Thursday, April 30, 2009

VISTAS DA GRANJA 92


A PONTE E AS CHUVAS

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Wednesday, April 29, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 11

Um Natal do Século passado

Arnaldo era um brasileiro, mato-grossense, estudante de cinema na UCLA. Ele vivia e pagava os estudos com o salário de guarda da polícia do campus que recebia da Universidade. Tinham-se passado meses desde que Jorge havia chegado a Los Angeles até conhecer o primeiro brasileiro. Só então ele pode falar português. Arnaldo era um camarada legal; como gostasse de cinema, de vez em quando iam ver algum filme. Infelizmente ele não lembra de nenhum título. Foi ele quem identificou Jorge como brasileiro e tornaram-se amigos.

Jorge relembrava episódios da viagem que os dois fizeram, indo pelo interior até atingir São Francisco e lá passarem o Natal. No caminho visitaram parques nacionais como o de Yosemite, frio demais; viram também os parques das sequóias como o “Kings Canyon” com árvores imensas. Alguma coisa lhe chamou a atenção nessa viagem além das muitas belezas naturais da Califórnia. Ele ainda recorda que nem antes nem depois desse dia ele vira um banheiro de posto de gasolina tão imundo como o que havia nas proximidades de São Francisco. Essa oportunidade de conhecer um pouco do interior do país trouxe-lhe a desconfiança de que o país que o recebera era uma porcaria tão grande como o seu; sem exagero havia de tudo nos Estados Unidos e ele via somente pequenos flashes. Após quase um ano passado em LA ele só voltou aos Estados Unidos passados mais de trinta. Ele achava que tinha visto pouco, mas mesmo pouco, não havia gostado do que vira.

Após ter molhado os pés no Oceano Pacífico como um navegador espanhol de antigamente, os amigos voltam para Los Angeles no mesmo MG conversível, vermelho e potente como o que. Eles usaram a estrada litorânea (Route 1) que margeia toda a costa, unindo as duas maiores cidades do Estado.
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Tuesday, April 28, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 80


Simpatia

Leiane preocupava-se muito com seu peso. Quase não comia e se achava gordinha. Não cheinha, gordinha mesmo. Ela mal pesava quarenta e sete quilos. Certo dia leu num jornal da capital uma simpatia que lhe pareceu infalível. Dizia: “Quarta-feira, cedo, ponha, em um copo com água, grãos de arroz em número correspondente ao número de quilos que você quer perder. Não coloque grãos a mais do que deseja, pois os quilos que perder não serão recuperados. À noite, beba a água, deixando os grãos e completando o volume com água. Quinta-feira pela manhã, em jejum, beba a água, deixando os grãos e completando novamente o volume. Sexta-feira, em jejum, beba a água e, desta vez, separe os grãos de arroz.” Iniciou a simpatia e, na sexta-feira, surpreendeu-se quando viu os grãos e imediatamente lembrou-se de ter esquecido sua contagem recomendada. Eles estavam inchados e presos uns aos outros mas ela pôde contá-los, eram 47. Em uma semana ela foi internada e morreu em três dias.

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Plano Diretor Participativo de Granja


Mostramos aqui links que apresentam o Plano Diretor Participativo de Granja, de responsabilidade do Programa de Desenvolvimento do Turismo/Ceará II (PRODETUR/CE II) e desenvolvido por uma equipe comandada por Francisco Vieira Paiva (Coordenação Geral) e RUTH TORRES HOLLANDA (Coordenação das Etapas 2 e 3):

http://www.ruthtorres.com.br/PDPGranja/pdfs/LEITURA_DA_REALIDADE-LEITURA_DA_COMUNIDADE.pdf

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Cavalo vaidoso luta para manter bigode intacto
















Na série equina trazemos hoje a inusitada figura de Alfie:
Alfie tem dez anos e adora seu visual. Ele foge quando desconfia da intenção dos funcionários do estábulo.

