E SEU EMPREGADO

Joaquim, moço boa pinta, estava noivo e queria um emprego, pois de outra maneira o futuro sogro, professor na Escola Municipal, não permitiria seu casamento com a Maria Rita, morena bonita cuja mão era desejada por muitos. Acontece que o rapaz não tinha a quem pedir um emprego apesar de ter uma ideia onde pudesse trabalhar. O armazém do Coronel Zeferino Moita lhe parecia ser um lugar bom para isso. (...)


Ele conhecia alguns dos caixeiros de lá e tinha certeza que se daria bem se tivesse um emprego com o velho Coronel. Agora esse homem, apesar de ter fala mansa, parecia ser muito brabo; os filhos homens que o digam: o Valdemar, o mais novo era o cão de briguento e namorador e o Raul, o mais velho era aquietado, mas gostava muito de jogar cartas. O resultado das confusões armadas pelos dois fazia com que o Coronel ficasse doente de raiva e os castigava cortando-lhes as mesadas. Mas o Joaquim achava que, se trabalhasse no armazém, não teria muito contato com ele, pois seu chefe imediato seria certamente o Narcizo, ajudante de primeira linha do Coronel e primo de sua mãe e que era uma pessoa muito boa. Acontece que esse primo não tinha esse prestígio todo com o Coronel e não se atrevia a pedir um emprego para o Joaquim. Mas, uma solução logo surgiu quando ele lembrou que morava em Sobral um grande amigo do Coronel, o também Coronel, Felisberto do Monte. Este certamente poderia conseguir o emprego para o rapaz. Decidiram que o Joaquim viajaria para a Princesa do Norte no horário da manhã de segunda-feira para encontrar o amigo do Coronel antes da hora do almoço no seu armazém. Joaquim levou uma carta de Narcizo apresentando-o e já dando ciência do problema, ou melhor, do pedido que o jovem faria. Narcizo, na carta, fez os maiores elogios ao jovem, apesar de ter algumas pequenas restrições ao comportamento do primo. Joaquim, com a boa conversa que tinha, conseguiu que o Coronel Felisberto do Monte fizesse uma carta ao Coronel Zeferino recomendando-o a um emprego no Armazém do amigo. Na carta Felisberto do Monte tece os maiores elogios a Joaquim, diga-se de passagem, mesmo sem conhecê-lo, mas pelo simples fato de ter sido cativado pelo jovem.

Logo que volta, no dia seguinte, Joaquim procura falar com o Coronel Zeferino em seu Armazém e lhe apresenta a carta do amigo sobralense com o pedido de emprego. Após a esperada surpresa o Coronel pergunta pelo amigo, pois quer saber de suas boas notícias e de sua saúde e de todos da família. Joaquim responde com muita propriedade e então o Coronel Zeferino começa a fazer-lhe perguntas sobre suas aptidões e comportamento. O fato é que o jovem consegue o emprego em uma situação de aprendiz junto ao primo Narcizo que era o que mais Joaquim almejava. É bom que se diga agora que o Coronel Zeferino era muito experiente e passado na casca do alho, como se diz no sertão. Ele deu o emprego, mas comprometeu-se consigo mesmo a vigiar as atitudes e o comportamento do rapaz.

Joaquim começou a trabalhar logo no começo de dezembro e, devido a sua boa conversa, transformou-se num bom ajudante, prezado pelos colegas. O Coronel mantinha como prometera a si mesma, observar o comportamento do primo de Narcizo.

Os dias passaram e chegam o Natal e o Ano Novo e nada de muito diferente acontece, pelo menos a vista de empregados e fregueses do armazém do Coronel que ficava bem na Praça do Mercado e por isso era muito movimentado.

