Monday, March 31, 2008

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 16


PRIMEIRAS LEITURAS

O Chefe virou-se para a jovem auxiliar e, com um olhar lânguido, perguntou-lhe:
- Que autores você mais aprecia? Ele pretendia presentear-lhe com um belo livro e esperava que ela respondesse que gostava, por exemplo, das peças de Shakespeare, dos ensaios e aforismos de Nietzsche, dos romances de Simone de Beauvoir, ou mesmo de obras de autores brasileiros, como Raquel de Queiroz, Dalton Trevisan...
A mocinha o mirou candidamente e respondeu:
- Eu nunca li nenhum livro na minha vida.

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Sunday, March 30, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 69


DIÁLOGOS

Ele estava sempre atento aos fragmentos de diálogos que ouvia quando, coincidentemente, seguia, em sua caminhada diária, atrás de um par de garotas. Tentava memorizá-los e chegou a acumular uma boa coleção:

-Aí ele disse...
-Menina, parece que eles...
-Eu falei prá ele...
-Aí a namorada dele disse...
-Ela 'tava com ele...
-Ele 'tava com ela...
-Mas eu tenho o número...
-Menina, eu disse prá ele, olha...
-Os dois estavam...
-Vou ter de contar prá...

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Friday, March 28, 2008

VISTAS DA GRANJA 37 - RUA 7






Algumas vistas da Rua Sete, como é conhecida a Rua Sete de Setembro que não tem os cuidados que deveria ter, aliás como todas as outras ruas da Granja.

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Wednesday, March 26, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 46


O Mestre /The Master

Chico Felix, cujo nome verdadeiro era Raimundo Inácio dos Santos, era sobrinho de Dona Raimunda e foi levado por ela para a cidade a fim de aprender a ler, escrever e etc. Após ter aprendido a ler as piadinhas sobre o Babaquara no Unitário e a ferrar seu nome ele resolve voltar para a Malhadinha. Lá, como não gostasse de trabalhar no pesado, passou a ensinar as primeiras letras a crianças, de casa em casa e, dada essa “sua nova profissão”, passou a ser conhecido como “Raimundo Mestre”...

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Tuesday, March 25, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 25


Obras públicas – Civil Works

Estava todo o mundo assanhado com as notícias sobre as grandes obras para o embelezamento da cidade. O prefeito Joãozito já havia conseguido a aprovação da Câmara para seu grande plano. Pouca gente, fora do círculo quadrado da administração, sabia de detalhes, mas nosso aparelho conseguiu preciosas informações que agora passamos aos leitores:
1. asfaltamento das ruas e avenidas centrais,
2. demolição dos casarões do século XIX ainda restantes,
3. corte das árvores cujas folhas, pequenas ou grandes, sujam os passeios,
4. distribuição de água mineral bem geladinha para aplacar a sede de todos quando a temperatura atingisse os 42 0C.

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Monday, March 24, 2008

HISTORIAS DAS TERÇAS 15


Ultra-secreto – Top secret

Pedro Lobo, já idoso, manteve por toda a vida o hábito feio de guardar coisas. Ele tinha tantos objetos e documentos que as pessoas diziam que ele tinha um museu em casa.
Estavam no seu museu um carro de boi e um excesso de suas rodas, assim como essas e os trilhos de ferro da antiga RVC, fogareiros a gás, máquinas de costura de mão, das antigas mesmo, fechaduras de baús, os próprios, testamentos originais, escrituras também, certidões de batismo, atestados de óbito, patentes da Guarda Nacional, moedas e cédulas antigas e o escambau. Boa parte dos documentos vinha “acompanhada” de outros, isto é, fazia parte de livros antigos conseguidos de cartórios, prefeituras, câmaras municipais, enfim das mais diversas origens. O diabo é que ele não conseguia explicar para ninguém como é que toda essa tralhada tinha chegado até suas mãos.

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Sunday, March 23, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 68


Velho enxerido/An Old fool

O senhor idoso abordou a moça no calçadão:

- Você deve ter cuidado, pois de acordo com os estudos de Masters e Johnson esse balanço todo pode lhe causar uma doença grave. A jovem olhou para ele e lhe deu uma cusparada no rosto:

- Velhote enxerido, vai pra lá seu...

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Wednesday, March 19, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 24


Anúncios de jornal - Classified

Miguel achava que ela o estava traindo com um velhote sem futuro. Mas, o que fazer se ele próprio já a traia há uns bons vinte anos desde que foram para o Paquistão, onde ele fez doutorado em Ciências Ocultas e ela aproveitou para fazer um mestrado em Letras Apagadas? Ela namorou um nativo meio esquisitão, mas muito competente na sua área. Ele não lhe ficou atrás. Ao ler outro dia o jornal ele resolveu dar uma olhada na seção de anúncios diversos e anotou os telefones de alguns detetives particulares:

· Detetive! De mulher para mulher, retorno certo!