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Monday, April 27, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 51


Peixe-mulher

Ainda outro dia encontrei o Albuquerque e ele perguntou: - Cara, você só escreve nessas suas historietas sobre mulheres? Não tem outro assunto? Até parece um Nabokov? E eu respondi que o russo gostava de escrever sobre menininhas, mas eu gosto de escreve sobre todas, de todas as idades e feitios, tipo Susan Boyle. Agora estou me dedicando a descrever as meninas (...) de “origem animal” como as tipo muar e cavalar. Agora me apareceu essa que é um belo exemplar de peixe-mulher que aportou em Itarema no fim do ano passado a procura de casamento com um pescador. Ela foi presa por um e mandada para o aquário Estadual na capital. Como este ainda está na fase de prancheta ela foi enviada para o aquário do Bar do Peixe em Caucaia onde está esperando pelo seu escolhido.

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Sunday, April 26, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 124


Fatias de cheiro

Não sabia o que estava acontecendo, pois além de permanecer com o cheiro de tudo em suas narinas, - todos os odores e fedores e adjacências -, ele conseguia materializá-los e cortá-los em fatias finíssimas como fossem de queijo suíço, tipo Gruyère. Para que “essas coisas” serviriam, ele ainda não tinha a menor ideia, talvez fosse possível comercializá-las, quem sabe? Rubião já pensava em anúncios do tipo: “Confira fatias de cheiros recém chegadas da França”, para anunciar perfumes como Chanel 5 (essas fatias deveriam ser caríssimas), Addict 2 (para mulheres), de Christian Dior e muitos outros – o céu é o limite, no pensar de Rubião. Podia vender a patente para o Boticário, ou Natura, e ficar rico e manter a marcar para nós, nestes tempos de crise e marolinha. Havia um problema com sua “fábrica de cheiros”: ele não sabia como controlar a absorção de cheiros em suas narinas e, ademais não conhecia mais nenhuma outra pessoa que tivesse o mesmo dom – ou seria problema? Imagine se na hora de fatiar os tais cheiros ele precisasse ir ao banheiro e o tal ainda não tivesse sido limpo pela Dona Juliene? Era coco de cavalo por toda a parte e lá se foi o cheiro de Chanel 5 usado por Poliana a garota que havia acordado a seu lado.

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Saturday, April 25, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 69


DOLENTES, DE LÍVIO BARRETO

Foi com surpresa que o autor deste blog recebeu a notícia do lançamento, na quinta-feira 23 de abril, da 3ª edição de “Dolentes”, de Lívio Barreto, em uma iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará e da Universidade Federal do Ceará. A Casa de José de Alencar foi palco da agradável cerimônia, comandada por Jorge Pieiro, responsável pela publicação, e que foi prestigiada por muitos estudantes e intelectuais.

O acontecimento nos traz à lembrança o “Pensamento” inédito de Lívio Barreto encontrado no “Álbum – 1890” de seu amigo Luiz Felipe de Oliveira:

"Parodiando Victor Hugo –

Duas inviolabilidades são os bens mais necessários a um patrão honrado: - a inviolabilidade da família e a inviolabilidade da gaveta; - o dandy viola uma, e o caixeiro viola a outra quando não viola ambas.
LB"

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Thursday, April 23, 2009

VISTAS DA GRANJA 91

MAIS ORATÓRIOS DOMÉSTICOS





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Wednesday, April 22, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 10


Procissão de São José revisitada

Meu avô estava à janela esperando pela passagem da procissão de São José. Ele está bem doente, mas não se rende, quer ver a imagem do santo padroeiro passar, levada pelos Irmãos vestidos com suas opas vermelhas. Ele me chama para ficar a seu lado e eu tenho que trepar em um banquinho de madeira para poder ver a seu lado a passagem dos fiéis. Bem que eu poderia ir para a calçada, mas ficar a seu lado me dava uma sensação de proteção que eu sabia não mais poderia vir dele. Talvez pudesse vir do meu tio que acompanhava a procissão vestido em sua opa vermelha de Cavaleiro Cruzado e carregando um enorme castiçal com uma pequena vela cuja chama tremula na brisa da tarde; meu tio carregava um semblante pesado, mas eu sabia que aquilo não correspondia à realidade: quando eu precisasse ele estaria ao meu lado.


