Tuesday, March 31, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 76


O médico e a mosca

O médico diz para Juliana, a auxiliar de enfermagem da Emergência que chame o Seu José para tirar a mosca, mas a moça toma uma folha de papel e abana o campo operatório para expulsar o exemplar de Musca domestica que deveria ser da subespécie hospitalis. O moço estava à espera que lhe suturassem um corte profundo na mão causado por um fragmento de vidro de uma taça de vinho. Esta era a quinta vez que ele se cortava com caco de vidro quebrado quando tomava vinho. O médico que o atendeu falou depois que ele contou-lhe a freqüência desses acidentes:

- Porque você não toma seu vinhozinho em copos de plástico?
- De plástico, Doutor? Nem a pau! Ora, a taça que quebrou era de cristal da Boêmia!
- Veja talvez isso seja um aviso, para mudar de bebida ou...
- Ou de copo...
- E esse cristal da Boêmica é caro?
- Boêmia! É caro e é importado.
- Porque você não toma uma cachacinha em copo de alumínio?
- Doutor eu talvez nem vá mais tomar vinho ou cachaça se essa mosca não for morta pela Juliana ou por Seu José.

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Monday, March 30, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 47


“Semelhanteidades”

A AmbientoChemicals proporcionava-lhe um ótimo ambiente de pesquisa e pagava-lhe muito bem. Mas o jovem doutor era muito inquieto e, apesar da dedicação que ele tinha à indústria, genuinamente cearense, ele não se sentia satisfeito. Jonas, aliás, Doutor Jonas, resolveu colaborar com seus conterrâneos e fortalecer o Departamento onde se graduara. Logo que foram abertas vagas para a posição de Professor Adjunto de Química Orgânica Ambiental ele candidatou-se para a posição. Doutor Jonas já era bastante conhecido por suas publicações em periódicos nacionais os mais diversos e não se importava muito com essa história de citações nem de publicar no exterior. Ele estava mesmo interessado era em dar aos estudantes de sua terra uma boa formação técnica e prática. Em seu primeiro seminário, obrigatório para os novos concursados, ele observou que, daquele departamento, do qual agora era parte, “é de onde se oriunda os químico” e que as substâncias pesquisadas pelo colega Rivaldo (citado assim nominalmente) tinham “semelhanteidades” químicas com os compostos estudados por ele. Ao final o novel professor foi aplaudido de pé pela assistência.

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Sunday, March 29, 2009

"Gente branca de olhos azuis"



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HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 120

Sílvio na Beira Mar

A Beira Mar pela manhã está sempre lotada de senhoras e senhores fazendo suas caminhadas e corridas diárias. Muitas dessas pessoas já se conhecem, pois se vêem quase todos os dias. Certa manhã Sílvio caminhava logo atrás de uma senhora quando notou que ela deixou cair uma carteira. Mais que depressa ele a apanha e, aproximando-se dela diz:
- A Senhora deixou cair... Ela olha para ele e para a carteira e diz com um olhar já agradecido:
- Obrigado! Ele, para não perder a piada, diz:
- De nado... Ela olha de volta e retruca:
- Na piscina do Náutico? Como ele não esperava por essa resposta saiu de perto sem mais nenhuma piada...
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Saturday, March 28, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 65


LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual em seu único livro – póstumo – "Dolentes" produziu este poema:

O único olhar

A Antônio de Carvalho

O único olhar que iluminou meu sonho,
Sonho de amor que me aclarou a vida;
Luar de crença do meu céu tristonho,
Rápida luz de estrela foragida,

Há quanto tempo, há quanto! No medonho
Subterrâneo da Ilusão perdida,
Não vem trazer-me, cândido e risonho,
A luz guiadora a esta alma combalida!

Outros olhares vejo noutro rosto:
Fluxuosos como o brando mar de Agosto,
E às vezes puros como um céu risonho...

Mas na minh´alma abandonada, pia
A estrige augura da melancolia
Chorando o olhar do meu primeiro sonho!

- 93 –

A ilustração acima é: By the Light of the Silvery Moon I
de Heinz Voss

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Friday, March 27, 2009

VISTAS DA GRANJA 87

Cães não deveriam estar presos?