Aconteceu logo depois do Carnaval quando o Coronel Zeferino recebeu uma carta de seu amigo Coronel Felisberto do Monte. Como era costume do primeiro de guardar toda sua correspondência a sete chaves ninguém viu a carta que seu amigo sobralense havia feito, mas sabe-se de alguns detalhes dos motivos da demissão de Joaquim pela carta que ele fez e que foi violada pelo positivo amigo de Narcizo. Temos, portanto a oportunidade de transcrever aqui o que o Coronel Zeferino escreveu:


“Ribeira, 20 de Fevereiro de 1885

Coronel Felisberto do Monte

Sobral

Só agora posso dar resposta a sua última carta na qual indaga sobre o seu recomendado o Sr. Joaquim da Silva. Como você deve saber, não costumo trazer aperreados os meus empregados, mas não cesso de velar sobre eles já tomando em muita consideração o seu comportamento e atividade e já indagando sobre o seu procedimento em minha ausência, com seus passeios e divertimentos que nada me escapa, e muitas vezes faço-me desapercebido por que não gosto de envergonha-lhos com repreensões, mas creia que vivo inteiramente a par de tudo que se passa com eles porque indago incessantemente e não quero culpá-los sem provas.

O Sr. Joaquim da Silva logo que chegou foi indo regularmente; eu sei que ele foi a Praia Grande, que não conhecia, e tendo participado de um Salão de festas, lá arrematou alguns objetos por preços que não estavam de acordo com os seus ganhos. Não quero dizer que se utilizasse de dinheiro do Armazém, mas, embora fosse seu devia ter cautela, mais que essencial ao homem que quer seguir o comércio. Depois ainda esquecendo estes bons princípios (e de sua) prodigalidade fez várias dádivas até aos criados da casa. Mais tarde é visto tirando fazendas da loja sem me pedir licença e mandado fazer roupas, e usando de dinheiro da loja para festas e leilões. Destas últimas vezes debitou-se pelo dinheiro. Por fim, entendeu que devia divertir-se no Carnaval e saiu de máscara sem me comunicar, isto no domingo, e na terça-feira fez melhor, saiu de casa às 8 horas da noite e só veio chegar no outro dia às 6 horas da manhã!

Creio eu poder dizer-lhe que não me serve um empregado nestas condições, assim, pois o tenho despedido de nossa casa seu recomendado.

Disponha do Amigo

Zeferino Moita”



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Saturday, June 05, 2010

POEMAS BARRETO/XAVIER 116


RAIMUNDO MAURO OLIVEIRA FILHO, Maurinho (1949 -1980), filho de Raimundo Mauro e Leilah Oliveira, representa a quarta geração dos poetas Xavier/Barreto no blog.


SONETO DA NÃO REMISSÃO

Silêncio de você que o tempo lança
E vence, pára adiante e sempre volta
Sem nunca devolver nada. Lembrança
Eu guardo tanto, mas o vento solta.

Nunca partir assim tão bruscamente
Na tarde em que a pessoa vai embora
Porque ficam gravados eternamente
Os passos da saída na memória

De alguém com muito medo de pedir
Algum perdão menino, já esquecido...
Que talvez você lembre ao despedir.

Mas... contra a vida não há resistir!
Eu ouvirei ao longe algum gemido
E vou lhe procurar. Não redimido!



(William Gackens – In the Park)

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Wednesday, June 02, 2010

GRANJA - COLETA ANTECIPADA


texto chamadacontinuação do texto/postagem
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Tuesday, June 01, 2010

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 131


UMA BODEGA NA ESTRADA


A casa ficava bem mesmo na curva da estrada que leva a Vila Real. Tinha um alpendre e ao lado uma janela que é por onde se faziam as vendas, pois além de morada a casa era uma bodega. O índio Francisco, de cabelos bem pretos e lisos e sem barba ou bigode, como eles quase todos são, vivia de portas a dentro com a Claudete, uma descendente mais longínqua de índios. O índio Francisco, como mais dia, menos dia eles fazem, resolveu ir embora, foi para o Piauí. Levou tudo menos a Claudete, as duas meninas e a bodega.

No dia em que Roberto parou seu jipe em frente à casa da Claudete e pediu um cafezinho ele viu que a moça tinha tudo para ser uma boa companheira. Quanto a ele, logo decidiu morar na beira da estrada, pertinho de Vila Real, vendendo cafezinho para os viajantes.


continuação do texto/postagem

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