(A ilustração é de Ilya Repin: A Religious Procession Amongst the Oak Trees ,1878 e você poderá melhor vê-la no site abaixo:
Ilya Repin. A Religious Procession Amongst the Oak Trees. 1878)

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HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 79


Sobrenomes

Eles eram primos legítimos - suas mães eram irmãs - mas eles, nem nos sobrenomes se pareciam. O pai do Arnaldo não admitiu colocar o nome da família de sua esposa nos filhos. Não se sabia, portanto, sua origem de classe alta na cidade. O outro, o Cristóvão, tinha, além do nome do pai, famoso empresário de um tudo, o nome da família da mãe. A seu pai, com tanto dinheiro, não importava um nome a mais ou a menos. Além do que a família, como dito acima, era mesmo de alta classe. Quando os dois cresceram o Cristóvão, de empresário como o pai, entrou na política e exerceu diversos cargos eletivos, sempre confirmados pelos generais. Arnaldo foi para a academia e procurou sucesso também na política universitária. Aproximavam-se as eleições para reitor e ele procurou se ajeitar para sair candidato ao cargo. Foi nessa época de efervescência que sua jovem esposa confidenciava às suas amigas que Arnaldo não teria chances, pois dificilmente o “Costa e Silva iria nomear dois primos como as mais altas autoridades do Estado”. Verdade, o general não nomeou o Arnaldo.

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Monday, April 20, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 50


O Clube

Aquele era um clube da classe A, muito fechado e muito caro para o qual não era fácil ser admitido. Só se podia entrar na sede da praia, mesmo somente ao restaurante, se fosse acompanhado por um sócio titular ou se pagasse ingresso para uma das poucas festas abertas, geralmente as de fim de ano, quando as damas usavam vestidos longos e os homens eram obrigados a usar um smoking ou dinner jacket. Quando seu marido foi eleito diretor da Faculdade de Ciências a jovem e ambiciosa esposa comentou para as amigas na roda do joguinho das quartas-feiras:

- Agora, nós podemos freqüentar o Clube sem pagar ingresso.
(Foto crédito ao Blog do Guilhon)

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Pai tenta vender atriz de "Quem Quer Ser um Milionário?"


A WEB foi invadida ontem (19 abril) pela notícia de que o pai de Rubina Ali, atriz de 12 anos do filme de sucesso "Quem quer ser um milionário?/"Slumdog millionaire" pôs sua filha à venda por R$ 647). Veja notícia na FolhaOnline (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u553102.shtml)
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Sunday, April 19, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 123

Nunca mais os dois se encontraram

O tucum de pelo amarelo, tão novinho, ficava armado na varanda da casa o dia inteiro. Deitado nele Júlio César olhava para o canto da cerca, lá embaixo, esperando que ela aparecesse. Nada. Nunca mais. O que ele sempre via era sua imagem projetada nas folhagens do velho e imenso pé de fícus que ficava bem defronte e que lhe dava sombra desde quando era criança. Ele lutava para se apossar da imagem, mas isso nunca acontecia. Júlio César estava certo de que ela, sempre que ele tinha essas visões, também o via, também as tinha. Muitos anos mais tarde, sentado com uma amiga comum em um café na Via Veneto, ele soube que, às mesmas horas, ela via, projetada na parede do prédio fronteiriço e calcinada pelo sol sua imagem nítida, como Júlio César via a dela. Pena que nunca mais os dois se encontraram. Nunca mais.