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Wednesday, March 25, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 7



MARIANA DO ESPÍRITO SANTO

Novamente era um domingo de muita chuva e ele estava só em casa. Resolveu ver um DVD de caubói que havia ganhado de um amigo. Era um dos velhos clássicos espaguetes: “O dólar furado”, com Giuliano Gemma. Jorge já o tinha visto, mas era sempre uma atração para ele.

Após ver o filme na sala permaneceu na cadeira enquanto Suzana, que não gostava de caubóis terminava de aprontar o almoço. Ia comer sozinho, o que não achava nada bom. Enfim, era a sina dele. Esperando ele reclinou-se mais na cadeira e caiu num torpor gostoso e começou a sonhar.

Sonhou que havia encontrado na Cidade, muitos anos depois de ter saído para estudar e trabalhar, uma moça muito jovem e, a seus olhos, muito bonita. Quando ele a viu pela primeira vez e com o intuito de conversar sobre assuntos profissionais e ela aproximou-se dele, com uma jinga no andar, e começou a falar ele ficou quase mudo: -Bom dia, Doutor Raposo. -Bom dia. Como é seu nome? -Ih? Tenho um nome complicado. Mariana do Espírito Santo. -Não se incomode, pois estou acostumado a encontrar pessoas com os mais diferentes e estranhos nomes. Cheguei a colecioná-los de diversos tipos e formatos. Imagine que tive uma estudante com o nome de Clara Luz da Aurora Boreal! -Eu não acredito... -Pois é! E de onde você é? -Da Cidade mesmo. Enquanto ela falava, ele se interessava mais e mais. Ela se expressava com correção e delicadeza. Aos olhos de Jorge ela era uma estrela brilhante no meio de um matagal espinhento e hostil, como era a Cidade. Após alguns minutos de conversa sobre muitos assuntos, livros principalmente, ele achou que tinha encontrado a pessoa adequada para o que queria. E talvez para outros fins, quem sabe? O fato é que ele se apaixonou por ela. Somente após muito tempo é que ele descobriu que o relacionamento com a moça era um caso de “não-amor”. Ele chegou a escrever poemas tendo produzido um com o título de “Morro abaixo, morro acima” (sic), sem métrica alguma, pois não entendia de poesia. Jorge gastava a maior parte de seu tempo com pensamentos solitários em torno dela. Ele enveredou por um caminho perigoso, pois acreditou que Mariana estivesse correspondendo às suas estrepitosas investidas. Até que se convencesse de que isto não acontecia levou muitos meses. Ele se interessava por tudo que lhe dizia respeito, até pelos papagaios de sua casa... Como ela dizia ser viciada em livros ele os fornecia às pencas; tudo que era literatura. Imaginava que poderia ser uma espécie de Pigmaleão para ela e, em troco, ela sua Galatéia. O interessante é que a menina o entusiasmava freqüentemente e, freqüentemente o desiludia. Este jogo demorou bastante tempo até que ele desistiu. Não foi, evidentemente, de moto próprio, mas provocado por um outro “não-amor”, este também cruel. Jorge se achava repetindo os mesmos movimentos (ou não movimentos) já conhecidos desde muito tempo: olhava para uma mulher bonita e, devido a algo que acreditava perceber, se enredava totalmente na tolice de achar que estaria sendo correspondido. Na maior parte dos casos isto não acontecia ou ele não investigava. O resultado é que seu estado de frustração a respeito de mulheres era sempre realimentado por esses erros infantis de alguém sem qualquer experiência. Ele a via claramente agora estendendo sua pequena mão para ele e fazendo sinais para ele se aproximar. Quando ele chegou bem perto acordou e sentiu a presença de Suzana chamando-o para o almoço.
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Tuesday, March 24, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 75


Secretário Ad hoc

As reuniões eram sempre acaloradas, pois se discutiam assuntos que beneficiariam ou prejudicariam alguém do grupo. O secretário, funcionário de carreira, sempre faltava a esses encontros dando as mais esfarrapadas desculpas. Acreditam alguns poucos que ele as evitava para não ouvir as muitas bobagens ditas. Tudo o que se discutia tinha de ser registrado em atas que mofavam nos livros especialmente adquiridos para isso. Era essencial que houvesse alguém para registrar as discussões, não importando seu nível. Em uma das reuniões, não atendidas pelo secretário, o diretor indicou um dos colegas para fazer a ata. Ao final todos leram, a maioria sem importar-se, o que esse colega havia escrito sobre sua indicação para secretariar a reunião:

- Atenção! O doutor Roberto será o secretário RAD/ROC desta reunião.