· Detetive! Só casos conjugais, sigilo absoluto e seriedade total!

· Detetive! Especialidade em casos conjugais, empresarial, político! Com câmara escondida e veiculo equipado, 24h.

· Detetive! Diária, caso conjugal, dados e informações, fotos, filmagens, campana motorizada e relatórios, consultas grátis. 24h. Equipamentos digitais. Capital/interior. Equipe credenciada.


Miguel ficou em dúvida a qual desses recorrer.

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Tuesday, March 18, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 45



A Lelé


Maria Nazaré Pereira


Quando começava a viração ela punha, com alguma dificuldade, a cadeira em frente à sua pequena casa de taipa perto da estação, para tomar a fresca. Poucas vezes passei por lá, já bem depois de ter recebido todas as atenções que ela me deu e que eu não valorizei na época. Menino é assim mesmo, eu pensava. Não, não é não, penso agora: como menino, não reconheci ou agradeci o que Lelé fez por mim. Nunca ouvi dela a voz alterada para reclamar algum malfeito de seu afilhado querido. Ela nunca olhava nos meus olhos – ela, uma mulher idosa e eu um pirralho vadio. Ela trazia essa submissão dos tempos antigos, de seus pais e de sua gente, que eu não tinha a menor idéia de quem tivessem sido ou de onde vieram. Tenho desconfiança que em minha casa ninguém sabia também. Certamente ela foi uma das muitas pessoas cujas famílias chegaram à cidade tangidas dos matos pelas secas e ficaram sem ao menos ter um nome completo: Nazaré, a Lelé.

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Monday, March 17, 2008

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 14


Ideagá e o cacimbão

Ideagá, magrinho e fraquinho como era, caminhava pela Rua Velha, debaixo de uma chuva fortíssima, dessas que só caem de dez em dez anos. Subitamente, toda a cidade viu uma claridade que mais parecia uma exibição de fogos de artifício. Não bastasse isso, um violento trovão seguiu esse clarão assombroso. O povo ficou assustado e alguns saíram à procura do pobre Idezinho, como era conhecido Ideagá, uma pessoa bastante conhecida e muito querida de todos. Moradores das redondezas da Rua Velha o tinham visto caminhando logo antes da chuva, perto do cercado da casa de Seu Inásso. Alguém foi até ao cacimbão sem tampa que lá faz ponto e, olhando para a água imunda, onde nadam garrafas pet vazias, pneus de automóvel, pedaços de tábuas, caixas de papelão, e como uma espécie de troféu aos moradores do cacimbão, uma nuvem de mosquitos – não os da dengue, pois eles não gostam de água suja – boiava uma lata vazia do inseticida SBP.

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Sunday, March 16, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA - FEIRA 67


Lápide - Tombstone

Em peregrinações por cemitérios do sertão o Major passou a colecionar inscrições em
lápides funerárias. Um dos exemplos mais belos exemplos que ele fotografou e anotou foi:

Aqui jazem os restos mortais de
Dona Antonia Maria José (* 9-11-1759 † 24-4-1815) e de seu amigo e companheiro Domingos Bispo Dos Santos (*. 10-8-1750 † 7-9-1822).
Saudades de sua filha Dona Maria Da Invenção Da Cruz.

Ao lado havia outra lápide, associada a essa, com a seguinte inscrição:

Aqui jazem os restos mortais de
Dona Maria Da Invenção Da Cruz (n 15-11-1790 m 22-4-1856)
Lembranças de seus filhos Berzon, Manon, Kanon e Raimunda.

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Saturday, March 15, 2008

POEMAS BARRETO/XAVIER 16


Inácio Xavier Filho (1921-1999), era o mais novo dos filhos do casal Elisa Xavier Barreto e Ignácio Xavier. Um pouco de sua poesia foi publicada sendo essa trova que apresentamos hoje transcrita de "Poemas Premiados 1983-1993", publicados por Jotanesi Edições, do Rio de Janeiro, 1993.



TROVA


Às vezes fico pensando
Nos que já foram, morrendo:
Se gemeram foi de dor,
Se morreram foi de amor...


Não há coisa mais comprida,
Neste mundo do que a vida...
Um dia atrás do outro dia,
Um traz dor, outro alegria...

Eu só queria pensar,
Como é bom a gente amar;
Ter uma sombra a seu lado
Ter uma sorte em seu fado...