(A foto é de webshots: http://travel.webshots.com/photo/1136297757034693546yUcvRG)
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BRUMA NA GRANJA


Quem já viu bruma na Granja? Eu nunca vi... Até hoje.

Foto tomada hoje, Dia do Índio, às 06:45 (19 de abril de 2009) na Rua Pessoa Anta.

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Saturday, April 18, 2009

COLISÃO ENTRE GALÁXIAS



Astrônomos revelam maior colisão entre galáxias já registrada.


Conjunto de telescópios observou pancada a 5,4 bilhões de anos-luz daqui. Imagens podem ajudar a entender evolução de estruturas do Universo.

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POEMAS BARRETO/XAVIER 68


LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual em seu único livro – póstumo – Dolentes produziu este poema:

ESPINHOS

Se vendo a minha placidez severa
A minha fria e grave indiferença,
Que não há olhar teu que turbe e vença,
Nem a mágoa que finges, grave e austera;

Se, vendo morta a cândida quimera
Que tanto tempo foi-me altar e crença,
Vês-me suster a lágrima suspensa
Por quem debalde o teu despeito espera;

Se tu, vendo-me pálido e tranqüilo,
Sempre evitando o luminoso asilo
Do teu olhar fatídico e sereno,

Tremes de raiva e tremes de surpresa...
Rasga-te, flor, no espinho da incertez
Envenenada pelo teu veneno!

- Granja – Março – 93.

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Thursday, April 16, 2009

VISTAS DA GRANJA 90


ORATÓRIOS DOMÉSTICOS REVISITADOS




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Wednesday, April 15, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 10


Procissão de São José

- Jorge, hoje tem a procissão de São José e era bom a gente acompanhar.

Ela me comunica com autoridade. Eu balanço a cabeça, concordando. Era uma procissão muito grande e não acabava nunca. Quando chegamos à Praça da Igreja começou a chover forte. Sabíamos que, na Praça, a Flora e a Madrinha estavam em uma casa de taipa, a casa da Censa Lisboa e lá também estava o Carlos, todos à espera do cortejo e, agora, que a chuva passasse. Ela bateu à porta e a Madrinha abriu e Ela entrou. Constrangido, fiquei esperando. Passado algum tempo, impaciente, bati na porta e uma velha mulata desgrenhada e desdentada atendeu, era a Madrinha que sorriu para mim dizendo que a Flora estava lá dentro e logo, logo, sairia. Ela sai e eu me apóio na parede e, caindo, quase derrubo um pedaço desta. Sento no chão e começo a chorar com remorso de nunca ter olhado pela Flora e pela Madrinha. A procissão chega e nós a acompanhamos novamente até a igreja onde vou tentar... Tentar o quê?

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HISTÓRIAS DA BIOQUÍMICA NO CEARÁ


SE VOCÊ SE INTERESSA POR HISTÓRIA E POR HISTÓRIA DO CEARÁ E, TALVEZ, POR HISTÓRIA DO ESTABELECIMENTO DE UMA DAS CIÊNCIAS NATURAIS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) AO ACESSAR O LINK ABAIXO VOCÊ TERÁ OPORTUNIDADE DE LER O LIVRO (NÃO PUBLICADO) DE JOSÉ XAVIER FILHO SOBRE O ASSUNTO E QUE SE INITULA "HISTÓRIAS DA BIOQUÍMICA NO CEARÁ".

http://www.jxavierfilho.hpg.ig.com.br/book.htm

O cartum que encima a matéria é de autoria de Michel Macambira Calvet ex-aluno de JXF em Fortaleza e dublê de desenhista/chargista.
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Tuesday, April 14, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 78


Adeptos de soluções rápidas

Talzinho e seu filhinho estavam muito preocupados com a onda de crimes que ameaçava chegar, feito um tsunami, na sua querida Várzea. Depois dos melhoramentos trazidos para a região, vivia-se em sobressalto, pois muitos adeptos de soluções rápidas para seus problemas procuravam financiar suas preferências com dinheiro público. Isto parecia ser uma ótima solução para a movimentação dos capitais que pai e filho e adjacências não se importavam em promover. O problema é que seus eleitores, com isso, estavam sendo exterminados e, como eles agora eram poucos para vencer futuros pleitos, uma solução aventada pelos altos escalões foi a de produzir localmente suas soluções rápidas. Então, mãos à obra!