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Monday, March 23, 2009

ONE DEGREE LESS - UM GRAU A MENOS

Siga o link para saber mais sobre essa campanha que garante a diminuição da temperatura das casas - e do globo - pela simples iniciativa de pintar os telhados de branco (ou cores claras):


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HISTÓRIAS DAS TERÇAS 46


Num acredito nessa história!

- Você sabe o que Júlio César me contou?
- Não. O que foi...
- Ele me falou que viu aquela menina e tal... Enfim, aquela moça com quem ele paquerava...
- Qual? A Zélia?
- Essa mesma. Pois é. Ele disse que ficou tão atrapalhado quando a Zélia olhou pra ele que até esqueceu do chocolate amargo que estava tomando com a menina lá de Ocara. Ele disse que saiu correndo pra se esconder das duas!
- Duvido!
- É. Eu também... Num acredito nessa história. Eu sei que a menina lá de Ocara tem verdadeiro horror a chocolate, seja ele doce ou amargo...

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Sunday, March 22, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 119


O amigo sefardita

- Olha, dizem que ele é fascista, simpatizante nazista... Ainda existe isso aqui?
- Ora, rapaz! Tem em toda a parte!
- Será por isso que ele é versado em alemão? O rapaz sabe a língua de Goethe e, como o cantor, filosofa em alemão...
- Ele tem mesmo umas tendências antissemitas, você já notou?
- O diabo é que o homem descobriu essa história de análise genômica de ancestralidade e descobriu alguma coisa que não lhe agradou.
- E o que foi?
- A análise mostrou que ele descende de judeus sefarditas, da península ibérica!
- Ih rapaz e que diabos ele vai fazer?
- Não sei... Mas não vai perguntar, não...
(A imagem é de Jean Lafitte, pirata de origem sefardita)

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Saturday, March 21, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 64


LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual deixou no “Álbum - 1890”, de Luiz Felippe de Oliveira diversos poemas e fragmentos ainda hoje inéditos. Um exemplo é o poema abaixo:

Ocasos

As dolorosas lágrimas vertidas
Na solidão austera e tenebrosa;
Os meus palácios e a visão radiosa
Das minhas torres de luar vestidas,
Todas as minhas ilusões perdidas!
Bem como um sonho em noite silenciosa
Que se desfaz na asa misteriosa
De umas notas ao longe, doloridas...
. . . . . .
Da-se singelo e cândido noivado,
Daquela nossa mística amizade
Desse himeneu suavíssimo, risonho...
Só resta ao coração despedaçado: -
- Na dolorosa noite da saudade
A casta ausência do passado sonho!...

- 24 nov 90 –
A quadro acima é "Hymenaeus Travestido Durante um Sacrifício a Príapo" (1634-1638) de Nicolas Poussin e encontra-se no Museu de Arte de São Paulo

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Friday, March 20, 2009

VISTAS DA GRANJA 86


A Rua Lívio Barreto é uma das mais extensas da Cidade, pois vai desde as margens do Coreaú até ao "São Raimundo", depois do "Alto do Cemitério". Aqui temos duas visões dessa rua tomadas na altura da Rua Pesso Anta (antiga Rua do Azevedo).

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Wednesday, March 18, 2009

Urgente, eleitores fantasmas!

Eleitores fantasmas!

Houve muita reclamação por parte do partido oposicionista sobre votos fantasmas na eleição passada. Isto parece não ter sido verdadeiro, pois nos chegaram documentos que comprovam ser isto uma falácia. Para provar o ponto publicamos a fotografia encaminhada juntamente com as atas da eleição no distrito de Craíbas e que prova a presença dos eleitores ditos fantasmas. Perguntamos: se são fantasmas como podem ter sido fotografados e, por cima, durante o nobre ato de votar?