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Thursday, March 13, 2008

VISTAS DA GRANJA 36 - RUA LÍVIO BARRETO, O POETA DOS "DOLENTES"










Lívio Barreto mereceu, das autoridades municipais, ter seu nome ligado a uma importante rua do centro da Cidade. A denominação poderia abranger toda a extensão da rua, mas o costume inadequado de dar-se múltiplos nomes a ruas grandes levou-a a ostentar dois outros, ao aproximar-se ao Cemitério e chegando ao Rio.

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Wednesday, March 12, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 44


Carnaval no Rio - Carnival

O velho Coronel ia bem sentado no banco do Ford do Anselmo acompanhando as três filhas para assistir ao corso. Ele ia muito sério, segurando sua bengala encastoada e apoiando-a no queixo. Quando se aproximam da Avenida Central o carro para devido ao trânsito pesado, nisso um pierrô animado pula no estribo e diz para o malhadinha:


- O Coronel vai, mas vai contrariado! O Coronel grunhe:
- Oh diabo!

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HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 23


No cinema – At the movies

No sereno da missa Mariinha encontra seu primo Zeca e vai logo puxando conversa:

- Eu estou doidinha para ir à praia, a Cleonice diz que é tão bom...
- Olha bichinha eu sei de uma coisa melhor do que a praia.
- O que é? É coisa feia?
- Não, sua bobinha. É coisa boa.
- E o que é?
- É o cinema, lá no Orion. Estão dizendo que é muito bom e se chama “O segredo da freira”. Você podia ir...
- Aí só se você for comigo...
- Legal bichinha e eu lhe garanto que não vou lhe molestar...
- Então eu não vou com você!

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Monday, March 10, 2008

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 13


Os terremotos e a Ponte – The earthquakes and the Bridge.

Todos ouviram os tremores pela madrugada. Já era costume ouvirem-se esses pequenos terremotos, se é que se podia chamá-los assim. Mas esse foi diferente pelos efeitos que causou. Logo que o dia quis clarear para os lados da barragem algumas pessoas que lá estavam para o banho diário começaram a correr desesperadas, feito formiga quando perde o rumo. Logo a notícia chegou à Praça do Mercado, centro de todo o movimento da feira, dos bancos, motos e D-20s chegando e saindo para os matos. Quem primeiro deu a notícia foi o Raimundo Pebinha. A ponte de ferro, a imensa ponte sobre o Rio, a ponte vermelha e linda, americana, pintada e cantada por mil pintores e poetas, havia caído no Rio. Os analistas locais logo avisaram que só podia ser por causa dos terremotos – pra mais de trinta – acontecidos durante a noite.

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Sunday, March 09, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 66


Doce sociedade – Sweet society

Ele sempre agiu de modo estranho, e agora então! Quando era um jovem professor, recém chegado do doutorado, associou-se a um vendedor de balas, um baleiro que fazia ponto bem pertinho. Contribuiu com 5 reais para o capital de giro da nova empresa que se chamava S & S, pois o jovem baleiro tartamudo e ele tinham o mesmo nome, começando por essa letra. A firma foi à falência, pois os dois sócios comeram todo o estoque de mercadorias.

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Friday, March 07, 2008

POEMAS BARRETO/XAVIER 15


RAIMUNDO MAURO OLIVEIRA FILHO, Maurinho (1949 -1980), filho de Raimundo Mauro Xavier de Oliveira e Leilah Frota de Oliveira, é o representante da quarta geração dos poetas Xavier/Barreto no blog.

INTERLÚDIO

Homem triste repousando no caixão roxo, suavemente morto.
Homem repousando no caixão roxo, suavemente morto.
Homem no caixão roxo, suavemente morto.
Homem roxo no caixão escuro, suavemente roxo.
Homem roxo-escuro no caixão negro, repousando suavemente morto.
Homem escuro no caixão negro, suavemente morto.
Homem negro no caixão, suavemente morto.
Negro no caixão, suavemente morto.
No caixão, suavemente morto.
Suavemente morto.
Suavemente...
Morto...

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Thursday, March 06, 2008

VISTAS DA GRANJA 35 - DOUTOR PRIVAT, O ABANDONO DE HOJE










O povoado talvez nunca tenha sido maior do que o que se depreende das fotos, mas o abandono cruel é visível desde a destruição da pequena estação da RVC, quase a seu lado, até a pobreza atroz de suas moradas. Na Escola não há aulas, pois está em reparos, o Posto de Saúde está fechado, pois está caindo aos pedaços, a água do chafariz é salobra, a Igreja está de pé, mas o padre não vai lá, pois certamente sujará os sapatos no estrume de gado. Os habitantes já estão contando as poucas visitas dos políticos neste ano de eleições municipais. Dr. Privat morreu de uma queda de cavalo, mas hoje não há cavalos, nem burros, nem jumentos, nem motos, só cabras e porcos a procura de comida.