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GOVERNO GARANTE DINHEIRO PARA PREFEITURAS

Ao ler a notícia publicada hoje no jornal O Povo o Administrador umedeceu os lábios e disse: - Ôba!

"Repasses do FPM - Governo vai compensar perdas de prefeituras

O Governo quer garantir que os municípios recebam ao menos o mesmo valor repassado em 2008. Após votação no Congresso, a primeira parcela da verba complementar deve ser liberada em até 5 dias úteis. A injeção pode chegar a R$ 1 bilhão."

Leia na edição de hoje do jornal O Povo (Fortaleza, Ceará) matéria por Gabriel Bomfim da Redação14 Abr 2009 - 03h18min:

http://www.opovo.com.br/opovo/pagina2/870038.html


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Monday, April 13, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 49

O Chico da Clara

Estavam os dois hospedados no mesmo quarto do Hotel Glória. Um deles estava de calça e paletó pretos, camisa branca, gravata também preta e chinelos de couro cru, muito claros, que contrastavam com o resto da indumentária. Os óculos eram pretos, também! E, como sempre, com a barba preta e espessa por fazer. O Chico da Clara, era assim que ele era conhecido, divertia-se à custa do colega de quarto, que tentava ler um romance, com a televisão ligada no canal de corridas de cavalos, com o volume nas alturas. Subitamente seu celular, que tem um chip da Claro, toca e ele fica falando e rodopiando, como que dançando animadamente no quarto feito um doido e gritando: - Onde ta a Crara? É mió você dizê logo sinão eu vô dar umas porradas aí em todo mundo! Agora o colega divertia-se com a cena.

O autor da obra "Dancers" é Botero, pintor colombiano.
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ÁRVORE NO PULMÃO DE UM JOVEM RUSSO


Médicos descobrem árvore crescendo em pulmão de paciente.
Russo reclamava de dor no peito e tosse; médicos suspeitaram de câncer. Em cirurgia, foi encontrada planta de cerca de 5 cm em órgão de paciente.

LINK DA NOTÍCIA EM G1.GLOBO.COM - PLANETA BIZARRO
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1083364-6091,00-MEDICOS+DESCOBREM+ARVORE+CRESCENDO+EM+PULMAO+DE+PACIENTE.html

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Sunday, April 12, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 122


Partida final

A princípio todas as garotas que ele abordava gostavam de sua conversinha, mas havia um momento, uma virada, que Abdias não sabia identificar qual fosse quando elas começavam a mostrar-se insatisfeitas com seu papo, quase preleções. Não atendiam a telefonemas, mandavam dizer que não estavam, enfim uma série de desculpas esfarrapadas para não falar com ele. Abdias ficava derrotado, pois ele não entendia que seu tempo havia passado. Ele era um velho, seu tempo havia sido outro, havia chegado ao fim do campeonato. Tudo em que ele pegava, era motivo de falta, se transformava em “shit” ou coisa pior: quando tentava chegar perto as meninas pulavam, cheias de dedos, e se afastavam logo, saiam de campo... Uma amiga fiel lhe dizia:
- Abdias encosta as chuteiras rapaz! Ele respondia:
- Ora, há anos não dou nenhum chute...

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Saturday, April 11, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 67




LÍVIO BARRETO, manuscrito – Naufrágio - encontrado no “Álbum – 1890” de seu amigo Luiz Felipe de Oliveira. (Não está publicado em “Dolentes”.)