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HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 74


Aos oitenta anos na academia

A academia de ginástica ficava bem perto da avenida que desembocava na praia onde todos os jovens da cidade e pessoas de sua idade se exercitavam em caminhadas todas as manhãs. Ela teimava como era de tradição em sua família, e nunca ia encontrar com as amigas que usufruíam essa dádiva da cidade: o espaço, o sol, a vista e a conversinha agradável sobre a vida das que não estavam no momento. Na academia ela tinha o treinador, quase exclusivo, um moço forte que a punha, com certa dificuldade na esteira onde ficava até ele notar que ela estava cochilando: “Dona Wanda vamos passar para a mesa de massagens.” Ele nunca dizia que ela estava cochilando, era um acordo tácito entre os dois, ou melhor, entre todo o povo da academia e a velhinha de 80 anos que freqüentava e pagava religiosamente as mensalidades. Ricardo amparou-a até a sala reservada para as sessões de massagem e ajudou-a a deitar-se de bruços. Ele mesmo começou a fazer massagens em suas costas e, ao fim de dois minutos começou a ouvir pequenos ruídos logo identificados como roncos incipientes que Dona Wanda emitia. Ele deixou-a dormitando e foi cuidar de outra paciente (?). Após quinze minutos ele resolveu acordá-la e dar por encerrada a sessão diária: “Dona Wanda, a senhora está bem melhor hoje.” E ela: “É meu filho, mas eu acho que você não passou seus dedos sobre meu braço, eu senti falta...” Ele sorriu e ajudou-a a se preparar para deixar a Academia.

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Tuesday, March 17, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 6

Paris, Avenue Pétain

Deitado na sua rede vermelha Jorge pensava, nessa tarde, na temporada passada na França. Assim que chegou a Paris ele foi para um hotelzinho que ficava bem perto da Sorbonne onde iria estudar. Após as formalidades de matrícula e do exame de francês ao qual se submeteu e, no qual, com surpresa, foi aprovado, tratou de procurar um apartamento. Penou durante dois dias, caminhando pelas ruas perto da universidade, com o jornaleco que trazia anúncios de apartamentos e vagas em repúblicas. Não achou um sequer e, desesperado, essa era mesmo a palavra toda vida odiada por ele, mas cabia bem na situação, procurou o escritório de ajuda da universidade e foi consultar uma senhora que cuidava de apartamentos bem próximos à universidade. Ao chegar ao bloco de apartamentos da Avenue Pétain apresentou-se a Madame Viot e, quando ela soube que ele era brasileiro tudo se modificou. Contou-lhe, a simpática velhinha, que havia trabalhado na Embaixada de seu país no Rio, tendo conhecido o Presidente e sua esposa, por sinal, no dizer dela, ambos muito simpáticos. O resultado é que ao fim do quarto dia em Paris ele estava alojado com outros três companheiros em um apartamento espaçoso no prédio do qual ela era a gerente. Não seria por falta de espaço que os quatro brigariam nessa intimidade, nova para ele. Seus companheiros eram o Raymond Shieh, ex-piloto da Força Aérea de Formosa que faria mestrado em Física; o Oswald Sawabimi, jordaniano cuja família morava na cidade, aluno de graduação, um “bon-vivant”. Jorge sempre recorda hoje de Oswald e imagina se ele ainda vive e como estaria vendo o atual quadro no Oriente Médio; ele era radicalmente antiocidental! O outro companheiro era o Bob, um americano de Iowa. Jorge e ele nunca travaram diálogo que fosse interessante e o brasileiro nunca conseguiu gravar seu sobrenome. Ele faria pós-graduação em Sociologia.

Os quatro reuniram-se logo na primeira noite para traçar algumas regras básicas de convivência. Tudo era novo para ele, pois fora a experiência militar no Tiro de Guerra, nunca tinha morado fora de casa. Raymond avisou logo que não entraria na cota para alimentação, pois ele tinha seus costumes e compraria comida e faria suas próprias refeições. Restaram o americano, o jordaniano e ele para racharem despesas. O jantar seria preparado por Oswald, os pratos, Jorge os lavaria e o americano ajudaria na limpeza, além de comer demais. Esse arranjo não demorou muito tempo, pois o americano desistiu e, escondido usava a comida dos outros, principalmente os queijos e vinhos. Oswald e Jorge ao descobrirem isso quase o matam. Consumada a separação daí a pouco os dois notaram que o americano continuava roubando seus suprimentos. Houve um novo pega violento que só terminou com a retirada do americano do campo inimigo ou amigo dependendo de que lado se olhasse a coisa.