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Wednesday, March 05, 2008

O Povo da Malhadinha/O Povo da Granja 43

Titio – My Uncle

Antônio Frota Angelim

Toda noite, assim pelas oito horas, ele chegava para visitar o amigo. Tinha de ser depois da janta, pois antes era impossível a conversa devido à confusão do momento. Ele sentava-se em uma cadeira de palhinha, dura, certamente, para os seus quase setenta anos e continuava a fumar os seus inseparáveis cigarros fedorentos, de fumo negro, “Peito-de-vaca”; ele nunca ficava sem um deles aceso entre os dedos, pois sempre que chegavam ao toco e ameaçavam extinguir-se, ele acendia outro na brasa escarlate do anterior. Titio mantinha essa brasa acesa à custa de muito sopro e essa operação lhe dava um encanto particular, embora de trágico prenúncio. Não sei por que, mas nessas ocasiões ele me lembrava as procissões da Semana Santa, quando as acompanhava usando sua opa vermelha de irmão do Santíssimo. Ele imprimia às suas feições toda a solenidade do ato religioso que talvez nem o padre que o dirigia mostrasse. Essa mesma solenidade ele impunha em quase todas suas aparições públicas, como cavalgar seu cavalo branco, todo garboso lembrando mais ainda um cavaleiro medieval, indo a caminho das Imburanas.

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Tuesday, March 04, 2008

HISTORIETAS DO MEIO DA SEMANA 22

Zezinho, Noélia e Noemezinha

Seu Raimundo e Dona Olinda acordaram cedo e chamaram os meninos. O casal ia para a mata apanhar castanhas para fazer um dinheirinho; era esse o seu ganho. Tomaram café puro, sem leite, sem pão, sem nada; as crianças tomaram um mingau de farinha, nem goma eles tinham. Lá pelas seis horas eles já estavam na mata. Em casa os meninos ficaram brincando; eram o Zezinho, Noélia e Noeme, que era a mais novinha, só tinha um ano; eles haviam se acostumado a brincar sozinhos, era o jeito. Nesse dia os dois mais velhos resolveram explorar o baú que havia sido deixado por uns viajantes estrangeiros que iam para as bandas da Boca do Acre e o apanhariam na volta. Zezinho e Noélia levantaram a tampa do baú e logo pularam pra dentro, para assustar a Noemezinha. Quando eles quiseram sair a tampa não abriu e a caçulinha logo notou que havia alguma coisa diferente e pegou a chorar; só que ninguém ouvia. Ela chorou até se cansar e cair dormindo. Quando Seu Raimundo e Dona Ritinha voltaram de tarde perceberam logo que havia alguma coisa de errado: procuraram por todo lado e deram com o baú; quando levantaram a tampa deram com o Zezinho e a Noélia agarradinhos e roxinhos.
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Monday, March 03, 2008

HISTÓRIAS DAS TERÇAS 12


PhD em Biotecnologia

Ricardo viajou para a Austrália para aventurar, como ele dizia. Ele tinha um mestrado em Ciência dos Alimentos e esperava continuar nesta mesma área. Ao chegar a Sidnei ele foi morar no apartamento de uma amiga cearense e trabalhar como ascensorista em um prédio próximo. Após muitas subidas e descidas ele conheceu um senhor bem simpático que, depois de alguns encontros, ofereceu-lhe uma bolsa de estudos em seu País, o Malawi. Após três anos estudando em Lilongwe no Bunda College of Agriculture ele recebeu o PhD em Biotecnologia. Candidatou-se a uma bolsa de pós-doutorado do CNPq, pois queria voltar para o Brasil. Passados três meses ele recebeu uma carta dessa repartição nacional cujos termos assinalavam que seu processo havia sido remetido para a Diretoria Jurídica, pois todos os comitês haviam unanimemente avaliado que seu pedido era uma chacota.

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Sunday, March 02, 2008

HISTORIETAS DE SEGUNDA-FEIRA 65

Lambida

Ela era conhecida no bairro como a “Doutora do cachorro”. Toda tarde levava seu pitbul para passear e sujar as calçadas. Seria melhor dizer que o animal a levava, pois ele a puxava por uma correia tensa, segura a custo por ela. Subitamente o velhinho, que ia à frente dos dois, pula longe ao sentir que o animal lambia-lhe a mão.
- Ele não morde, diz ela.
-Você quer dizer que ele não tem dentes? Disse ele.
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