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Thursday, April 09, 2009

VISTAS DA GRANJA 89


NOVOS ORATÓRIOS DOMÉSTICOS




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Wednesday, April 08, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 9


Aula de Latim da Escola Régia da Várzea

Nessa segunda-feira Jorge acordou bem cedinho, pois iria ter sua primeira aula na escola do Prof. Agapito. O Professor, formado em Roma, era o responsável pela Aula de Latim da Escola Régia da Várzea, uma das poucas da Província. Funcionava em uma sala na casa de Dona Marieta de Britto na Rua do Azevedo, bem na esquina com a Rua das Flores. O Professor Agapito havia trazido de Roma o mais moderno método de ensino da língua de Cícero e esperava, desde o início, atrair um bom número de estudantes. Ele estava de algum modo preocupado, agora, pois o Inspetor de Ensino havia-lhe prevenido que, se neste ano não tivesse sucesso na matrícula para sua Aula esta seria transferida. Todos sabiam que, após três anos desde sua inauguração, sequer um estudante fora matriculado na Aula de Latim da Escola Régia da Várzea. Ao chegar à Escola Jorge foi recebido com festas, pois estavam vendo e prevendo que ele era o primeiro e, ao fim, poderia ser o único estudante matriculado. Ao voltar para casa o Coronel, seu pai, avisou-lhe que a Escola Régia iria ser transferida para Maranguape, vila próxima à capital, imediatamente. O Professor Agapito estava satisfeito, pois com pretensões políticas, não poderia mais permanecer em um lugar que nem esperanças de desenvolvimento cultural apresentara por longos quatro anos. Iria se engajar na Oposição à Oligarquia dominante na Província.

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Tuesday, April 07, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 77


O casal Talzinho durante o “brunch”

Na foto vemos Talzinho e sua diletíssima e exuberantíssima esposa, tão ativa politicamente como ele, tomaram um saboroso “brunch” no Hotel Beira Rio e na ocasião tomaram diversas providências em relação à administração de sua querida Várzea. Dentre as que foram publicadas pelo jornal da situação hoje estão:
1) animais soltos somente os pertencentes a membros do partido situacionista. A membros do partido oposicionista não se dará permissão para esses animais;
2) árvores serão derrubadas urgentemente aquelas que enfeiam ruas e praças (estas serão relacionadas em portarias a serem expedidas até o final da semana);
3) bancos das pracinhas, seguindo nova tendência do urbanismo moderno, serão retirados e, em seu lugar serão erguidos mais postes e estruturas outras já conhecidas para que os cachorros dos bacanas marquem condignamente seus territórios;
4) será permitido o estacionamento de barcos às margens dos inúmeros buracos e crateras que, com a estação chuvosa, aumentaram de número e profundidade em todos os bairros e ruas da cidade;
5) criação de postos de distribuição, a partir das dez horas da noite, de repelentes de insetos, mediante uma módica taxa;
6) criação de uma equipe voluntária para acabar com o foguetório que se ouve todos os dias quando chegam os produtos de recreação, mesmo que esses sejam de uso permitido, como é agora.

Um segundo “brunch” está agendado, dessa vez na residência do Dr. UpvQr, Secretário Rad/Hoc da Prefeitura quando serão discutidas e certamente aprovadas, para imediata implementação, outras providências.

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Monday, April 06, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 48


Hermenegildo, Luciana e Ella

A enorme rede branca era pequena demais para sua inquietação noturna. Era quase um flagelo o que Hermenegildo sentia todas as noites procurando conciliar o sono. O pior é que ele sabia que, mesmo dormindo não se afastaria da imagem de Luciana. Ela lhe havia contado estar passando pelo mesmo problema. Para outra pessoa isso não seria motivo de preocupação, mas de alegria e satisfação e também de orgulho por terem eles encontrado algo que os casais, geralmente, buscam e dificilmente encontram que É a reciprocidade dos sentimentos. No entanto, agora, a situação parecia estar se modificando e certamente iria ser bem pior. Tudo tinha começado quando ele fora visitar seu Tio Alípio na Lagoa Santa e, deitado na grande varanda deixou-se embalar pela brisa noturna. Como sempre ele demorava muito a conciliar o sono. Mas, desta vez seus pensamentos, ou seriam sonhos, eram bem diferentes; apesar de Luciana ser protagonista deles Hermenegildo notou que a presença d´Ella se fez sentir por diversas vezes e sem motivo aparente. Ele não quis falar com ninguém sobre esses sonhos, mas ficou esperando um chamado súbito de sua amiga de longas datas. Será que Ella estava se sentindo desprezada? Talvez fosse isso. Ele iria investigar.