Estudar era sua missão de todas as noites. Não tinham televisão, mas ele comprou um radinho para ouvir música e se embalar enquanto estudava os assuntos indicados por seu orientador depois que ele o sondou sobre sua famosa sabedoria. Esta, lá, simplesmente não existia. Havia os cursos e seminários semanais, de freqüência e domínio obrigatórios dos assuntos tratados. Era uma carga extremamente pesada para alguém que ainda não dominava a língua e sem acesso aos bancos de respostas dos alunos veteranos. O fim do semestre trouxe os resultados: ele havia passado em somente uma das quatro disciplinas que cursava e isso era imperdoável, não só para ele e seu ego, mas para o seu orientador que tinha tido um interesse por ele acima da medida.
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Monday, March 16, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 45

Mandatos sem fim

A questão da saudade é muito forte, foi isso que pensaram todos quando souberam ter Talzinho voltado às suas raízes indígenas nas montanhas geladas da Venezuela. Mas o motivo era muito mais prosaico: ele foi encontrar-se com seu padrinho, o Governador Llaves, El Caudillo Mayor e, de acordo com seu segundo, trocar idéias sobre um assunto caro aos dois: como fazer para eleger-se indefinidamente alcaide de suas respectivas cidades.
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Sunday, March 15, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 118


Sonhando juntos

Deitado Waldomiro acorda a menina ao seu lado e conta o sonho que tivera ainda há pouco: Os dois estavam namorando na Praça da Matriz e de repente ela dá um grito e diz: - Wal eu estou vendo a figura da mamãe, com uma colher de pau pra bater em mim e dizendo que eu estava me entregando a você, e de graça! Ele diz então pra ela: - Veja! Você está no meu sonho! Francisquinha diz estremunhada: - Não, Wal você é que está no meu, pois a única diferença é que, no meu, nós estamos na cama fazendo amor quando mamãe chega com um cabo de vassoura e bate com força nas suas costas.

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O PALIMPSESTO DE ARQUIMEDES

O palimpsesto de Arquimedes, um dos mais famosos, acaba de ser decifrado pelo Museu de Arte Walters, de Baltimore, Estados Unidos. Por baixo do manuscrito e das iluminurass medievais, os cientistas extrairam o texto perdido de sete ensaios de Arquimedes.

(De Lola Galán Em Madri, EspanhaTradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Visite o site do El País)

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Saturday, March 14, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 63


LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual deixou no “Álbum - 1890”, de Luiz Felippe de Oliveira diversos poemas e fragmentos ainda hoje inéditos. Um exemplo é este “pensamento” que transcrevemos aqui:


“Antes de libertar a mulher é preciso pensar na libertação do homem; escravos não podem conceder a liberdade a escravos; é impossível cuidar da dignidade d´outrem quem não comprehende a sua.”



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Friday, March 13, 2009

A WEB FAZ 20 ANOS

Vinte anos de World Wide Web, a maior invenção do século que passou. Siga o link para ler uma das milhares de notas que sairam hoje, 13 de março, o dia de seu aniversário.
http://www.softwarelivre.org/news/12927


A figura acima foi tirada de Exame Informática (http://exameinformatica.clix.pt/noticias/hardware/1001954.html)

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Thursday, March 12, 2009

VISTAS DA GRANJA 85


Não apuramos o nome que dão a essa estrutura em arco - folhas de carnaubeiras(?) - na entrada da cidade; ela é elegante e bonita. É uma pena que ao seu lado e concorrendo com ela em toda a cidade existam dezenas, senão centenas, de outras estruturas e marcas que carreiam as horríveis e deprimentes velas, símbolo de uma época infindável.

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Wednesday, March 11, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 5


Chambre de passarinhos

Sentado diante do computador, depois de ter passado vista rápida em diferentes “sites” ele
notou que o assunto dominante do dia era um filme sobre relacionamento entre adolescentes. Falava-se sobre namoro, ficar, e todas esses novos conceitos que ele não alcançava. Seu tempo tinha passado e ele estava pouco a pouco se acostumando com esse fato. Fechou os olhos e cochilou um pouco como parecia ser sua sina de velho insone: tirar uma pestana quando ficava quieto, a qualquer hora do dia.

-O que os dois estão fazendo aí, atrás da porta? Perguntou sua mãe.

-Nada, Mamãe.

-Nada, Titia.

-Vão já brincar lá no jardim. Quero ficar vendo vocês dois. Já se viu uma coisa dessas? Sua mãe falou enquanto consertava as meias do pai.

A amiguinha era parenta próxima e vivia em sua casa brincando e brigando com ele. Quando foi no seu aniversário ela chegou junto dele e entregou-lhe um pacote:

-Taí Jorginho o presente que trouxe para você. Ele, vermelho que nem um pimentão, disse:

-Obrigado. Não abriu o pacote até que os adultos, sua mãe inclusive, gritassem:

-Abre Jorginho, vamos ver o que ela te deu!

A muito custo ele começou a abrir o pacote e deparou-se com alguma coisa feita de pano. Quando retirou todo o cordão e o papel de embrulho ficou surpreso e mudo, pois o presente era um chambre branco com anjinhos azuis bordados na frente. Todo mundo caiu na risada e batendo palmas diziam:

-Vai ser casamento na certa!

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HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 73


Você quer ganhar 10 milhões de dólares?

Odiamu Yusef era o gerente geral da filial do Site Bank em Burkina Faso. Após algumas operações mal sucedidas para o banco, mas muito bem para ele, Yusef abriu uma conta no União dos Bancos Suíços, em Zurique, com depósitos no valor de 10 milhões de dólares americanos, em nome de seu avô, já falecido Dedemu Yusef. Yusef imaginou que encontraria alguém que o ajudasse a recuperar todo esse dinheiro. Seu plano foi posto em prática quando ele enviou uma mensagem por correio eletrônico para uma lista de assinantes do Yahoo e que dizia assim:

“Eu sou o Sr. Adamu Yusuf, contador do Site Bank em Burkina Faso e gostaria de saber se você está interessado em receber uma transferência de 10.5 milhões de dólares para sua conta. Eu gostaria de apresentá-lo como o parente mais próximo do nosso freguês recentemente falecido Dedemu Yusef cuja conta está bloqueada no UBS, em Zurique, mas pronta para resgate. Se senhor concordar envie para meu endereço seus dados para que eu e meus associados possamos dar início ao processo de transferência bancária.”

A mensagem terminava com a afirmação de que o candidato escolhido receberia 10% dos fundos recuperados.

1541 respostas foram recebidas e encaminhadas para o Escritório de Investigações de Crimes Contra o Sistema Bancário de Burkina Faso.

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Monday, March 09, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 44

O negócio é fácil Pai!

Raimundo chegou à fazenda guiando uma Hylux novinha em folha. O velho João, que tinha acabado de desmontar da burra, perguntou:
- Filho onde é que você arrumou esse carro?
- Pai é um negócio bom que o Francisco e eu descobrimos.
- E que negócio é esse, menino?
- Só mostrando é que você vai acreditar Pai...
- Pois eu quero saber.
- A gente vai ter de ir pra cidade pra lhe mostrar.
- Então vamos.
Dois dias depois eles chegam à cidade e saem com o Francisco para a rua. O velho está interessado e quer ver logo esse negócio. Eles vão para a Beira-Mar e o Francisco se encosta a uma Hylux preta e abre a porta com um araminho e põe a bicha para funcionar. O velho vê aquilo e não acredita. Raimundo o convida para entrar no carro e os três saem em alta velocidade em direção ao Norte.
- E agora? Pergunta o velho.
- Bom, agora a gente vende pro compadre Zé Fernandes que já encomendou e racha o dinheiro. O negócio não é fácil, Pai?
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Sunday, March 08, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 117