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Sunday, April 05, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 121


O que você tem feito rapaz?

Na Beira mar, logo cedo, o amigo lhe pergunta:
- O que você tem feito rapaz, nunca mais apareceu? Brizamor responde:
- Você quer saber mesmo? Pois foi muita coisa nessas três semanas que não nos vemos. Senão vejamos:
Fui à Várzea e passei uma semana lá, joguei as patas na menina que já me jogava as suas há tempos, arranjei uma namorada que diz “promode”, tomei banho de chuva e de rio quando quase me afoguei, voltei pela estrada nova que já está cheia de buracos, comi peixe na praia que não é pescado lá, mas vai da capital, viajei para a Paraíba onde visitei meu amigo cientista, voltei de lá e fui para Brasília visitar parentes que são assessores do Senado e têm olhos azuis, passei por Garanhuns onde conheci a casa em que nasceu o nosso Presidente, voltei e vendi meu carro e logo comprei outro, mas não o recebi, pois a crise faz com que a montadora não tenha cegonhas disponíveis para a entrega, arranjei uma namorada nova, viajei para o Sertão com ela quando me apossei de um bom número de bois de seu dote, viajei novamente para a Várzea para dar mais coices em quem se atrevesse a falar mal da menina com quem estou saindo. E agora estou aqui fazendo este relato para você. Será que é tudo? Está satisfeito? E você o que conta? Tem chovido muito aqui?

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Saturday, April 04, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 66


LÍVIO BARRETO, da Padaria Espiritual, dedicou este poema ao amigo Luiz Felipe de Oliveira, transcrito em seu “Álbum – 1890” e depois incluído em seu único livro “Dolentes”

Peregrina
(A Luiz Felippe)

Vem de longe talvez, talvez de perto...
Não sei d´onde ela vem... Por entre a bruma
Do seu mysterio intimo, ressuma
Um poema de dores encoberto.

Faz-se em torno de si como um dezerto
De onde fugiu toda a alegria; e a bruma
De uma saudade immensa se avoluma
No seu olhar de um brilho vago, incerto...

Canta ao piano, à noite, umas balladas
De umas doces tristezas perfumadas,
E uns versos melancholicos, sentidos.

E vem-lhe d´alma no tropel dos seres
Como que fragmentos de illuzões,
Pedaços, restos de um collar de sonhos!...

Abril 91

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Thursday, April 02, 2009

VISTAS DA GRANJA 88

UM NOVO DIA




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HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 8


ANSELMO RAPOSO, ADVOGADO

Leluli o tinha levado na cadeira de rodas para a varanda, pois estava fazendo um pouco de sol e era bom aproveita-lo. O avô pegou um livro (“Mandrake – a Bíblia e a Bengala” de Rubem Fonseca) e o folheou até a parte onde tinha lido no dia anterior. Logo após retomar a leitura ele largou o livro e começou a pensar em fatos acontecidos há muito tempo em sua vida familiar. Ao cabo de alguns minutos não resistiu e dormiu um sono leve que o permitia sonhar quase acordado; isto acontecia sempre e ele estava acostumado, até gostava, pois parecia ser a indução de sonhos por algum mecanismo que nem ele nem Vanessa sabiam ou tinham ouvido falar.