Encontro na casinha

A procissão de Santo Eustáquio já tinha começado e a menina se juntou às amigas bem na frente. À medida que os fieis iam se movimentando, acompanhando o cortejo, ele esperava chegar sua vez de entrar no cordão. Quando a cabeça estava entrando na Praça da Matriz Madrinha Rita abriu a porta de sua casinha e esperou pela passagem da menina. Com a porta aberta e puxada pelos braços da madrinha ela pula para dentro da casa e fica no quarto da frente esperando. Madrinha Rita, de volta para a porta aberta, espera agora a passagem dele que só demora o tempo de um toque de matraca. Logo que Waldomiro passa a madrinha o puxa e ele pula para dentro. Sem nenhuma surpresa ele encontra a menina enquanto Madrinha Rita sai acompanhando a procissão e já rezando pelo futuro afilhado.
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Saturday, March 07, 2009

POEMAS BARRETO/XAVIER 62


LÍVIO BARRETO – O Lucas Bizarro da Padaria Espiritual deixou no “Álbum - 1890”, de Luiz Felippe de Oliveira diversos poemas e “pensamentos” ainda hoje inéditos. Um exemplo é este poema que transcrevemos aqui:

Thesouros

Quando sorris, formosa creatura,
Arregaçando o lábio áureo, polpudo,
Vejo abrir um botão rubro à frescura
Da manhã, sobre hastes de velludo.

Se olho a curva correcta do teu seio
Prezo na renda, ó flor das iluzões!
Julgo ver, - subjugado n´esse enleio
Em vez de um... dois trêmulos botões.

E se me olhas, virginal creança,
Ó meu pallido lyrio, ó minha dhalia!
- Julgo ver-te no olhar, minha esperança, -
Um pedacinho azul do céu da Itália...

Pará, 1889

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Friday, March 06, 2009

VISTAS DA GRANJA 84



O ORio Coreaú está cheio neste período - neste inverno - e a barragem está transbordando. Veja acima duas imagens tomadas em momentos diferentes a noite (5 de março) e pela manhã (6 de março).

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Wednesday, March 04, 2009

HISTÓRIAS DE JORGE RAPOSO 4

Antonieta e seu olhar de frete

Ela tinha sido empregada em uma das lojinhas do Vitor. Logo que aparecia em qualquer lugar chamava atenção: tinha feições delicadas e era bem clara e seu corpo aparentava ser rígido. Ela era muito bonita. Sempre usava calças jeans e blusas combinando, geralmente de cores vivas. O detalhe é que ela nunca usava nada por baixo da blusa, mexendo com a imaginação dos homens. Quando começou a olhar muito para ele foi um deus-nos-acuda! Ele logo se apaixonou sem nunca terem trocado palavra. Certo dia Vitor o convidou a ir ao seu apartamento para tomar umas cervejas e comer alguma coisa. E conversar. Avisou logo que mais outras pessoas iriam. Logo ao chegar deu de cara com Antonieta que passou a fitá-lo com um olhar doce, doce e de frete. Vencendo barreiras “seculares” ele aproximou-se dela e passou o indicador ao longo de seu braço sobre o espaldar da poltrona. Ela sorriu com um sorriso tímido, mas encorajador. Ele disse então que ao fim da festa a levaria em casa e ela balançou a cabeça concordando. Jorge afastou-se e tomou mais um copo de cerveja, já era o quarto. Pensou que tivesse feito uma grossa besteira, pois não tinha a menor idéia do que faria. E o que diria em casa? Finalmente os convidados começaram a sair, a maior parte, altos, devido à cerveja geladinha. Ele tomou a mão de Antonieta e os dois despediram-se do Vitor. Já no carro em movimento, sem saber o que faria em seguida, dirigiu por algumas poucas quadras e fez um contorno parando sob algumas árvores. Estava escuro, mas a claridade de uma lâmpada de rua, ao longe, permitia ver o suficiente. Agora o que eles tinham vindo fazer estava claro. Após uma hora de delírio ele a levou em casa.
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DOLENTES - "POEMAS BARRETO/XAVIER 61" - CORREÇÃO


Corrigimos aqui uma informação errônia dada na postagem "POEMAS BARRETO/XAVIER 61" de 27/2/2009: os autógrafos "José Barretto" tanto podem ser do irmão do poeta, José Thiago Barreto, como de seu sobrinho e filho de Ordônio Barreto, José Pessoa Barreto; podem também ser de um e do outro.

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Tuesday, March 03, 2009

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 72


Milanez gosta de chocolate amargo

Roberto e Rebelo são dois amigos inseparáveis e os dois encontram quase todos os dias. Às vezes aparece o antigo companheiro de Faculdade, o Milanez, já bem entrado, talvez mais velho que eles, meio esquisitão, com quem conversam sobre tudo que é besteira. Nesse Natal, Milanez não aparece e eles se preocupam, pois o amigo estava meio jururu da última vez. Rebelo pergunta ao amigo:

- Escuta Roberto você não achou o Milanez meio esquisito ontem? Lembra que ele falou a respeito do Natal e de que não gostava dessa festa e nem da passagem do ano?

- Lembro... E daí? O que tem o Natal a ver com isso?

- Ele disse uma coisa estranha. Ele falou que sentia falta de três pessoas. E eu acho que essas pessoas são mulheres. E se ele passou a véspera de Natal longe delas isso fez um mal danado a ele. Você não acha?

- É. Pode ser.

- É isso. Três mulheres. Você tem alguma suspeita de quem são?

- Parece que ele conhece alguém com quem conversa muito e essa pessoa lhe faz uma falta danada. Será que ela não está na cidade? E as outras?

- Bom, ele tem essa história de viajar muito pra Gameleira e pode ser que ele tenha alguém lá que lhe interesse... Se ele está aqui é o fim da picada pra ele.

- É. Pode ser.

- A gente podia ter convidado ele para ir à casa de um de nós. Tomar pelo menos um chocolate amargo de que ele gosta tanto.

- É. Talvez tivesse sido bom.

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Monday, March 02, 2009

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 43


Fábrica de bombas

Corria o ano de 68 quando ele chegou ao Departamento de Química da UFA como quem não quer nada. Procurou o antigo colega para uma conversa reservada. Os dois estavam no laboratório onde o Raimundo o havia descoberto, depois de estarem afastados por anos. Após ter perguntado pela família, essas coisas, ele foi direto ao assunto:
- Você vai ter de nos ajudar, Fernando!
- O que é Raimundo?
- Nós vamos fazer uma demonstração na Praça Antônio de Oliveira no domingo que vem e precisamos de sua ajuda.
- Qual tipo de ajuda?
- Queremos que você fabrique umas bombas para nós.
- Vai embora rapaz, eu não solto nem traque dirá fazer bomba!

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QUINTO ANIVERSÁRIO DO INSTITUTO JOSÉ XAVIER - CONVITE


RECEBI O SEGUINTE EMAIL DO INSTITUTO JOSÉ XAVIER:

"O Instituto José Xavier, através de seu Presidente José Xavier Filho, convida para a cerimônia comemorativa do 5º aniversário da sua fundação, e para a abertura da exposição “Um Jeito de Olhar”, a realizar-se na sede do IJX, no dia 07 de Março de 2009, às 19:30 horas.

Agradecemos o seu comparecimento"

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Sunday, March 01, 2009

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 116


E ele nem foi avisado...

Rodolfo Silveira Nogueira acordou cedo, pois queria ir ao cemitério como fazia eventualmente. Ele visitava os túmulos de sua esposa e de seus pais. No portão da frente comprava sempre dois buquês de cravos brancos e amarelos para colocar sobre os dois túmulos. Nesse especial domingo ele pediu três buquês e pagou com uma nota de vinte reais recebendo o troco de cinco. Pôs as flores no carro e seguiu para o cemitério onde colocou dois buquês sobre os túmulos de seus pais e mais adiante sobre o de sua esposa. Quando voltou para o carro ele vê o terceiro buquê, ainda não usado. Apanhou as flores e saiu maquinalmente, a procura do túmulo. Ao identificá-lo, Rodolfo as depositou cuidadosamente lendo a inscrição gravada no mármore branco: Rodolfo Silveira Nogueira – Nascido em 31/1/1929 - Falecido em 2/3/2009.

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LEONARDO DA VINCI QUANDO JOVEM

O jornalista científico italiano Piero Angela ao estudar manuscritos de Leonardo da Vinci ("Códice sobre o voo dos pássaros") descobriu, com auxílio de cientistas italianos, o que parece ser um auto-retrato de Leonardo quando jovem. (Para detalhes ver http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia, Reuters e RAI). A figura abaixo é comparada com o único auto-retrato conhecido de Leonardo depositado na Biblioteca Reale de Turim.

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