O fato é que ele começou a se lembrar ou a sonhar sobre a época em que, com seu irmão mais velho, tinham ido ainda crianças estudar no Rio de Janeiro, no começo do século XX. As viagens eram muito difíceis e só se podia ir por vapor ou, ao chegar a Vitória tomar o trem que, na época a ligava a Niterói, “Nique”, como se dizia. Foi isso que eles fizeram. Jorge tinha doze anos e Anselmo, treze. Logo que chegaram foram apresentar-se ao gerente da casa Masson com a qual seu pai negociava; o velho Ribeiro seria seu correspondente, fornecendo-lhes dinheiro, farto na época, indicando pensões e procurando encaminha-los à Faculdade e ao “culégio” para o mais novo. Anselmo já tendo feito os preparatórios passou a freqüentar a Faculdade de Direito e Jorge foi internado em um colégio de jesuítas em Botafogo. Ao fim de dois anos Jorge voltou e passou a estudar no Ceará enquanto o irmão mais velho ficou, pois logo se formaria. Alguns anos depois se soube, através do correspondente, que Anselmo fora acidentado por um carro (Imagine-se a raridade desse acontecimento...) e estava muito mal na Casa de Saúde. Imediatamente Jorge Filho providenciou para que sua mulher, acompanhada de Jorge Neto fosse para o Rio, a fim de cuidar do irmão. O rapazinho estudava em Fortaleza tendo de interromper os estudos; ele estava freqüentando a Fênix Caixeiral e, em breve, tiraria o diploma de Guarda-livros. Ele teria de voltar para a Cidade para ajudar seu pai nos negócios fazendo a contabilidade da firma que era, desde muitos anos de seu pai, mas conservava a razão social antiga: Pereira & Cia. Ltda. Recentemente ele havia admitido dois de seus cunhados. A firma era de Jorge Filho, mas todo mundo sabia, só os familiares não, que seu antigo patrão e sócio, Coronel Pereira, tinha muito capital nela, cerca de R$ 150 contos de reis.

Anselmo recuperou-se logo, mas ficou com seqüelas. Ele ficou com um defeito na perna e no braço direitos. Isto obrigou Jorge Neto a ficar no Rio de Janeiro dando o máximo de assistência ao tio em quem a família nutria esperanças de ver engajado nos negócios do pai. Anselmo não desejava de modo nenhum envolver-se nos negócios na Cidade, mesmo que a firma fosse à bancarrota. Ele havia afirmado certa vez que não iria enterrar-se lá. Após sua recuperação voltou à Faculdade de Direito e formou-se. Envolveu-se com movimentos de esquerda e chegou a filiar-se ao primeiro partido comunista do país.

Vanessa decidiu acordá-lo e convidá-lo para irem a um de seus restaurantes preferidos comerem um belo sirigado acompanhado de um bom cabernet.
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100 Horas de Astronomia


Durante todo o ano de 2009, o Ano Internacional de Astronomia, diversas instituições no Brasil organizaram eventos para marcar sua passagem. O dia de hoje, 2 de abril, marca o início das 100 Horas de Astronomia, evento de caráter internacional que já é julgado "o maior evento de divulgação astronômica de todos os tempos, que ocorrerá em mais de 130 países como parte do Ano Internacional das astronomias, comemorado em 2009. As 100 horas se estendem até o dia 5, domingo. Só no primeiro dia, a programação brasileira conta com mais de 50 eventos - em comparação, nesta quarta-feira, 1º, o programa do Ano da Astronomia no Brasil, disponível na internet, apresenta apenas quatro atividades."

Veja a notícia dada pelo jornal O Estado de São Paulo de hoje 2/4/09 no site:

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,100-horas-de-astronomia-comecam-com-mais-de-50-eventos,348430,0.htm

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Wednesday, April 01, 2009

ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO INSTITUTO JOSE XAVIER

Veja a entrevista que o Presidente do Instituto José Xavier deu ao blog I a Granja:

Entrevista com José Xavier Filho
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